MARIANA SILVA ALVES

O tema principal da obra é a ética profissional e a credibilidade que o autor dá esse principio.

O autor em relação à esperança depositada por ele naqueles moços, iniciantes na carreira jurídica, a continuarem o trabalho o qual ele estaria prestes a cessar, chega até a propor um estreitamento de laços entre ele e os apadrinhados.

Rui Barbosa representa em seu texto uma figura paterna, que faz de suas palavras conselhos e daqueles formandos da Faculdade de Direito de São Paulo, seus filhos, sem que perdesse, sua energia de político e brilhantismo de jurista.

Considerando a impossibilidade de estar presente naquela cerimônia (colação de grau), por conta de sua saúde debilitada, foi cuidadoso em explicar, não se esforçou na demonstração de sua ausência teria como nexo causal o seu estado de saúde, mas, mostrou toda sua força em assegurar que naquela sessão estaria presente em alma e coração.

O autor faz, então, uma exposição em relação ao trabalho prestado por ele à nação, ao meio século de carreira. Sente-se consolado em ter dado ao seu país tudo aquilo que poderia estar ao seu alcance.

Coloca-se ao inteiro dispor dos apadrinhados, se expondo de maneira categórica e clara, mostrando muito desejo de passar para os jovens bacharéis o peso, a dedicação e a honra com que se deve empenhar na construção de uma pátria mais digna, peso esse que ele também sente sobre seus "ombros". Ele compara sua vida com um livro aberto, totalmente acessível.

Para entender o Direito como um sistema, repetitivo na importância do conhecimento de mundo, deu a seus afilhados a lição de humildade, quando os ensinava o grande paradoxo que se revelava: a necessidade da existência dos adversários.

Incentiva os bacharéis, para que permaneçam em estudo constante. Distingue o saber aparente do saber real, tendo em vista que este advém da leitura reflexiva.

Atenta para o cuidado que se deve tomar, acerca da interpretação hermenêutica das leis, pois diferentemente do que apresentado por algumas normas, cujos critérios elitistas são presentes, trazendo uma concepção desviada. Sendo assim concluído, que a vontade que deverá sempre prevalecer não é do legislador, mas sim da lei.

“Oração aos Moços”, contem uma atualidade que chega a ser surpreendente, tornando-se obrigatório aos moços de hoje, da sociedade eletrônica, da internet, meditar sobre os conselhos que brotam seguidamente do texto.