Já as estatísticas do HCP apontam alguma desaceleração. Em razão de muita desprogramação anotada aqui e ali, as perspectivas de crescimento para este primeiro semestre de 2011 se revelam "menos promissoras". Todas as previsões de crescimento têm sido contrariadas pela conjuntura. Segundo HCP, os profissionais prognosticam agora um declínio nas reservas em alguns destinos, especialmente no turismo de negócios e de incentivos. Projetando uma queda de 6,6% do valor acrescentado este primeiro trimestre de 2011.

O atentado a bomba, que visou o coração turistico de Marrakech, quinta-feira, 28 abril 2011, complicou ainda a situação.


A Federação Nacional do Turismo lançou o alarme, temendo uma nova crise no setor. Porque, se Marrakech o primeiro destino turístico do Reino « tosse », toda a destinação de Marrocos sera afetada.

Pois o sinal da federação do turismo é procupante. Porque, os profissionais, que continuam otimistas, tentam se conformar com as perspectivas de desenvolvimento da fileira. Não acreditamos que isso como se disse"é feito" para este ano, embora isso não se pode ignorar os distúrbios causados na região, isso é capaz de inviabilizar a principal fonte de renda deste setor.


Diante desta incerteza sobre a evolução real da atividade, a decepção afeta os operadores. As expectativas do mercado parecem realmente contrariadas pela conjuntura e tememos um forte impacto do declínio do turismo, prejudicando o crescimento económico do país. Nesse caso, não se descarta a revisão a baixa as previsões de crescimento para este ano.


Nada está decidido ainda. Só que o sector do turismo em Marrocos é fortemente dependente do mercado europeu, principalmente os turistas franceses. Eles são os pincipais afluentes no reino. "A aposta é muito otimista" sobre a força da demanda, embra perturbada pelos riscos iminentes de atentados, continua sendo uma fonte importante de investimento.



Além disso, o efeito induzido desta dependência é, sem dúvida, a sensibilidade do setor às flutuações brutais dos acontecimentos e forte concorrência de outros destinos (Turquia, Grécia, Espanha), os quais aproveitam da situação e dos efeitos da crise em Tunísia e Egipto.


Lembrando que o setor ocupa um lugar central na economia nacional. Permite a entrada de devisas (cerca de 53 milhares de dirhams ou 30% das exportações), 1 milhão de empregos, contribuindo com 20% para o PIB. Tal setor emprega 500.000 famílias e ajuda para melhorar os padrões de vida da população marroquina. O objetivo de 10 milhões de turistas foi quase alcançada, graças aos marroquinos residentes no exterior ( MRE). os MRE contribuem com (75% dos quais 42% vieram da França, Espanha 11% e 5% da Alemanha e 1% outros paises).


A nova "Visão 2020" é boa, mas cuidado com a complacência. O setor demora prejudicado. O crescimento se torna lento e as esperanças de recuperação são muito reduzidas. Vale lembrar dos ataques terroristas de Casablanca e de Asni e seus impactos negativos. Em decorrência disso Marrocos tinha levado mais de três anos para chegar ao fim do túnel.

A pergunta que persiste se tirarmos as leções do passado?

Lahcen EL MOUTAQI
Consultor-Professor da Universidade Mohammed V em Rabat; Marrocos