Angola esteve presente na Conferência anual de Tecnologias Offshore, a decorrer na cidade norte-americana de Houston, no estado do Texas, entre 4 e 8 de Maio. A conferência, criada em 1969, destina-se à partilha de conhecimentos e experiência no campo da produção e extração de petróleo no mar ("offshore"), um subsector específico no âmbito da exploração petrolífera no qual Angola se tem vindo a afirmar progressivamente.

Sendo uma das dez maiores feiras empresariais realizadas anualmente nos Estados Unidos (medidas pelo número de visitantes), a Conferência contou com a presença de vários altos representantes do governo, como os secretários de Estado da Geologia e Minas (Miguel Bondo) ou o secretário de Estado dos Petróleos (Aníbal Teixeira da Silva), entre outros.

A organização do evento, que acolhe visitantes e profissionais de todo o mundo, pretendeu organizar o maior evento de sempre na história da OTC, capaz de bater o recorde de 108.000 visitas de 2014.

A presença dos representantes governamentais, sendo importante em termos simbólicos, também o é em termos do sinal que transmite aos parceiros internacionais. Angola pretende manter-se na linha da frente em termos de capacidade industrial e tecnológica, no campo da extração petrolífera offshore, de forma a rentabilizar ao máximo o seu potencial.

E embora o governo de Luanda, como é sabido, esteja consciente da necessidade de diversificação da economia, num período em que a queda do preço de referência mundial do crudo causa graves constrangimentos macroeconómicos, a expansão e modernização da produção offshore é vista, naturalmente, como um elemento estratégico a longo prazo.

Angola reforçou recentemente a importância da sua estrutura de produção offshore, com o anúncio, por parte da petrolífera italiana ENI, do início da produção em novos campos situados a cerca de 350 quilómetros a noroeste de Luanda, e com profundidades entre os 1000 e os 1500 metros. A empresa italiana aponta para uma média de 60000 barris por dia, média já alcançada. Angola espera vir a destronar a Nigéria da liderança dos países africanos produtores de petróleo offshore.