ANÁLISE DA PRODUTIVIDADE DA PASTAGEM NO MUNICÍPIO DE RIBAS DO RIO PARDO M.S.
Por ROBERTI ANDRE DA SILVA FILHO | 03/09/2015 | EcologiaANÁLISE DA PRODUTIVIDADE DA PASTAGEM NO MUNICÍPIO DE RIBAS DO RIO PARDO M.S.
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Roberti André da S. Filho
Campo Grande
2003
SUMÁRIO
1- Justificativa 3
2- Objetivos 3
3- Metodologia 4
4- Dados obtidos 7
5- Gráficos 11
6- Conclusão 22
7- Referências bibliográficas 23
1. JUSTIFICATIVA
“A mente avança até o ponto onde pode chegar; mas depois passa para uma dimensão superior, sem saber como lá chegou.Todas as grandes descobertas realizaram esse salto”.
Albert Einstein
O estado de Mato Grosso do Sul é o maior produtor de rebanho bovino de corte do Brasil, e conseqüentemente um dos maiores do mundo, já que o Brasil é o terceiro maior exportador mundial, segundo dados da Organização Mundial do Comércio O.M.C. Sendo assim, neste ambiente cada vez mais rigoroso quanto às exigências não só de custo, mas como também de grau de naturalidade deste produto, a busca de pelo aumento da produtividade na produção de carne por carcaça de animal passa por elementos como técnicas de manejo, cruzamento industrial, melhoria genética do rebanho, alimentação adequada e natural, que foi objeto deste nosso trabalho.
Acompanhar a produtividade das pastagens de um dos maiores municípios de Mato Grosso do Sul, onde a principal fonte econômica é justamente a pecuária, pode nos dar uma indicação de como vem se comportando esta atividade ao longo dos anos e também uma perspectiva futura deste setor, bem como as implicações desta produtividade na utilização adequada do solo, tendo em vista um modelo de desenvolvimento baseado na sustentabilidade da atividade através do uso racional dos recursos ambientais envolvidos.
2. OBJETIVOS
2.1- Objetivo Geral
¨ Levantar a produtividade da pastagem do município de Ribas do Rio Pardo ao longo dos anos, e com isso ter estimativas futuras, através de um modelo científico, que leva em consideração aspectos ambientais e climáticos.
2.2- Objetivos específicos
¨ Levantar o tamanho do rebanho de 1981 a 2000.
¨ Levantar o NDVI mensal, ao longo deste mesmo período.
¨ Verificar as condições climáticas: temperatura, radiação solar, índices de chuva etc. da região.
¨ Fazer um comparativo da produtividade por kg de animal em relação ao hectare.
¨ Acompanhar a evolução da capacidade produtiva das áreas de pastagens da região.
3.- METODOLOGIA
O objetivo principal deste trabalho foi de levantar dados climatológicos da região estudada, a fim de verificar os modelos matemáticos capazes de estimar a produtividade das pastagens, principalmente, o que determina a eficiência fotossintética das pastagens que tem conseqüências diretas na geração de biomassa.
Há uma dificuldade muito grande na coleta de dados da eficiência fotossintética, uma vez que no Brasil ainda não um banco de registros que trabalhe especificamente com radiação espectral emitida pela vegetação. Foi necessário, portanto, colher dados dos registros da EMBRAPA Gado de corte M.S. desde 1981 à 2000 da energia da radiação fotossintética ativa (PAR) incidente e da matéria seca.
O modelo semi–empírico de produção de biomassa proposto por Monteith (1972), baseia-se na capacidade de uma planta absorver radiação solar e converter em radiação fotossintética ativa ou PAR – Photo synthetically Active Radiation.
A eficiência fotossintética é um fator utilizado para se determinar a capacidade de uma determinada planta converter em matéria seca o PAR representada pela equação a seguir:
|
Segundo Loomis e Willians (1963), a eficiência fotossintética máxima calculada, a partir de então, pode ser obtida pela produtividade máxima estimada. Sendo que um grama de matéria seca contém 16,66 kJ ou 3730 cal. por m2 , e o valor da radiação fotossintética ativa foi determinado também por este modelo em 222 cal/ m2 .
Kumar e Monteith (1981) propuseram a seguinte equação para a determinação de massa seca que é um fator determinante para biomassa.
