Ânsia de amar maldita
Por Anna Flores | 04/03/2010 | PoesiasÂnsia de amar maldita
Que meu ser delimita,
É forçoso que eu admita,
Custou-me já mais de um abismo.
É ela que é responsável
Da esperança adorável,
De modo inevitável,
Desembocar sempre em cinismo.
É verdade ordinária:
Na tua lei refratária,
Truculenta, arbitrária,
Eu nunca fui mais que acessório:
Peça da tua bagagem,
Enfeite da tua imagem,
Ítem na tua listagem,
Nunca a santa do teu oratório...
Mas verdade é também:
Doído foi teu desdém
Por eu ser a refém
De um desejo disparatado:
Já desde minha infância,
Vivo como em errância
Guiada pela mesma ânsia:
Que amar me seja autorizado!...04/03/10
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