RESUMO

O crescimento da atividade aérea se intensificou em todo o mundo principalmente após a década dos anos de 1940, onde se deu por encerrada a segunda guerra mundial. Entre os avanços estava a aplicação prática de motores a reação, iniciando assim a era do jato. Embora bastante limitados, os primeiros aviões a jato mostravam a viabilidade de emprego operacional da nova tecnologia (Klotzel 2016). Diante disso, o setor aéreo, por meio de novos conceitos e procedimentos, criou medidas de melhorias na segurança operacional de pessoal envolvido diretamente na atividade aérea bem como de terceiros. Este trabalho apresenta um diagnóstico da necessidade de utilização dos modelos e procedimentos de segurança aérea, detalhando as áreas de atuação de cada modelo e a importância de cada pessoa envolvida nesta atividade. Dentre os modelos apresentados, destacam-se o modelo do queijo-suíço elaborado por James Reason, modelo SHELL e o modelo HFACTS. Foi possível identificar a importância da aplicação desses modelos na aviação, bem como apontar as barreiras de defesa a serem vencidas. A conclusão deste trabalho apresenta a influência da aplicação dos sistemas de gerenciamento de segurança operacional nas diversas áreas de atuação da aviação.
Palavras-chave: Atividade aérea; Gerenciamento de risco; Segurança; Prevenção de acidentes.

Introdução:

Desde seus primórdios a aviação vem se mostrado como uma atividade de alta complexibilidade e alto risco para todos os envolvidos. Com o passar do tempo a aviação vem evoluindo e crescendo, se tornando mais acessível a todos e ao mesmo tempo criando riscos inimagináveis à época de sua criação. Para evitar que pessoas morram em trágicos acidentes uma série de estudiosos buscam conhecer os diversos riscos envolvidos na atividade aérea, promovendo meios e técnicas de se prevenir de acidentes. A partir dos estudos realizados por especialistas da aviação, como James Reason, foi criado o Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional (SGSO), que tem por finalidade nomear os riscos envolvidos na operação aérea e determinar maneiras de mitigar tais riscos de forma que a atividade aérea não seja paralisada ou se torne completamente inviável financeiramente tendo em vista os enormes prejuízos decorrentes de um acidente aéreo. Esse sistema é adaptável ao tipo de operação a ser realizada pela empresa ou pessoa, por exemplo, uma companhia aérea esta sujeita a determinados riscos e uma escola de aviação está sujeita a alguns riscos comuns à linha aérea, porém o nível dos riscos pode se apresentar maior em uma escola de aviação se for comparado com a linha aérea. Tendo em vista essa diferença de atuação dos riscos nas diferentes atividades aéreas é possível mitiga-los em todas as áreas de uma forma única? Quais são as aplicações do Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional nas diferentes áreas da aviação? O Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional nasceu com a intenção de se mitigar os riscos aos quais aeronaves e pessoas possam estar expostos durante a operação, e possíveis acidentes de forma corriqueira. Para que o SGSO seja eficiente é preciso que se saiba quais são os riscos envolvidos nas diversas áreas da aviação e, como tais riscos influenciam na segurança de um voo. Os estudos dos diversos sistemas de gerenciamento de segurança operacional levam o aluno a entender que não existe apenas um meio de se evitar um acidente, mas diversos meios que são criados como barreiras que, se 4 unem como um grande freio contra acidentes, aumentando consideravelmente a segurança de voo. A Metodologia a ser utilizada para o presente estudo será bibliográfica com abordagem exploratória, de natureza básica, embasada no ensino da análise sistêmica de eventos de segurança operacional. Essa pesquisa tem como objetivo geral conhecer as diferentes aplicações do Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional nas diversas áreas da aviação civil. Para cumprir tal objeto foram determinados os seguintes objetivos específicos: conhecer os conceitos de perigo e risco; conhecer os modelos de gerenciamento de risco; definir as diversas formas de se aplicar o Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional. [...]