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Sendo que:
MS = Matéria seca em kg/ha.
J= Período a ser analisado.
εf = Eficiência fotossintética em g / joule
a= porcentagem de PAR absorvida
PAR= Radiação fotossintética ativa em joule
Em 1982, Kumar e Monteith estudaram a relação existente entre o índice de vegetação NDVI-Normalized Difference Vegetation Index e a PAR observaram uma correlação linear entre estes fatores para a determinação da produtividade de pastagem, tal modelo foi apresentado por Prince (1996) que dá a estimativa de pastagens e definida pela equação abaixo:
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Sendo que:
Yp = Produtividade de pastagens em kg/ha.
J= Período a ser analisado.
εf = Eficiência fotossintética em g / joule
NDVI= porcentagem de PAR inciente
PAR= Radiação fotossintética ativa em joule
A obtenção de dados como: temperatura, radiação solar, e índices de vegetação através de satélites vêm facilitando a projeções sobre a produtividade das pastagens, pois as resoluções espectrais, dão uma melhor condição para o monitoramento das áreas plantadas. Com isso, as técnicas que utilizam as imagens de satélite como base para o desenvolvimento de modelos matemáticos passaram a ter uma precisão muito maior. O índice de vegetação NDVI-Normalized Difference Vegetation Index obtido com os dados do satélite e é definido através da relação das refletâncias dos canais do NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration) satélite norte-americano.
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Onde: R1= Refletância do canal 1
R2= Refletância do canal 2
O uso dos dados obtidos por satélites para a previsão de safras agrícolas através de modelos matemáticos foram impulsionados e financiados por organismos governamentais norte-americanos como o NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration), USDA (United States Departament of Aagriculture´s) em projetos de sensoriamento remoto a partir da década de 70 até 95. Estudos realizados apontam que NDVI é um indicador adequado para a determinação da produtividade, desde que o espectro de leitura do satélite não sofra interferências eletromagnéticas que possam influenciar nos dados obtidos.
Modelos estatísticos como o de Liu e Kogan apresentados em 2002, tendo como base a produtividade de soja no Brasil utilizou índices condicionais como o de vegetação e de temperatura, obtendo bons resultados, pois o NDVI pode ser traduzido pela quantidade de comprimento de onda verde emitido pelas vegetações através da concentração de clorofila formada a partir do processo fotossintético. Sabe-se que o crescimento das plantas depende do processo de fotossíntese é um processo fotoquímico onde a energia solar é convertida em energia química que é usada para a conversão do gás carbônico em carboidratos, podendo a energia da radiação solar ser um dos principais fatores para o aumento de massa nas plantas.
Estudos de Prince (1991), feitos para se determinar estimativas de produtividade das áreas de pastagens em regiões da África, também apontam para a mesma direção e com resultados satisfatórios. Sendo assim, neste trabalho utilizaremos o NDVI como modelo para determinar ao longo dos anos a produtividade das áreas de pastagens do município de Ribas do Rio Pardo, bem como sua tendência.
