APROFUNDAMENTO: ESCOLA DE FRANKFURT E A COMUNICAÇÃO DE MASSA!

Professor Me. Ciro José Toaldo

 

Na sociedade em que estamos inseridos, os meios de comunicação de massa, podem nos influenciar? De que maneira as pessoas acompanharem os noticiários? Será que os assistem como uma “novela”? Como estas criaturas foram levadas e entender o episódio do ‘oito de janeiro de 2023’?

Essa não é uma temática da atualidade. Na verdade os primeiros filósofos que detectarem a dissolução das fronteiras entre informação, consumo, entretenimento e política, ocasionada pela mídia, bem como seus efeitos nocivos na formação crítica de uma sociedade, e as benesses para um determinado grupo, foram pensadores ligados com a Escola de Frankfurt. Dentre eles Max Horkheimer e Theodor Adorno os principais representantes desta escola que foi fundada em 1924 na Universidade de Frankfurt, na Alemanha. Além deste dos teóricos, em seu conjunto, também temos Walter Benjamin, Habermas, Marcuse e Fromm  que desenvolveram seus estudos na orientação marxista.

Estes filósofos de Frankfurt, por meio de seus estudos ficaram conhecidos como Teóricos Críticos, que se contrapuseram à Teoria Tradicional. A diferença é que enquanto a tradicional é "neutra" em seu uso, a crítica busca analisar as condições sociopolíticas e econômicas de sua aplicação, visando à transformação da realidade. Um exemplo de como isso funciona é a análise dos meios de comunicação caracterizados como indústria cultural.

Essa indústria cultura é definida como um sistema político e econômico que tem por finalidade produzir bens de cultura: filmes, livros, música popular, programas de TV, entre outros como mercadorias e como estratégia de controle social. Tendo os meios de comunicação de massa, como TV, rádio, jornais e rede social, empresas que possuem interesse em obter lucros e manter o sistema econômico vigente que as permitem continuarem lucrando. Portanto, vendem-se filmes e seriados, músicas e novelas não como bens artísticos ou culturais, como produtos para não deixar os cidadãos críticos, mas os manter alienados e da própria realidade em que vivem, pois servem de ideologia.

Estes filósofos afirma que os receptores das mensagens dos meios de comunicação são vítimas dessa indústria cultural. Eles teriam o gosto padronizado e seriam induzidos a consumir produtos de baixa qualidade. Assim, esse tipo de indústria substitui o termo cultura de massa, pois não se trata de uma cultura popular representada em novelas, como por exemplo, da maior emissora do Brasil, Rede Globo, onde transmite uma ideologia que deve ser imposta aos seus interlocutores.

O domínio politico também é explicado pela dominação da indústria cultural. Assim como o nazismo teve apoio de propaganda em larga escala por meios de comunicação como instrumentos consciência e levou grande parte da população a acreditar neste sistema, na atualidade um trabalhador que em seu horário de lazer deveria ler bons livros, ir ao teatro ou a concertos musicais, tornando-se uma pessoa mais culta, questionadora e engajada politicamente, chega em casa e senta-se à frente da TV para esquecer seus problemas, absorvendo a mesmos valores que predominam em sua rotina de trabalho. É desta forma que a indústria cultural exerce o controle sobre a massa. Como resultado, ao invés de cidadãos conscientes, tem apenas consumidores passivos.

Obviamente este é um pequeno texto para dar inicio a discussão de um tema com muito aprofundamento, mas exige estudo e determinação, tanto de professores como de alunos.

 

Debater:

 

De que maneira os meios de comunicação de massa são importantes para a manutenção do sistema politico da atualidade?