Rosália levantou bem disposta naquele domingo. Finalmente o seu sonho iria se concretizar. Ver a sua filha bem casada era tudo o que ela sempre pedira à Virgem Maria. Começou a preparar a feijoada sugerida por Juventino.

            Cozinhou o feijão em água com louro e um fio de azeite. Picou e aferventou as carnes (carne seca, lombo salgado, costela de porco defumada, linguiça portuguesa, linguiça calabresa, paio, pé de porco) já dessalgadas na noite anterior.

Em uma frigideira, aqueceu o azeite, refogou a cebola, o alho e dourou o bacon. Depois que o feijão estava cozido, acrescentou o tempero, o sal, a pimenta, a salsinha e a cebolinha, colocou também meio copo suco de laranja.

Colocou primeiro as carnes mais duras (carne seca, lombo, costela de porco e o pé de porco) para cozinhar, depois acrescentou as linguiças e o paio; o pé  de porco ajudou o caldo a ficar mais cremoso; o que também ajudou a ficar mais cremoso foi acrescentar a orelha de porco no cozimento, pois a gordura engrossou o caldo ; além da pimenta do reino,  acrescentou molho de pimenta ao preparo do tempero da feijoada para reforçar mais o sabor. Deixou na pressão por 20 minutos.

            Serviria com couve-manteiga em tirinhas refogada, arroz branco, farofa, laranja e torresmo.