4- DADOS OBTIDOS
Tabela 1. Radiação solar mensal (cal/m2)
Mês |
Jan |
Fev |
Mar |
Abr |
Mai |
Jun |
Jul |
Ago |
Set |
Out |
Nov |
Dez |
2000 |
462,77 |
365,69 |
329,04 |
491,13 |
361,28 |
347,32 |
360,56 |
428,09 |
389,91 |
495,94 |
525,78 |
485,18 |
1999 |
378,82 |
411,06 |
406,38 |
468,93 |
411,41 |
333,29 |
410,01 |
529,74 |
539,53 |
530,94 |
503,55 |
462,38 |
1998 |
420,11 |
347,16 |
397,14 |
393,36 |
343,45 |
353,30 |
389,63 |
427,36 |
458,87 |
459,16 |
479,49 |
493,15 |
1997 |
377,16 |
402,83 |
435,80 |
422,45 |
347,51 |
303,63 |
442,93 |
469,63 |
536,34 |
516,39 |
419,36 |
503,05 |
1996 |
367,33 |
366,22 |
416,13 |
441,00 |
313,68 |
375,52 |
583,83 |
382,99 |
448,43 |
449,56 |
442,78 |
387,57 |
1995 |
387,10 |
371,66 |
461,28 |
607,53 |
380,50 |
355,64 |
388,31 |
507,22 |
513,80 |
466,70 |
526,64 |
452,30 |
1994 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
1993 |
477,13 |
431,15 |
431,13 |
461,90 |
402,38 |
346,00 |
332,62 |
410,82 |
676,43 |
510,84 |
485,54 |
447,14 |
1992 |
454,48 |
450,35 |
423,02 |
400,91 |
340,02 |
370,68 |
377,63 |
418,93 |
392,75 |
483,86 |
513,13 |
491,25 |
1991 |
427,64 |
436,76 |
435,09 |
447,03 |
414,14 |
326,97 |
400,52 |
457,76 |
462,18 |
491,02 |
541,51 |
503,08 |
1990 |
360,00 |
423,35 |
411,10 |
380,16 |
321,79 |
321,28 |
368,45 |
423,42 |
461,03 |
492,18 |
528,59 |
436,47 |
1989 |
334,86 |
395,33 |
409,01 |
389,13 |
411,83 |
338,51 |
414,19 |
426,50 |
496,99 |
532,41 |
483,97 |
353,01 |
1988 |
415,83 |
395,18 |
419,04 |
394,95 |
302,20 |
398,34 |
454,02 |
570,76 |
551,89 |
517,03 |
514,15 |
440,50 |
1987 |
411,11 |
415,23 |
462,27 |
433,73 |
334,80 |
386,58 |
441,29 |
500,43 |
469,25 |
474,84 |
542,93 |
456,12 |
1986 |
386,78 |
354,33 |
411,17 |
463,88 |
333,82 |
388,03 |
428,31 |
380,51 |
518,51 |
525,41 |
487,26 |
402,61 |
1985 |
440,16 |
396,79 |
395,18 |
381,90 |
394,43 |
398,75 |
432,27 |
507,36 |
545,13 |
475,78 |
545,75 |
586,47 |
1984 |
389,79 |
422,23 |
352,43 |
408,05 |
392,91 |
379,81 |
437,74 |
437,72 |
504,18 |
530,53 |
398,68 |
384,64 |
1983 |
363,72 |
391,82 |
463,74 |
396,63 |
305,52 |
265,55 |
330,84 |
519,04 |
415,14 |
429,00 |
424,53 |
434,60 |
1982 |
474,89 |
366,34 |
315,26 |
446,45 |
390,35 |
286,25 |
411,20 |
403,63 |
414,59 |
475,51 |
432,59 |
439,55 |
1981 |
347,68 |
378,31 |
689,64 |
414,30 |
401,73 |
275,25 |
399,15 |
475,16 |
511,85 |
410,86 |
421,49 |
365,01 |
Fonte: NOAA
Fator de PAR utilizado - 0,44 MJ (Mega Joule)
Tabela 2. Dados do NDVI mensal
Mês |
Jan |
Fev |
Mar |
Abr |
Mai |
Jun |
Jul |
Ago |
Set |
Out |
Nov |
Dez |
2000 |
0,567 |
0,565 |
0,614 |
0,656 |
0,675 |
0,622 |
0,496 |
0,388 |
0,438 |
0,551 |
0,552 |
0,509 |
1999 |
0,575 |
0,587 |
0,598 |
0,615 |
0,618 |
0,514 |
0,491 |
0,422 |
0,330 |
0,378 |
0,501 |
0,559 |
