Analisando a Música Cuitelinho 

Compositores: Antonio Xando / Milton Silva Campos Nascimento / Paulo Vanzolini / Wagner Tiso Veiga

 

Atividade solicitada para a conclusão da disciplina de português em um curso de qualificação oferecido pela universidade federal de Rondonópolis no ano de 2020.

A linguagem utilizada nessa música lhe é familiar?

A musica em si me é extremamente familiar, embalou meu sono por anos, pois meu falecido pai gostava muito dessa e outras musicas desse cantor, bem como outros de origem mais ao sul do país.

Há palavras ditas/cantadas que também pertencem ao seu vocabulário pessoal ou dos membros da sua família? 

Não pertencem ao meu vocabulário ou de meus familiares, de origem gaúcha tendem a trocar algumas letras ao escrever, mas sua pronúncia em algumas palavras é mais parecida com o português de Portugal do que o sotaque de outras regiões do país.

Quais palavras lhe são mais familiares? 

Por crescer ouvindo essa música sua letra é toda familiar, sua palavras são de fácil compreensão e nos remetem a pensar no que podem ter vivenciado nossos antepassados.  Bem como o que algumas pessoas ainda vivenciam nos mais remotos cantos deste país.

Quais lhe são desconhecidas e que sentido elas produzem na oração?

Não encontrei nessa música quais quer palavras que não saiba sua origem ou significado.

2) Reflita escreva

  • Ao ouvir essas palavras e/ou expressões, as quais representam a oralidade de um dado grupo linguístico, você rememorou fatos ou histórias da sua infância ou da sua família? 

Sim já nas primeiras notas meus pensamentos voaram e voltaram aos dias em que vivi com minha família na cidade de São José do Povo, quando minhas madrugadas eram embaladas ao som de Paulinho boa pessoa, que logo bem cedo já desejava seu bom dia e tocava as musicas que meu falecido pai tanto gostava de ouvir. Minha família apesar de pouco estudo tinha poucos vícios de linguagem e sua pronuncia era marcada pelo (RR), pois vinham de uma linhagem de poloneses que fizeram morada no sul do Brasil e só há uns 30 anos decidiram se mudar para o Mato Grosso em busca de melhores oportunidades de emprego. O restante da família ainda vive lá no estado do Rio grande do Sul.

Já adolescente quando me foi permitido sair de casa sem a companhia de minha mãe pude conviver com os familiares de algumas colegas com quem tinha maior afinidade. Eles sim de origem rural e pouco estudo tinham seu discurso marcado por expressões como: “barrer o terrero”, “bassora” e ou “galfo”, bem como o uso incorreto e as vezes ausente do plural nas palavras.

Minha mãe sempre muito cordial costumava me lembrar que mesmo que eu saiba a pronúncia correta de uma palavra é falta de respeito corrigir os mais velhos. O importante é se consegui ou não compreender o que estava sendo dito, e se entendi não tinha motivos para tentar mudar o discurso deles. 

Já com meus colegas costumava chamar-lhes a atenção sempre que os pegava usando um verbo ou mesmo uma palavra de forma que eu considerava incorreta. Ora minha mãe me advertia quanto aos mais velhos e não mencionou nada a respeito dos amigos de mesma idade ou mais novos. (risos)

 

Autora: Mariane Damke