Analise Preliminar da Extração Florestal de uma Área de Floresta Plantada no Município de Paragominas – Pará.

RESUMO

Atualmente, a maior parte da exploração madeireira na Amazônia ainda é praticada segundo os métodos convencionais, destrutivos e fundados numa visão imediatista. E, ainda, 80% do que se dedicam a extração convencional de madeira o fazem ilegalmente, em áreas onde a retirada das arvores não foi previamente autorizada pelo órgão governamental responsável, o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), incluindo-se entre essas áreas aquelas de preservação, como terras indígenas. O presente trabalho tem como objetivo analisar os parâmetros da exploração florestal de uma área de floresta plantada, localizada na PA 125, Bairro Industrial, no Município de Paragominas – Pará, tendo como base a Legislação e politica florestal na exploração madeireira. A metodologia foi fundamentada em revisão bibliográfica, através do método descritivo exploratório. Como método de procedimento, foi utilizado o monográfico, por possibilitar o procedimento da pesquisa a partir de diversas fontes bibliográficas. A área esta localizada as margens da PA 256, na latitude 02°59,413’ S e longitude 47°22,439’ W no Km 03 do Município de Paragominas- PA. A mesma abrange uma área total equivalente a 45,5 hectares com reflorestamento de eucaliptos. A empresa segue uma instrução normativa exigida pela SEMMA (Secretaria Municipal do Meio Ambiente) que determina utilização da lenha feita a partir de um plantio realizado pela própria empresa, precisa- se enviar somente o DCC para que seja autorizado o uso. Se for enviar para outro local ou ate mesmo a filial é necessário apresentar o Cadastro Ambiental Rural (CAR) junto ao DCC e uma nota fiscal que acompanha a lenha até seu destino. Com tantas considerações relatadas, a propriedade. Com tantas considerações relatadas, a propriedade não apoia o Incentivo á Preservação e Recuperação do Meio Ambiente, sendo visível apenas o uso de florestas plantadas somente correlacionadas ao sequestro, à conservação, a manutenção e o aumento do estoque e a diminuição do fluxo de carbono. Não havendo aquela preocupação com a Preservação do Meio Ambiente e sim relacionada à econômica verde que gera em torno dessa produção que esta em crescente demanda em uma sociedade consumista e ardente pelo comercio madeireiro.

1INTRODUÇAO

A história da Colheita Florestal no Brasil remonta desde a época do descobrimento do país, onde teve grande importância sócia – econômica pelo fato principalmente de ter gerado divisas financeiras à metrópole com a venda do pau Brasil para a extração de um corante vermelho, para as fábricas têxteis localizadas na Europa e também por estar associada à expansão demográfica, pois resultou ao mesmo tempo em um consumo dos recursos madeireiros no país e favorecendo o seu desenvolvimento, onde não visou de certa forma o manejo sustentável das florestas, e sim uma extração predatória, levando a inviabilização da colheita florestal em biomas como a Mata Atlântica, que de sua área total, atualmente resta cerca de 8% (ALTOÉ, 2008).

Atualmente, a maior parte da exploração madeireira na Amazônia ainda é praticada segundo os métodos convencionais, destrutivos e fundados numa visão imediatista. E, ainda, 80% do que se dedicam a extração convencional de madeira o fazem ilegalmente, em areas onde a retirada das arvores não foi previamente autorizada pelo órgão governamental responsável, o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), incluindo-se entre essas areas aquelas de preservação, como terras indígenas, por exemplo, (Fundação Floresta Tropical, 2015).

Quando as operações de exploração madeireira começaram na Amazônia Oriental nas décadas de 70 geralmente havia madeira a poucos quilômetros das serrarias. Entretanto, na metade dos anos 90, os madeireiros estavam frequentemente viajando mais de 100 quilômetros para alcançar areas de floresta com madeira. Em muitas regiões da Amazônia Oriental, parece inevitável que a indústria madeireira em breve esgote o estoque de madeira disponível se as praticas de extração atual continuar (BARRETO et al, 1998).

Segundo Martins et al, (2003) os impactos da exploração madeireira nas florestas nativas, considerando os efeitos na vegetação adulta remanescente, na regeneração natural e no solo, devem ser cuidadosamente observados no manejo dessas florestas. Tais impactos têm implicações diretas na escolha do sistema de manejo a ser aplicado e na busca de respostas a questões básicas relacionadas com a autoecologia das espécies envolvidas.

