APRENDER BRINCANDO: PEDAGOGIA LUDICA COMO ESPAÇO DE APRENDIZAGEM
"To learn Playing: Playful Pedagogical method as learning space"

Autores: Angela Fernandes Machado1 kelen Dal- Souto Frescura 2 Mara Rúbia Santos Melo3
Instituição: Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões
URI Campus de Santiago


RESUMO: O artigo socializa as ações desenvolvidas no projeto denominado: "Aprender Brincando: Pedagogia Lúdica como espaço de aprendizagem", que visa melhorar a qualidade de aprendizagem dos alunos que se encontram em vulnerabilidade na escola, por conta das suas dificuldades relativas ao processo de Letramento e Alfabetização e dificuldades na construção da Aprendizagem Matemática. O projeto está classificado na área temática Educação e na linha programática de extensão: grupos sociais vulneráveis tendo como objeto questões de processos de atenção a educação, o respeito a identidade individual e a inclusão; defesa e garantia de direitos (aprender a aprender); metodologias de intervenção, atende ao Programa de Assessoria Pedagógica e Psicológica (PEAP). Formando uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Cultura os professores do Curso de Pedagogia da URI elaboraram o projeto. Participam trinta crianças do Ensino Fundamental de Nove Anos (primeiro, segundo e terceiro ano), o atendimento é oferecido no contra-turno. A Intervenção Pedagógica é realizada por meio de sessões de 2 horas de duração para cada grupo, realizado sob orientação do corpo docente e das acadêmicas (voluntárias) que desenvolvem as atividades Destacamos que as crianças atendidas têm demonstrado muito interesse, envolvimento e participação nas atividades propostas, sendo visíveis os avanços na construção do saber.
PALAVRAS CHAVE: Aprendizagem, Dificuldades de Aprendizagem, Atendimento Pedagógico.

ABSTRACT:The article socializes the actions developed in the called project: "To learn Playing: Playful Pedagogical method as learning space ", that it aims at to improve the quality of learning of the pupils who if find in vulnerability in the school, on account of its relative difficulties to the process of Literacy and Alfabetization and difficulties in the construction of the Mathematical Learning. The project is classified in the thematic area Education and the programmatical line of extension: vulnerable social groups having as object questions of attention processes the education, the respect the individual identity and the inclusion; defense and guarantee of rights (to learn to learn); intervention methodologies, take care of to the Program of Pedagogical and Psicological Assessorship (PEAP). Forming a partnership with the City Department of Education and Culture the professors of the Course of Pedagogy of URI had elaborated the project. Thirty children of Basic Education of Nine Years participate (first, second and third year), the attendance are offered in the against-turn. The Pedagogical Intervention is carried through by means of sessions of 2 hours of duration for each group, carried through under orientation of the faculty and of the academics (voluntary) who develop the activities. We detach that the taken care of children have demonstrated much interest, envolvement and participation in the activities proposals, being visible the advances in the construction of knowing.
KEY-WORDS: Learning, Difficulties of Learning, Pedagogical Attendance


ENCRUZILHADA DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM: CAMINHOS A SEGUIR

Escrevo porque sinto necessidade de aprofundar
as coisas, de vê-las como realmente são...
Clarice Lispector

