APRENDI COM O MEU VELHO

 

POR: José Wilamy Carneiro

Os ensinamentos da vida são tantos que deixam muitos sem idealizá-los. Mas, uns ficaram para sempre em minha memória. 

Sei que não existem regras perfeitas para aprender boas maneiras, ademais aprendi com meu velho umas dicas perfeitas que me fizeram um homem melhor.

Eis aqui alguns ensinamentos que levo no bolso, na vida prática e na minha consciência:

 

Aprendi com meu velho ser coerente comigo mesmo

Respeitar o próximo é uma chave primordial

Não importa a quem você vai enfrentar

Boas maneiras foram feitas de igual para igual.

 

Seja um mendigo ou homem abastardo

Ele é seu irmão,

O mundo está cheio de conflitos

E eis aqui a grande solução.

 

Deus disse: Amai o próximo

Está na Sagrada Escritura

É o primeiro Mandamento

Para toda sua criatura.

 

Mas, tem filhos que não ligam.

Passam por cima de tudo,

Desrespeitando e agredindo quem o vê

Seu irmão e vizinho fica marrudo.  

 

Das coisas complicadas da vida

Se esbarrar uma confusão,

Mesmo que simples seja ela

Fale com seu irmão.

Aprendi na vida

Que tudo vale a pena,

Mesmo que o pão seja caro

E o meu ordenado pequeno.

 

Dar bom dia ao desconhecido

É um ato de louvor,

Não me faz menor ou maior

Só nos traz a palavra AMOR.

 

E se um dia desses

Sua vida amargurar,

Meu irmão não se desespere

Deus em tudo providenciará.

 

Um dia de labuta,

Outro é dia de descanso

Assim vamos tocando a vida

Transformando num rio com remanso.

 

Não somos melhores que os outros

 Pense nisso: Essa é uma boa maneira,

Quer seja rico, ou seja, pobre.

Deixe disso com essa besteira.

 

Se tivermos muitos nessa terra

Nada que temos vamos levar,

O que ficam são as boas maneiras

Por isso vamos se comunicar.

 

Boas e más maneiras existem

Cabe a nós o poder de escolha

Estou aqui não pra condenar

A planta respira pela folha.

 

E ao deixar cair a folha

A planta fica sem respiração

Assim é nosso sentimento

Que sai de nosso coração.

 

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José Wilamy Carneiro  é poeta, memoriaista, escritor, cronista e cordelista. Em seus trabalhos comentamos o cordel " O Barão de Sobral. Didii- Mocó o menino trapalhão. o Codel - Luzia-Homem a Mulher que traiu o coração de Crapiúna. Autor da obra - " Os Estados unidos de Sobral"  'Tempos de Sol" e um livro de crônica " Um passo a Mais."