O presente trabalho tem como objetivo analisar os parâmetros da exploração florestal de uma área de floresta plantada, localizada na PA 125, Bairro Industrial, no Município de Paragominas – Pará, tendo como base aLegislação e politica florestal na exploração madeireira.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Eucalyptus grandis Hill (ex Maiden)

2.1.1 Taxonomia e Nomenclatura

Divisão: Angiospermae

Classe: Dicotiledoneae

Subclasse: Archichlamydeae

Ordem: Myrtiflorae (Myrtales)

Família: Myrtaceae

Gênero:Eucalyptus

Subgênero: Symphyomyrtus

Secção: Transversaria

Série: Salignae

Subsérie: Saligninae

Espécie:E. gradis

Tipo de Casca: Gum, Flooded gum (Lisa de baixada).

2.1.2 O Gênero Eucalyptus grandis Hill (ex Maiden).

            Arvore de grande porte, com uma altura que pode atingir os 70-80 metros em arvores adultas velha. O tronco é alto e reto se a arvore estiver inserida num povoamento florestal. A casca é lisa, cinzenta ou castanha. As folhas são persistentes e tem a forma e aspecto diferentes conforme a arvore e está numa fase de crescimento juvenil ou adulta. As folhas juvenis são séssies, de forma ovada. Cor glauca, e com inserção, no ramo, oposta. As folhas adultas são alternadas, longas e lanceoladas, tendo um pecíolo comprido e cor verde brilhante. As flores são grandes, sésseis e de cor branca. Os frutos são capsulas lenhosas. A espécie é origiria da Australia e Tasmânia. Foi introduzida em Portugal em meados do século XIX. Existe igualmente em Espanha e em França. Em Portugal, prefere regiões litorais e de baixa atitude inferior á 70 metros.

2.1.3 Característica Silviculturais do Eucalipto

Até o início deste século, o eucalipto foi plantado com a finalidade de ornamentação ou para servir de quebra-ventos, pelo seu extraordinário desenvolvimento. Todavia, o responsável pela introdução de plantações econômicas foi o silvicultor Edmundo Navarro de Andrade, depois de estudar várias espécies nativas - como peroba, cabreúva, jequitibá, jacarandá- paulista, pinheiro-do-paraná e cedro - e outras exóticas, como Eucalyptus globulus, implantado com sementes trazidas de Portugal. Naquele ensaio, desenvolvido entre 1904 e 1909 no Horto de Jundiaí-SP, o eucalipto se destacou de tal forma que a então Companhia Paulista de Estradas de Ferro, hoje Ferrovia Paulista S.A. - FEPASA, optou pelas espécies desse gênero para produzir lenha para suas locomotivas (PEREIRA et al, 2000).

Segundo Carriello et al, (2011) a silvicultura do eucalipto foi introduzida no país de forma mais intensa pela Companhia Paulista de Estrada de Ferro em 1903 para suprir as demandas da companhia. Na região, se observa grandes plantações de eucalipto transformando o bioma original, onde há área com imensas plantações, principalmente de eucalipto.

2.1.4 A importância da cultura do eucalipto

            É cultivado para os mais diversos fins, tais como, papel, celulose, lenha, carvão, aglomerado, serraria, óleos para indústrias farmacêuticas, mel, ornamentação e quebra vento, entre outros.

Inicialmente, apoiado por incentivos fiscais ao reflorestamento, e também pelos programas nacionais de siderurgia á carvão vegetal e de celulose e papel, o setor responde atualmente por 4% do PIB (Produto Interno Bruto), 700 mil empregos diretos e 2 milhões de empregos indiretos ( SILVA, 1997). 

2.1.5 Avanço da exploração do eucalipto no Brasil.

São Paulo e Belo Horizonte, 29 de Janeiro de 2007 - Biodiversidade de algumas áreas de Minas Gerais já está prejudicada com a espécie. O plantio do eucalipto em projetos de exploração sustentável está causando passivos ambientais no Brasil. Algumas áreas do norte de Minas Gerais já estão comprometidas, segundo o professor de Ecologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Wilson Fernandes. A condição impõe um dilema ao estado, pois os subprodutos do eucalipto já ocupam a terceira posição na pauta de exportação mineira. Depois de São Paulo e Bahia, Minas Gerais é o estado que mais possui áreas de reflorestamento com eucalipto. São 167,5 mil hectares no estado, segundo dados da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Abracelpa), o que equivale a 13,3% da área total do Brasil, que é de 1,2 milhão de hectares. No estado mineiro, a cultura do eucalipto se expande de forma acelerada. Em 2000, a área plantada era de 40 mil hectares, extensão que em 2005 já era quatro vezes maior - 161 mil hectares (GAZENTA MERCANTIL, 2007).

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