O presente artigo visa apresentar o Projeto de Extensão: "Aprender Brincando: Pedagogia Lúdica como Espaço de Aprendizagem" em andamento, que atende ao Programa de Assessoria Pedagógica e Psicológica (PEAP), e visa proporcionar às crianças do Município de Santiago acompanhamento pedagógico com vistas a encontar forma criativas, prazerosas e dinâmincas de atendimento às dificuldades de aprendizagem, ampliando a competência e as habilidades de escrita, leitura e resolução de problemas. O projeto está classificado na área temática Educação e na linha programática de extensão: grupos sociais vulneráveis, tendo como objeto questões de processos de atenção a educação, o respeito a identidade individual e á inclusão; defesa e garantia de direitos (aprender a aprender); metodologias de intervenção.
Acompanhando o movimento das escolas da rede Municipal de Ensino de Santiago, através dos espaços de interação e integração com a rede, durante as intervenções de ordem prática do Curso de Pedagogia, foi possível perceber que um número significativo de crianças apresentam dificuldades de aprendizagem. Sabemos através dos ideários teóricos que a dificuldade de aprendizagem pode ser específica, como ocorre quando a criança apresenta dificuldade em ler e interpretar, ou quando, por exemplo, ela apresenta um aprendizado mais lento que o normal em uma série de tarefas. Assim se faz necessário levar em consideração os efeitos emocionais produzidos, pois quando a criança apresenta dificuldades na escola, normalmente desenvolve uma auto-estima negativa de si e de suas possibilidades, fato que agrava muito a situação, podendo ser evitada com o auxílio pedagógico adequado.
A convicção dos professores e acadêmicos do Curso de Pedagogia da URI Santiago de que os educadores e os futuros profissionais da educação devem integrar as diferentes medidas educacionais no sentido de mediar ações comprometidas com a aprendizagem de todos, e assim cumprir diferentes papéis na busca de aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver a ação educativa e aprender a ser professor comprometido com a construção do saber, traduz o envolvimento do grupo no sentido de atingir as metas do projeto.
Para que isso aconteça, acreditamos ser imprescindível que o professor seja capaz de aprender a aprender, aprender a olhar e fazer uma escuta atenta na busca de desenvolver um trabalho pertinente com as necessidades e a realidade do aluno. Sendo assim, é preciso compreender que o processo de aprendizagem escolar requer um olhar especial para as diferentes formas de ensinar, sendo necessário ter consciência da importância de criar formas diversificadas, singulares e prazerosas de mediar o conhecimento.
Desta forma, a trajetória formativa constitui-se em um rico espaço de aprendizagem, espaço de pesquisa e método formativo contribuindo para construção de uma formação acadêmica e profissional com protagonismo na busca do saber e ainda, constituindo-se espaço de autoria e de elemento de reflexão e pensamento, consciente, seguro da ação. Segundo Macedo (2006,p 89):

[...] o pesquisador estará sempre buscando novas respostas e novas indagações para o desenvolvimento do seu trabalho; valorizando interpretação do contexto; retratando a realidade de forma densa, refinada e profunda; estabelecendo planos de relações com o objeto pesquisado, revelando-se aí a multiplicidade de âmbitos e referências presentes em determinadas situações ou problema; usando uma variedade de informações.

Para Fernandéz (2001) a autoria constitui o processo e o ato de produção de sentidos e de reconhecimento de si mesmo como protagonista ou participante da produção. Na mediação do saber, Freire (1996) destaca que o educador constitui-se naquele que estabelece vínculos com o aluno, e tanto aprende quanto ensina, persistindo no objetivo de levar os seus alunos a enxergarem o contexto crítico sobre os conteúdos ensinados no meio escolar. Os alunos precisam pensar criticamente sobre os objetos de estudo, relacionando com acontecimentos e fatos da sua realidade, sabendo posicionarem-se nela, e assim construir seus conhecimentos, fazendo a relação entre esses e a prática das aprendizagens humanas.
Para Libâneo(1994,p.250):

O professor não apenas transmite uma informação ou faz perguntas, mas também ouve os alunos. Deve dar-lhes atenção e cuidar para que aprendam a expressar-se, a expor opiniões e dar respostas. O trabalho docente nunca é unidirecional. As respostas e as opiniões dos alunos mostram como eles estão reagindo á atuação do professor, as dificuldades que encontram na assimilação dos conhecimentos. Servem também para diagnosticar as causas que dão origem a essas dificuldades.

A Rede Municipal de Ensino de Santiago vem gradativamente buscando minimizar os índices de reprovação, no entanto, as dificuldades de aprendizagem de alguns alunos continuam constituindo uma das causas de repetência escolar. Atendendo esse olhar sobre as dificuldades apresentadas em relação aos índices de reprovação, o Curso de Pedagogia da URI elabora o projeto no sentido promover intervenções pedagógicas que auxiliem e ampliem as aprendizagens elaboradas pelos alunos da rede, incentivar e realizar discussões sobre o tema e consequentemente ampliar as possibilidades de aprendizagem dos sujeitos envolvidos no projeto (executores e parceiros).


