DISCIPLINA: Fundamentos e Metodologia da Geografia  

Data: 06/02/2021

PROFESSOR: Vilmar Martins da Silva

ALUNA: Fernanda Michelle Rodrigues da Silva e Maria Regina Silva 

 

Primeira atividade orientada 

ANÁLISE CRÍTICA DOS CAPÍTULOS 4,5,6 E 7: LER O ESPAÇO GEOGRÁFICO: A FORMAÇÃO DE CONCEITOS. AS POSSIBILIDADES INTERDISCIPLINARES E ESPECIFICIDADES DO ESPAÇO GEOGRÁFICO. A ALFABETIZAÇÃO CARTOGRÁFICA: SUA IMPORTÂNCIA PARA A COMPREENSÃO / LEITURA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO DO LIVRO METODOLOGIAS PARA O ENSINO DA GEOGRAFIA, DAS AUTORAS MARIA ENEIDA FANTIN E NEUSA MARIA TAUSBECK.


Em seu livro as autoras fazem uma retrospectiva didática do ensino da Geografia e suas implicações ao longo do tempo, abordando a necessidade do professor refletir sobre as práxis e a formação de conceitos que envolvem profundamente os eixos balizadores do ensino da disciplina.

Segundo as autoras, o ensino de geografia está arcaico, pautado penas entre a dialética e materialidade, apropriada e construída pela sociedade hierárquica.

Partindo deste pressuposto, no capítulo 4, é possível afirmar através de suas pesquisas que o ensino da geografia tem sido vivenciado através do tradicionalismo e de uma organização pouco influente em novas práticas que o possibilitem de forma engajada e significativa.

Para o seu planejamento é necessário sobrepor-se de conteúdos que caracterizem o espaço geográfico apontando a construção conceitual do mesmo, facilitando desta forma a compreensão de espaço e de mundo pela criança. 

Para Santos “não existe um espaço global, mas apenas espaços da globalização”, devendo-se haver explanação dos conceitos ao nortear os estudantes sobre os assuntos decorrentes da disciplina.

No capítulo seguinte, as autoras aproximam os acontecimentos das últimas décadas, dando um maior enfoque à importância das pesquisas educacionais e sua contribuição através da abordagem em documentos oficiais. 

Estas reflexões implicam questionamentos sobre a abordagem disciplinar, sua coerência e o quão sua interdisciplinaridade compromete a identidade das disciplinas.

Fourez afirma que a abordagem interdisciplinar não cria uma super ciência, ela produz apenas um novo enfoque, uma nova disciplina, um novo paradigma.

Até o início da década de 70 o ensino da Geografia era associado à outras disciplinas, denominadas Estudos Sociais e somente a partir da reforma educacional em 1971, passou a ter sua aceitação como disciplina e ciência, abordando seu conteúdo de forma autêntica.

No capítulo 6 podemos enfatizar a transcendência em ler o espaço geográfico, este por sua vez, deve ser de maneira ampla, porém significativa para o aluno, para que haja a compreensão de como a criança se enxerga no lugar onde vive e como é feita a construção deste espaço ao seu redor.

Segundo Almeida, é função da escola preparar o aluno para compreender a organização espacial da sociedade e o professor/mediador deve defender esta pesquisa e sua representação, como afirma Yves Lacoste: 

“Vai-se a escola para aprender a ler, a escrever, a contar, porque não aprender a ler uma carta? (...)”

É necessário que se faça compreender a representação da realidade da criança, o meio, o trajeto, as paisagens, a construção de noções de espaço.

As autoras abordam e especificam a alfabetização cartográfica, trazendo exemplos de atividades e planejamento de aulas para melhor explicá-las.

No capítulo 7 deparamo-nos com reflexões iniciais sobre a metodologia de ensino e sobre a necessidade de uma mobilização para o conhecimento do vínculo entre o sujeito da aprendizagem e objeto de estudo. Configurando-se na narrativa de que é preciso que o objeto seja significativo para o sujeito.

Este confronto deve contemplar o momento em que o aluno elabora e expressa, desta forma pode organizar seu pensamento, e este conhecimento se aprimora através das trocas entre si e das atividades apresentadas durante as pesquisas realizadas.

Diante dos diversos apontamentos feitos pelas autoras, podemos compreender sua percepção e contribuição para este estudo, nos convidando a refletir sobre a construção de uma educação que se preocupe com a resolução de possíveis problemas envolvendo o meio, a comunidade e o espaço geográfico.

É necessário que a Geografia não permaneça sob uma ótica de cunho marxista e que possa ser entendida através dos vários aspectos que permeiam a compreensão da sua objetividade.

A obra em si é válida e de grande contribuição aos profissionais que buscam uma formação continuada e compromissada em reconhecer a dimensão que envolve a Geografia, internalizando o conhecimento através da leitura de seus espaços.