1998 |
0,587 |
0,557 |
0,628 |
0,673 |
0,646 |
0,593 |
0,578 |
0,412 |
0,552 |
0,531 |
0,595 |
0,622 |
1997 |
0,515 |
0,583 |
0,523 |
0,582 |
0,558 |
0,603 |
0,545 |
0,501 |
0,402 |
0,540 |
0,529 |
0,573 |
1996 |
0,534 |
0,569 |
0,562 |
0,650 |
0,572 |
0,578 |
0,538 |
0,454 |
0,449 |
0,512 |
0,555 |
0,490 |
1995 |
0,511 |
0,562 |
0,568 |
0,639 |
0,601 |
0,545 |
0,498 |
0,419 |
0,325 |
0,493 |
0,508 |
0,508 |
1994 |
0,665 |
0,666 |
0,639 |
0,591 |
0,542 |
0,494 |
0,445 |
0,392 |
|
|
|
|
1993 |
0,598 |
0,571 |
0,621 |
0,630 |
0,664 |
0,652 |
0,491 |
0,435 |
0,449 |
0,573 |
0,577 |
0,623 |
1992 |
0,502 |
0,542 |
0,543 |
0,531 |
0,596 |
0,560 |
0,530 |
0,478 |
0,435 |
0,463 |
0,547 |
0,563 |
1991 |
0,574 |
0,605 |
0,610 |
0,656 |
0,634 |
0,611 |
0,571 |
0,467 |
0,277 |
0,435 |
0,561 |
0,484 |
1990 |
0,544 |
0,585 |
0,594 |
0,605 |
0,658 |
0,630 |
0,596 |
0,502 |
0,530 |
0,557 |
0,624 |
0,585 |
1989 |
0,515 |
0,561 |
0,591 |
0,615 |
0,639 |
0,606 |
0,590 |
0,563 |
0,542 |
0,537 |
0,621 |
0,595 |
1988 |
0,590 |
0,603 |
0,664 |
0,624 |
0,635 |
0,645 |
0,600 |
0,408 |
0,247 |
0,351 |
0,558 |
0,537 |
1987 |
0,570 |
0,569 |
0,666 |
0,665 |
0,611 |
0,654 |
0,540 |
0,520 |
0,270 |
0,517 |
0,581 |
0,643 |
1986 |
0,522 |
0,525 |
0,622 |
0,635 |
0,635 |
0,675 |
0,629 |
0,475 |
0,522 |
0,579 |
0,563 |
0,578 |
1985 |
0,697 |
0,657 |
0,600 |
0,575 |
0,674 |
0,669 |
0,608 |
0,478 |
0,443 |
0,539 |
0,549 |
0,591 |
1984 |
0,608 |
0,646 |
0,658 |
0,669 |
0,700 |
0,665 |
0,622 |
0,538 |
0,572 |
0,585 |
0,657 |
0,686 |
1983 |
0,382 |
0,601 |
0,611 |
0,627 |
0,645 |
0,659 |
0,557 |
0,575 |
0,335 |
0,552 |
0,630 |
0,594 |
1982 |
0,606 |
0,589 |
0,578 |
0,677 |
0,666 |
0,635 |
0,623 |
0,538 |
0,495 |
0,475 |
0,577 |
0,595 |
1981 |
|
|
|
|
|
|
0,607 |
0,420 |
0,420 |
0,502 |
0,576 |
0,636 |
Fonte: NOAA
Fator de NDVI utilizado |
|
0,7 |
Tabela 3 Cálculo do NDVI mensal x fator de NDVI
Mês |
Jan |
Fev |
Mar |
Abr |
Mai |
Jun |
Jul |
Ago |
Set |
Out |
Nov |
Dez |
2000 |
0,810 |
0,807 |
0,877 |
0,937 |
0,964 |
0,889 |
0,709 |
0,554 |
0,626 |
0,787 |
0,788 |
0,728 |
1999 |
0,822 |
0,839 |
0,855 |
0,878 |
0,883 |
0,734 |
0,701 |
0,603 |
0,471 |
0,540 |
0,715 |
0,799 |
1998 |
0,839 |
0,796 |
0,898 |
0,961 |
0,923 |
0,848 |
0,825 |
0,589 |
0,789 |
0,759 |
0,850 |
0,888 |
1997 |
0,736 |
0,833 |
0,748 |
0,831 |
0,797 |
0,861 |
0,779 |
0,716 |
0,575 |
0,771 |
0,755 |
0,819 |
1996 |
0,763 |
0,813 |
0,803 |
0,928 |
0,817 |
0,826 |
0,769 |
0,649 |
0,641 |
0,731 |
0,793 |
0,701 |
1995 |
0,730 |
0,803 |
0,811 |
0,913 |
0,859 |
0,778 |
0,711 |
0,599 |
0,464 |
0,705 |
0,726 |
0,725 |
1994 |
0,950 |
0,952 |
0,913 |
0,844 |
0,774 |
0,705 |
0,636 |
0,560 |
0,000 |
0,000 |
0,000 |
0,000 |
1993 |
0,854 |
0,816 |
0,888 |
0,899 |
0,948 |
0,932 |
0,702 |
0,621 |
