O Mandamento Divino é notadamente claro, e, portanto, extensível ao entendimento de todos os homens, ao preconizar:

“Não Matarás”! 

Entretanto, nunca se cometeu tantos homicídios neste Mundo Provacional, que, paradoxalmente, e, por evolução, há que estar galgando, lentamente, a dura escalada rumo a um Mundo melhor, e, portanto, de homens também melhores, Espíritos mais avançados e praticantes leais do Evangelho Redentor.

Sinto-me constrangido de escrever, neste texto espírita, o que se propaga criminosamente por aí: 

“Matar é fácil”...

Nada obstante concluem tais propagadores que: 

“... difícil é conviver com isso!”; 

Ou seja, conviver com as cobranças dos familiares da vítima, das leis humanas, bem como, e, principalmente, da própria Consciência que não prescinde de lhe cobrar pelo erro cometido e coisas de igual teor. 

Ora, se a nossa Consciência nos felicita ou nos cobra pelos atos malsãos, que, entretanto, são atos bem menores que os de um homicida, quanto mais ela não nos cobraria, e, portanto, não estará cobrando, de um criminoso infeliz, atormentado por tudo, bem como, e principalmente, pela visão de sua vítima (ou vítimas) lhe recordando o Divino Mandamento: 

“Não Matarás”! 

E quanto maior não seria, dita cobrança consciencial, quando o crime praticado fora um feminicídio, ou seja, contra uma pessoa do sexo feminino, uma pessoa, pois, visivelmente mais débil fisicamente, e, mais sensível, em termos psíquicos e emocionais: que, afinal, são elas, nossas filhas, nossas mães que, mais ainda, são mães da humanidade inteira, mães de todos nós. 

Em registros de um celular, dias atrás, certo elemento, ligando, algo abalado para uma pessoa da família, ele, com certa tristeza desabafava: “acabei de fazer uma besteira”! E, se os imbuídos, mas tão só imbuídos, da ideia de um assassinato, estivessem convictos da besteira que fariam, eles sequer pronunciariam (como se vê nas gravações de certas conversas), ameaças às suas (ex) esposas, (ex) namoradas e coisas que tais, nos termos raivosos, covardes e prepotentes de que vão acabar com suas vidas, e coisas de igual teor, que não nos cabe aqui, divulgar. 

Por outro lado, ainda, o que se ganha no infeliz ato de se tirar a vida de alguém? E, no caso em questão, da vida de uma mulher indefesa, de uma esposa ou namorada, ou ex, que, aliás, ainda ontem se gostavam e trocavam juras de amor? O que se ganha, pois, pelo tirar-lhe a vida por um ou outro motivo banal, de desentendimento, ou coisa que tal? Por que, pois, além de partir para a agressão moral, tentar, ou, concretizar, o ato criminoso de surrar, de ceifar a vida de alguém que, em termos psíquicos, como já lembrado, é mais sensível, e, fisicamente falando, muito mais débil, mais fraco que seu oponente agressor? 

Mesmo porque, quando se mata uma pessoa, no caso, uma mulher, o fato é que não se lhe retirou a vida, pois que, afinal, a vida continua, e, portanto, dita pessoa não morreu, mas apenas transferiu-se da dimensão física para a espiritual, e, nesta outra vida, tal pessoa poderá, evidentemente, estar bem melhor, e, portanto, liberta deste Mundo de ameaças, de dores, de amargas decepções, seja na família, no trabalho, no relacionamento, ou, no que quer que seja, pois, de fato, este Mundo é inferior, doentio, provacional, e que me desmintam se eu estiver faltando com a verdade. 

Mais ainda: 

Se a vida, boa ou má, consoante nossos merecimentos, prossegue noutros planos existenciais, sabe-se que, para o agressor, ou, o homicida, a vida também continua por aqui, e se terá, o referido, se o pegarem, e, normalmente se pega, de amargar uma pena conseqüente, e, portanto, de se conviver com elementos de mesma espécie numa carceragem suja, enferma, superlotada, e, portanto, de se viver uma expiação ainda mais severa e, pior, muito pior, do que se estivesse aqui fora, na sociedade livre que, por sinal, se não é fácil viver, é muito mais difícil lá dentro, na carceragem de prisões que não educam, mas, muitas das vezes, tornam o indivíduo pior, e, portanto, se afundando no lodaçal, ainda mais. 

E, por outro lado, ainda: 

Quanto maior não será a imposição da Lei Divina, digo: da Lei de Causalidade, que dá ao justo a recompensa, e, ao injusto a devida e respectiva penalidade; e não estarão sendo duramente punidos, tais feminicídios, sendo forçados a se tornar “mocinhas” de criminosos ainda mais doentios, mais violentos e mais fortes do que eles, dentro das prisões? 

Mas tudo neste Mundo é ensinamento, e, afinal, também o é, e, sobretudo, para o Espírito transgressor, ou seja: para aquele indivíduo que amarga sua pena encarcerado nos presídios terrenais, dele dependendo ser melhor amanhã, se arrepender de seu ato infeliz, e reparando seu erro pela dura expiação. 

Finalizando, pois: 

Creio que é muito melhor viver aqui fora do que dentro das prisões. Aqui, pois, se pode gozar das boas amizades, de certas regalias e de liberdades que não se tem lá dentro, no mais fundo e tenebroso regime de uma carceragem institucional. 

Portanto, mais que o ‘Não Matarás’, que se pratique o seu complemento divino: 

“Amai-vos uns aos outros, assim como Eu vos amei”! 

Pelo menos, d’Ele mesmo, ou seja, do Divino Mestre Nazareno, teremos, conforme sua promessa, uma vida melhor, das bem aventuranças, seja na Terra regenerada ou nas cumeadas de planos celestiais. 

Isto é: se o merecermos! 

NO MAIS, UM GRANDE ABRAÇO A TODOS: 

Fernando Rosemberg Patrocinio

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