CAMINHO PERCORRIDO: APRENDIZAGENS ELABORADAS

"A verdadeira viagem de descoberta consiste não em buscar
novas paisagens, mas em ter novos olhos."
Marcel Proust
No mês de agosto de dois mil e nove iniciamos o projeto como o atendimento pedagógico nas dependências da sala ludo pedagógica do Curso de Pedagogia, por considerarmos o espaço rico em recursos lúdicos estimuladores da aprendizagem. Os encontros realizados com 10 alunos do primeiro, 10 do segundo e 10 do terceiro ano do Ensino Fundamental de Nove Anos da Rede Municipal, visam olhar criteriosamente para as dificuldades apresentadas pelas crianças no processo de Alfabetização e na construção da Aprendizagem Matemática. As sessões de intervenção pedagógica tem duração de duas horas por grupo, uma vez por semana.Os alunos são provenientes de quatro escolas Muncipais e o transporte escolar é realizado pela Secretaria Municipal de Educação (acordo firmado na parceria).

ATENDIMENTOS EFETUADOS NO PERÍODO AGOSTO/DEZEMBRO/2009
GRUPO AGO. SET. OUT. NOV. DEZ. Atendi-mentos Total de Horas
1° ANO 1 4 4 4 2 15 30 h
*2 ANO 2 2 3 4 1 12 24 h
3° ANO 1 5 4 4 2 16 32 h
TOTAL 4 11 11 12 5 43 86h
*Obs.: O grupo do 2° ano teve um número menor de atendimento devido aos feriados. No mês de agosto o atendimento teve início na última semana devido a prorrogação das férias em virtude da Gripe A (Influenza) H1N1.
ATENDIMENTOS EFETUADOS NO PERÍODO MARÇO/JULHO/2010
GRUPO MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. Atendi-mentos Total de Horas
1° ANO 2 4 4 4 1 15 30 h
2° ANO 3 3 4 5 1 16 32 h
3° ANO 2 4 4 2 2 14 28 h
TOTAL 7 11 12 11 4 45 90h
*Obs.: O grupo do 3° ano teve um número menor de atendimento no mês de Junho devido aos jogos da Copa, quando não houve transporte escolar.

Durante o acompanhamento e desenvolvimento do projeto foi possível verificar a necessidade de um olhar atento para a afetividade e o lúdico por parte dos responsáveis pelo atendimento, na busca do resgate do desejo de aprender das crianças. A afetividade possibilita a proximidade professor-aluno onde se constroem laços de carinho, respeito e confiança, abrindo caminhos para que o desejo de aprender se estabeleça. O lúdico tem a função explícita de dar prazer a esse ato, permitindo ao aluno descobrir nesse processo motivos intrínsecos, significativos para sua aprendizagem. O Lúdico e a afetividade interligados ganham espaço e valorização no processo de ensino e aprendizagem, promovendo o desenvolvimento e o desejo de aprender. Por este motivo em cada atendimento realizado buscamos cativar os alunos fazendo com que eles possam sentir-se amados, acolhidos e confiantes em si próprios, possibilitando um aprender prazeroso e significativo.

A bolsista do projeto acompanha todos os atendimentos que contam com a orientação dos professores e acadêmicas do Curso de Pedagogia, que realizam um trabalho voluntário de planejamento, acompanhamento, olhar pesquisador durante a realização das atividades. O projeto conta com três professores voluntários a coordenadora e onze acadêmicas, sendo que há acompanhamento permanente de pelo menos um professor durante o atendimento, o planejamento das atividades e também no relato feito no término de cada encontro.
Os relatos construídos pelo grupo visam refletir sobre as produções dos alunos, suas dificuldades, caminhos percorridos na busca da solução dos questionamentos e as conquistas elaboradas no grupo e pelos alunos de forma individual. Após as reflexões elaboradas no grupo, é construído coletivamente o planejamento da proposta de intervenção para o próximo encontro.
Nos mês de maio, junho e julho o projeto contou com a participação e colaboração das estagiárias do curso de Pós-graduação em Psicopedagogia Institucional e Clínica da URI, que realizaram o processo de avaliação psicopedagógica clínica de sete crianças, sob a orientação de três professores Doutores da UFSM, ministrantes das disciplinas: Psicopedagogia Clínica e Estágio Clínico. A avaliação em andamento contribuirá na compreensão da modalidade de aprendizagem dos alunos, buscando dados da vida cognitiva, emocional social e orgânica e assim, construirá uma hipótese diagnóstica que auxilie o processo investigativo dos executores do projeto, em relação à aprendizagem das crianças.
Os integrantes do projeto participam do grupo de estudos, que acontece duas vezes ao mês, com duas horas de estudo e reflexã. Nos encontros participam professores e alunos voluntários e outros acadêmicos do curso que desejam aprofundar conhecimentos sobre o tema. Os textos são previamente colocados a disposição dos interessados, que no dia do encontro fazem a socialização e troca de ideias. Os encontros descritos visam atender ao objetivo geral do projeto: suscitar reflexões acerca do referencial teórico proposto para a desenvolvimento do projeto, acompanhando e orientando as acadêmicas durante as intervençòes lúdico-pedagógicas.

