Eles não têm asas,
Não são cobertos de penas
Nem estão vestidos de branco.
Seus pés não estão descalços,
Nem eles se elevam no espaço
Com as mãos postas.
Em volta de suas cabeças
Não existe um halo resplandecente.
 
Usam roupas comuns 
E estão em toda parte.
Estão nas suas casas,
Nas ruas ou nas praças desertas.
Estendem a mão aos aflitos 
Que em pranto encontram perdidos,
E guia-os mansamente
Às águas tranquilas.
 
Abrem a porta ao desorientado
E o acolhe de braços abertos.
Enxugam-lhe as lágrimas
Refrigeram-lhe a alma
E o fazem repousar em segurança.
Fortalecem-lhe a fé e transmitem-lhe a paz.
Mesmo em forma humana,
São anjos usados por Deus,
Ainda vivendo na Terra.
 
 
Junia – 31.12.2008