Apreciação sobre o filme “Meu filho meu mundo” autor Barry Neil Kaufman: Apontamentos após estudo em formação continuada.

Autora: Raquel Valadares Drews

Coautora: Mariane Damke

Ao iniciar uma união estável ou não todas as pessoas começam com um grau de esperança, uma certa expectativa  por mais que seja inconsciente. Assim, quando essa relação vai se concretizando vem as etapas de uma "vida feliz": encontrar um "parceiro ideal", casamento, aquisição de bens, entre essas conquistas temos o nascimento dos filhos que se inicia pela gravidez. O casal ao receberem a notícia de estarem gerando um ser pelo amor dos dois é algo incrível. Mas, pode acontecer desse sonho serem frustrados ao receberem a notícia de que o tão sonhado e esperado bebê é uma criança especial.

Em primeiro lugar o casal passa por um processo de negação em que ao invés de encarar a realidade se deixam levar pela frustração e repentinamente acabam entrando em um processo de negação. Pois, "fingem" que esta tudo sobre controle e há um possível erro de diagnóstico, porém  logo vai passar e a situação permanente da criança irá mudar, apenas com essa atitude de não aceitação. Mas, o que ocorre é o contrário às crianças especiais precisam de ser amparadas com auxílio constante para que possam se desenvolver. O filme "Meu filho, meu mundo", retrata a história de uma criança diagnóstica com autismo e na época havia pouco conhecimento sobre o assunto, tanto é que ainda era desconhecido por muitos.

A criança apresenta algumas características como: não tinha contato visual, isolamento, não apresentava comunicação verbal e tinha movimentos repetitivos. Infelizmente na década de 70 todas essas crianças ainda eram vistas como portadores de "problemas mentais", mesmo sendo de ordem psicológica ou neurológica. Assim eram depositados em sanatório (adultos) ou em núcleo infantis quando criança. E levados a tratamentos severos. Infelizmente, anteriormente as famílias não permitiam que as crianças participassem das festas, dos jantares eram mantidas presas em casa, como motivo de vergonha. Ou também para "protegê-las" do julgamento da sociedade, inclusive de membros da própria família.

Ao ver alguém coçando o braço e sua meta é a eliminação deste comportamento (coçarse), existem várias abordagens que podem ser tentadas: pode-se dizer a esta pessoa para

parar de se coçar, pode ameaçá-la com consequências desagradáveis se ela continuar a

coçar-se, pode tentar distraí-la colocando-lhe alguma coisa de que ela goste na mão que

está a usar para coçar-se, pode amarrar o seu braço junto ao corpo para que assim ela

não consiga mais coçar-se… ou tentar realmente saber a razão pela qual ela se coça e

aí, descobrir que, ao final, tem uma picada de mosquito ali mesmo, no local onde mais

se coça. Então, pode-se colocar uma pomada ou um repelente contra a picada e acabar

com o comichão (Kaufman, 2016, p. 30).

 

Estudos, pesquisas, persistentes familiares e estudiosos com o coração mais afetuoso prosseguiram na campanha pela causa das crianças especiais que atualmente temos vários autistas inclusive, ocupando carreiras importantes e conhecidas, como médicos, atores, pintores, músicos, entre outros. Graças à perseverança de pessoas que avançaram nos estudos pesquisas e principalmente a ação da família em prol dessas crianças. Porque, ao invés de esconder ou se frustrar perante a situação foram em busca de encontrar meios que pudessem auxiliá-las.

Você precisa primeiramente construir uma ponte para o mundo da sua criança. Só depois é que você vai pegar-lhe na mão e guiá-la de volta, atravessando a ponte para o seu mundo. É por isso que o Son-Rise Program é baseado no seguinte princípio: A criança mostra-nos o caminho de entrada, e depois nós mostramos-lhe o caminho de saída (Kaufman, 2016, p.33).

 

Referencias

Kaufman, B. K. (2016). Vencer o Autismo com o The Son-Rise Program. Portugal: Papaletras.