Destacamos que o tema: letramento e alfabetização, abordado durante as últimas sessões de estudo, tem provocado muitas inquietações em todos os envolvidos na discussão, trazendo a preocupação epistemológica quanto ao exercício prático de alfabetizar e letrar, principalmente para os alunbos em questão, pois iniciaram o processo de alfabetização, mas muitos deles não apresentam compreensão do processo da leitura e da escrita. Sabemos que precisamos ir além do processo de aquisição do código escrito é preciso que as crianças apropriem-se da função social do uso da leitura e da escrita. Acreditamos na afrimativa de SOARES (2004,p.22):

Alfabetizar letrando ou letrar alfabetizando pela integração e pela articulação das várias facetas do processo de aprendizagem inicial da língua escrita é sem dúvida o caminho para superação dos problemas que vimos enfrentando nesta etapa da escolarização; descaminhos serão tentativas de voltar a privilegiar esta ou aquela faceta como se fez no passado,como se faz hoje, sempre resultando no reiterado fracasso da escola brasileira em dar às crianças acesso efetivo ao mundo da escrita.

Diante disso, é importante salientar que durante o atendimento observa-se o desempenho das crianças, através de um processo avaliativo diagnóstico no sentido de verificar o desempenho dos alunos nas atividades, bem como sua aprendizagem em relação a determinado conteúdo. Os atendimentos são individualizados para que os educandos possam aproveitar o tempo com qualidade, e assim o voluntário dedica-se ao aluno ou grupo de no máximo três alunos, acompanhando o processo individual, observando as dificuldades e percebendo os avanços reais e significativos. O material pedagógico produzido pela criança é anexado à sua pasta, para que sirva de auxílio no planejamento de cada encontro realizado e análise do desenvolvimento.
A participação dos professores ministrantes das disciplinas de Fundamentos Teóricos e Metodológicos no projeto ajudam a ampliar os espaços de socialização e discussão teórica e prática, qualificando a trajetória formativa dos acadêmicos do Curso de Pedagogia, favorecendo a troca de experiências durante as aulas, possibilitando o confronto de teoria e prática suscitando assim, reflexões acerca do referencial trabalhado no Curso de Pedagogia, promovendo a mediação comprometida com o desenvolvimento cognitivo dos alunos que buscaram nosso projeto com objetivo de aprender de forma significativa. De acordo com DOCKRELL E MCSHANE (2000, p.183):
As dificuldades de aprendizagem estarão sempre conosco. É importante que compreendamos estas dificuldades para procurar diminuir o impacto na vida do indivíduo. Para isto necessitamos da interação entre teoria e prática. A avaliação e a intervenção. A prática pode dar informações à teoria fornecendo um teste crítico das implicações de um modelo.

Acreditamos que os atendimentos são diferenciais e de extrema relevância ao processo de ensino-aprendizado de cada criança, onde podemos perceber o progresso em cada atividade realizada, o que torna nosso desejo ainda maior pela busca incessante da melhoria da educação. Segundo FREIRE (2005, p.91):

