Alguns Colegas de Todos os Dias
Publicado em 01 de junho de 2010 por José Berton
Será que encheu meu balde? Ou ainda há espaço para um volume adicional de situações carentes de decisão? É necessário montarmos uma barreira e com ela retalharmos o que de quem e aquilo daquele outro? Como procedermos em ambientes hostis e de uma fumaceira danada proveniente do mal estar ocasionado pela incompetência e insatisfação de alguns? Nem sempre serão possíveis essas divisões nos forçando a uma convivência indesejável. Recorrermos a um analista? Seria o ideal. O sonho de consumo de todos aqueles que são úteis a sociedade, mas isso é utopia, o negócio é recorrermos aos velhos métodos da boa vizinhança, mesmo que isso nos custe alguns cabelos brancos, ou a perda deles. Recomendo compartilhar com algum amigo -"Bepe"- (1) parte deste bombardeio de pequenos fragmentos. Estrilaçados que insistem tomar nossa direção. Se, contudo não nos cuidarmos seremos atingidos. O que fazer? Tomar as rédeas de incômodos que surgem a galope nem sempre é possível. Conviver com essa torpe de peões é necessário e perigoso. Não conviver é covardia! Há que encontrar a opção mais adequada para cada momento enfrentá-las é a saída, -palavras do Bepe. Caberá a nós o discernimento para tratar caso a caso. Enquanto jornadas sucessivas de trabalho fazem de nós seres diferentes e realizados, transforma num verdadeiro marasmo a vida daqueles que de uma maneira pequena tornam ainda mais insignificante suas vidas e consequentemente transformam ambientes de trabalho num círculo de conversas improdutivas, as quais por sua vez munidas de poder nocivo tendem a minar a todos interferindo, prejudicando, tornando um verdadeiro caos à relação de equipes que deveria ser de coesão. Grupos de trabalho a mercê de um ou outro indivíduo capaz de desestruturar e de instalar o mal estar junto a repartições públicas, empresas, hospitais universidades e qualquer entidade onde há possibilidades para todos, e que, no entanto nem todos buscam por merecê-las. Instalado o clima, tudo parece não andar. Vozes que foram claras um dia, agora sufocadas não são mais ouvidas. Parecem sussurros. Imitação de lamúrias. Risos e relatos outrora responsáveis pela descontração e parceria já não são mais ouvidos. O que se ouve são comentários infundados, sufocados, e o protagonista de toda essa metamorfose, ali parecendo um dois de paus. Ouvindo e levando. Leva e como quem leva traz! Sua preocupação nem é tanto com ele, coitado, e sim com seus colegas. É com aquele que não dispõe de tempo para lhe ajudar a cuidar da vida dos outros. E o pobre, vai se finando finando, a ponto de fazer uma ulcera! Daquelas bem grandes, e ainda assim alimentá-la todos os dias com o fel de ventosas. Como espinho que penetra sem permissão... E o Bepe? Ah, esse é presença marcante em nossas vidas (quem não tem desses amigos?), nos ouve com o cuidado de quem guarda segredos. Com sapiência fundamentada na experiência e no respaldo do bom e velho senso. Por que amigo é para ser assim, como o Bepe! Já alguns colegas de todos os dias, do tipo onça, invejosos e incapazes de criar, (salvo avareza, discórdia, e remela no canto do olho) destes a forma do diabo está sempre cheia.
(1) Bepe, -eu- analista que nos auxilia neste louco monólogo sempre que o jornalista necessita.
Berton, José Ramos
Jornalista
[email protected]
(1) Bepe, -eu- analista que nos auxilia neste louco monólogo sempre que o jornalista necessita.
Berton, José Ramos
Jornalista
[email protected]