Alice no País das Maravilhas, obra publicada, em 1865, pelo matemático Charles Lutwidge Dodgson, sob o pseudônimo de Lewis Carroll, é um clássico da literatura inglesa. A obra é repleta de alusões satíricas, de paródias a poemas populares da Inglaterra e também de referências linguísticas e matemáticas. Tem tido várias interpretações, já que a sua riqueza propicia quase qualquer posição e qualquer argumento que a crítica possa apresentar.

As maravilhas do mundo de Alice acontecem por meio da linguagem. É dela que podemos extrair recursos inesgotáveis e explorarmos o vocabulário que Carroll nos apresenta, intencionalmente, através de seus personagens, de palavras que fazem o leitor avançar, retroceder, crescer e diminuir num paradoxo infinito. Estamos perante uma narrativa simbólica e psicológica.