0,641 |
0,818 |
0,825 |
0,890 |
1992 |
0,718 |
0,774 |
0,775 |
0,758 |
0,852 |
0,799 |
0,757 |
0,683 |
0,621 |
0,662 |
0,781 |
0,805 |
1991 |
0,821 |
0,865 |
0,871 |
0,937 |
0,906 |
0,873 |
0,816 |
0,667 |
0,396 |
0,622 |
0,801 |
0,692 |
1990 |
0,777 |
0,836 |
0,849 |
0,864 |
0,940 |
0,900 |
0,851 |
0,717 |
0,757 |
0,796 |
0,892 |
0,836 |
1989 |
0,735 |
0,801 |
0,844 |
0,878 |
0,913 |
0,866 |
0,843 |
0,805 |
0,774 |
0,766 |
0,887 |
0,849 |
1988 |
0,844 |
0,861 |
0,948 |
0,891 |
0,907 |
0,921 |
0,857 |
0,583 |
0,353 |
0,502 |
0,797 |
0,767 |
1987 |
0,814 |
0,813 |
0,951 |
0,950 |
0,873 |
0,934 |
0,772 |
0,743 |
0,386 |
0,738 |
0,829 |
0,919 |
1986 |
0,745 |
0,750 |
0,888 |
0,908 |
0,907 |
0,964 |
0,899 |
0,678 |
0,745 |
0,827 |
0,805 |
0,825 |
1985 |
0,996 |
0,939 |
0,857 |
0,822 |
0,963 |
0,955 |
0,868 |
0,683 |
0,633 |
0,770 |
0,784 |
0,845 |
1984 |
0,869 |
0,923 |
0,941 |
0,956 |
1,000 |
0,950 |
0,889 |
0,768 |
0,817 |
0,836 |
0,939 |
0,980 |
1983 |
0,546 |
0,858 |
0,872 |
0,895 |
0,922 |
0,942 |
0,796 |
0,821 |
0,479 |
0,788 |
0,900 |
0,848 |
1982 |
0,865 |
0,841 |
0,825 |
0,967 |
0,951 |
0,907 |
0,890 |
0,768 |
0,708 |
0,679 |
0,825 |
0,850 |
1981 |
0,000 |
0,000 |
0,000 |
0,000 |
0,000 |
0,000 |
0,867 |
0,600 |
0,600 |
0,717 |
0,822 |
0,909 |
Tabela 4 Dados do Fator de PAR X NDVI (em cal/cm2)
Mês |
Jan |
Fev |
Mar |
Abr |
Mai |
Jun |
Jul |
Ago |
Set |
Out |
Nov |
Dez |
2000 |
164,90 |
129,87 |
126,98 |
202,44 |
153,26 |
135,82 |
112,51 |
104,39 |
107,40 |
171,77 |
182,28 |
155,32 |
1999 |
136,94 |
151,76 |
152,82 |
181,26 |
159,81 |
107,59 |
126,53 |
140,46 |
111,81 |
126,17 |
158,47 |
162,60 |
1998 |
155,06 |
121,61 |
156,88 |
166,41 |
139,53 |
131,75 |
141,52 |
110,69 |
159,33 |
153,26 |
179,39 |
192,68 |
1997 |
122,12 |
147,63 |
143,39 |
154,50 |
121,82 |
115,03 |
151,76 |
147,93 |
135,69 |
175,19 |
139,37 |
181,27 |
1996 |
123,32 |
131,06 |
146,99 |
180,05 |
112,74 |
136,52 |
197,47 |
109,29 |
126,54 |
144,58 |
154,41 |
119,46 |
1995 |
124,33 |
131,35 |
164,59 |
243,98 |
143,75 |
121,80 |
121,47 |
133,71 |
104,82 |
144,75 |
168,16 |
144,33 |
1994 |
0,00 |
0,00 |
0,00 |
0,00 |
0,00 |
0,00 |
0,00 |
0,00 |
0,00 |
0,00 |
0,00 |
0,00 |
1993 |
179,23 |
154,76 |
168,36 |
182,79 |
167,87 |
141,88 |
102,73 |
112,34 |
190,90 |
183,87 |
176,24 |
175,01 |
1992 |
143,51 |
153,47 |
144,32 |
133,74 |
127,49 |
130,39 |
125,83 |
125,87 |
107,29 |
140,97 |
176,33 |
173,94 |
1991 |
154,42 |
166,18 |
166,76 |
184,25 |
165,16 |
125,60 |
143,84 |
134,38 |
80,46 |
134,32 |
190,80 |
153,10 |
1990 |
123,01 |
155,74 |
153,58 |
144,48 |
133,08 |
127,22 |
137,98 |
133,59 |
153,50 |
172,33 |
207,35 |
160,55 |
1989 |
108,32 |
139,36 |
151,91 |
150,41 |
165,42 |
128,97 |
153,59 |
150,98 |
169,34 |
179,55 |
188,97 |
131,93 |