O processo de aprendizagem:é uma exigência existencial. E, se ele é o encontro em que se solidarizam o refletir e o agir de seus sujeitos endereçados ao mundo a ser transformado e humanizado, não pode reduzir-se a um ato de depositar idéias de um sujeito no outro, nem tampouco tornar-se simples troca de idéias e serem consumidas pelos permutantes.
Como fenômeno complexo, a aprendizagem é resultante do desenvolvimento de aptidões e de conhecimentos, sendo desencadeado a partir da motivação. O processo esta intimamente ligado às relações de troca estabelecida com o meio, o que torna indispensável o cuidado com os motivos da ação proposta na apropriação do conhecimento. Crianças com dificuldades de aprendizagem devem receber cuidados especiais em relação a interação estabelecida entre mediador, que deverá cuidar da motivação permanente, despertando o interesse e a necessidade do conhecimento, suscitando o desejo de aprender.
RESULTADOS
Acreditamos que os objetivos específicos previstos pelo projeto estão sendo atendidos: a)Investigar estratégias pedagógicas que favoreçam a aprendizagem para as crianças das Séries Iniciais do Ensino Fundamental matriculadas nas Escolas da Rede Municipal, encaminhadas pelo projeto Aquarela; b)planejar atividades significativas e lúdicas para promover a aprendizagem minimizando a evasão e a repetência nas escolas parceiras; c)investigar as teorias que fundamentam uma proposta pedagógica atual intervindo nas dificuldades de aprendizagem apresentadas pelas crianças participantes; d) proporcionar atividades de caráter ludopedagógico, resgatando assim a vontade de aprender bem como a valorização do sujeito; e) observar o desempenho das crianças através de um processo avaliativo diagnóstico para verificar a aprendizagem, visando encaminhamento de relatório às entidades parceiras no sentido de promover reflexão em relação aos métodos de ensino aplicados nas escolas; f) vivenciar a experiência de extensão e pesquisa científica durante o atendimento, com vistas á promoção de socialização dos resultados com os professores da Rede Municipal, com o projeto Aquarela e equipe pedagógica da Secretaria Municipal de Educação.
Para concluir, pudemos observar que as crianças demonstraram muita satisfação em participar do Projeto e estão respondendo às expectativas iniciais do mesmo, ampliando seus espaços produtivos, auxiliando a Rede Municipal no sentido de minimizar os índices de reprovação dos alunos. Destaco também, que as sessões de estudos têm ampliado os espaços de discussão sobre o tema e tem auxiliado a ampliação do dialógico promovendo a curiosidade epistemológica da busca de solução para as inquietudes provenientes da prática.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
"O espaço pedagógico é um texto para ser constantemente lido, interpretado, escrito e reescrito."
Paulo Freire

Acreditamos que a participação neste projeto possibilita aos acadêmicos, a visão e a possibilidade de reflexão da atividade docente comprometida com a aprendizagem, ressignificando os conhecimentos teóricos adquiridos em aula.Sendo assim, destacamos a compreensão de que o projeto tem atendido aos aspectos da extensão: a) Integrar o ensino e a pesquisa com as demandas da sociedade, buscando o comprometimento da comunidade universitária com interesses e necessidades da comunidade educativa; b) Democratizar o conhecimento acadêmico e a participação efetiva da sociedade na vida da Universidade; c) Incentivar a prática acadêmica que contribua para o desenvolvimento da consciência social e política, formando profissionais ?cidadãos; d) Contribuir para reformulações de concepções e práticas curriculares da Universidade, bem como para a sistematização do conhecimento produzido.
O projeto vem sendo analisado pelo grupo de professores e acadêmicos participantes, bem como pela Secretaria Municipal de Educação e Psicopedagoga do Projeto Aquarela, que demonstraram satisfação, confiança e uma extrema vontade de continuar estabelecendo a parceria com o projeto de extensão proposto pelo Curso de Pedagogia. Foi solicitado a continuidade do mesmo para o Ano de 2010. O fato descrito demonstra a disponibilidade e entrosamento da equipe executora do projeto com os parceiros, na busca de uma atitude responsável e comprometida com a melhoria da qualidade do ensino da Rede.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DOCKRELL, Julie. MCSHANE, John. Trad. Andrea Negreda. Crianças com dificuldades de Aprendizagem: uma abordagem cognitiva. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida (Org). Jogo, brinquedo, brincadeira e a Educação. São Paulo: 2001.

FERNANDÉZ, Alicia. O saber em jogo: a Psicopedagogia propiciando autorias de pensamento. Porto Alegre, Editora Artmed, 2001

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários á prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 47ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2005

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.

MACEDO, Roberto Sidnei. Etnopesquisa crítica, etnopesquisa-formação.
Brasília: Liber Livro, 2006.

Soares, M. Alfabetização e Letramento, Caminhos e Descaminhos .Pátio, 29, 2004, p. 19-22.