1988 |
154,33 |
149,69 |
174,81 |
154,89 |
120,62 |
161,44 |
171,26 |
146,33 |
85,71 |
114,13 |
180,24 |
148,75 |
1987 |
147,29 |
148,59 |
193,46 |
181,30 |
128,58 |
158,87 |
149,88 |
163,55 |
79,71 |
154,25 |
198,13 |
184,38 |
1986 |
126,82 |
116,90 |
160,63 |
185,27 |
133,17 |
164,52 |
169,35 |
113,53 |
170,03 |
191,26 |
172,54 |
146,23 |
1985 |
192,82 |
163,96 |
148,99 |
138,07 |
167,14 |
167,63 |
165,08 |
152,55 |
151,78 |
161,15 |
188,20 |
217,98 |
1984 |
148,98 |
171,44 |
145,86 |
171,65 |
172,88 |
158,76 |
171,16 |
147,95 |
181,17 |
195,15 |
164,71 |
165,92 |
1983 |
87,32 |
147,98 |
178,02 |
156,22 |
123,94 |
110,02 |
115,91 |
187,55 |
87,48 |
148,77 |
168,14 |
162,13 |
1982 |
180,82 |
135,54 |
114,46 |
189,95 |
163,33 |
114,26 |
161,00 |
136,40 |
129,07 |
142,12 |
156,98 |
164,47 |
1981 |
0,00 |
0,00 |
0,00 |
0,00 |
0,00 |
0,00 |
152,22 |
125,54 |
135,20 |
129,65 |
152,53 |
145,94 |
Tabela 5 Somatória do fator de PAR x NDVI anual (MJ/m2 /ano)
1989 |
76,226 |
2000 |
73,216 |
1988 |
73,856 |
1999 |
71,929 |
1987 |
79,127 |
1998 |
75,780 |
1986 |
77,546 |
1997 |
72,745 |
1985 |
84,465 |
1996 |
70,512 |
1984 |
83,639 |
1995 |
73,221 |
1983 |
70,137 |
1994 |
0,000 |
1982 |
74,954 |
1993 |
81,139 |
1981 |
35,250 |
1992 |
70,543 |
1980 |
0,000 |
1991 |
75,409 |
1990 |
75,540 |
Sabe-se que 1MJ/m2 /dia = 23,86cal/ cm2 /dia
Tabela 6 Cálculo da eficiência fotossintética anual
|
g/m2/ano |
|
Kg/m2/ano |
|
Kg/Ha/ano |
2000 |
236,49 |
|
0,24 |
|
2364,89 |
1999 |
232,33 |
|
0,23 |
|
2323,30 |
1998 |
244,77 |
|
0,24 |
|
2447,69 |
1997 |
234,97 |
|
0,23 |
|
2349,66 |
1996 |
227,75 |
|
0,23 |
|
2277,55 |
1995 |
236,50 |
|
0,24 |
|
2365,03 |
1994 |
0,00 |
|
0,00 |
|
0,00 |
1993 |
262,08 |
|
0,26 |
|
2620,80 |
1992 |
227,85 |
|
0,23 |
|
2278,53 |
1991 |
243,57 |
|
0,24 |
|
2435,70 |
1990 |
243,99 |
|
0,24 |
|
2439,94 |
1989 |
246,21 |
|
0,25 |
|
2462,10 |
1988 |
238,55 |
|
0,24 |
|
2385,55 |
1987 |
255,58 |
|
0,26 |
|
2555,80 |
1986 |
250,47 |
|
0,25 |
|
2504,74 |
1985 |
272,82 |
|
0,27 |
|
2728,20 |
1984 |
270,15 |
|
0,27 |
|
2701,54 |
1983 |
226,54 |
|
0,23 |
|
2265,43 |
1982 |
242,10 |
|
0,24 |
|
2421,00 |
1981 |
113,86 |
|
0,11 |
|
|
Tabela 7 Quadro comparativo do números de animais / área de pasto
Ano |
|
Efetivo do Rebanho em unid. |
|
Área de pasto em Ha |
|
Nº Rebanho / Ha |
1982 |
|
165.391 |
710.805 |
0,2320675 |
||
1983 |
|
166.218 |
805.256 |
0,2062112 |
||
1984 |
|
169.542 |
852.482 |
0,1995305 |
||
1985 |
|
344.237 |
899.709 |
0,3822222 |
||
1986 |
|
406.094 |
917.446 |
0,4427481 |
||
1987 |
|
435.765 |
926.315 |
0,4708423 |
||
1988 |
|
451.016 |
935.185 |
0,4823529 |
||
1989 |
|
504.010 |
952.922 |
0,5288562 |
||
1990 |
|
626.649 |
994.806 |
0,6301508 |
||
1991 |
|
702.109 |
1.036.689 |
0,6769527 |
||
1992 |
|
796.552 |
1.021.412 |
0,7796278 |
||
1993 |
|
1.089.691 |
1.006.137 |
1,083499 |
||
1995 |
|
1.373.291 |
1.032.745 |
1,3291384 |
||
1996 |
|
924.595 |
1.041.615 |
0,8877159 |
||
1997 |
|
1.002.191 |
1.100.747 |
0,9100817 |
||
1998 |
|
1.029.795 |
1.122.437 |
0,9180036 |
||
1999 |
|
1.048.813 |
1.144.127 |
0,916958 |
||
2000 |
|
1.166.564 |
1.165.818 |
1,0008576 |
Fonte: Embarpa M.S.
6- CONCLUSÃO
Tendo em vista o modelo proposto para o estudo podemos verificar que através dos dados obtidos por satélite, que a radiação solar vem apresentando um pequeno aumento ao longo do tempo, embora a área de pastagem plantada também venha crescendo, a área de pastagem nativa vem diminuindo quase que na mesma proporção, fazendo com que a área total quase que se estabilizasse a partir da década de 90. A adequação destas variedades plantadas ao clima da região pode ser refletida na queda do índice de vegetação NDVI e do PAR.
Com a necessidade de exportação apresentada pelo Brasil, para se obter balanças comerciais mais favoráveis, aliadas ao aumento de competitividade da nossa carne no mercado internacional, o rebanho bovino de Mato Grosso do Sul, e também o de Ribas do Rio Pardo, aumentou muito nos últimos anos e com a estabilidade das áreas de pastagens, o número de animais por hectare também se elevou. Os dados climatológicos levantados apresentam queda nos índices de precipitações médias anuais da região e puxado pela radiação solar, as temperaturas médias anuais também vêm aumentando, demonstrando um quadro que dificulta o crescimento das vegetações.
Isto reflete uma atividade econômica que tem aumentado produção sem o aumento da produtividade, e pode nos indicar também que a utilização dos recursos naturais, principalmente o solo, está sendo feita de maneira desordenada e não sustentável. A composição do solo, desmatamento, falta de manejo do pasto, bem como o relevo da região facilita a formação de erosão e com isso a degradação do solo. Diminuindo a camada de nutrientes e diminuindo sua fertilidade.
Tantos os modelos matemáticos utilizados, quanto os dados observados por satélites, ambos apresentam queda nos níveis de matéria seca por hectare nos últimos anos, refletindo a queda de produtividade nos rebanhos. Como a atividade pecuária desenvolvida na área estudada é predominantemente á campo, esta queda na produtividade vegetal influencia diretamente o comportamento da produtividade do rebanho, fazendo necessário uma reavaliação do modelo gerencial do setor e a observância a um modelo de utilização mais racional destes recursos a médio prazo, sob de estagnar produtivamente esta atividade no futuro.
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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