ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE DÍZIMOS

Sobre o dízimo tenho algumas considerações:

1º. A Deus devemos dar o Primeiro ou a Primeira parte de tudo o que Ele nos dá! Abel deu o primeiro (Gênesis 4.1-5). Quem pediu a Abel o primeiro de suas ovelhas? E quem orientou Caim a dar o resto?

2º. Abraão, 430 anos antes da Lei, deu o dízimo ao sacerdote eterno (Ler Gênesis 14 e Hebreus 7).  O dízimo não foi estabelecido pelo sacerdócio levítico, esse era um sacerdócio provisório, mas o dízimo foi estabelecido no sacerdócio eterno, assim enquanto houver Cristo, haverá o princípio do dízimo. Quem pediu o dízimo a Abraão? A bíblia não fala de Isaque como dizimista, mas apresenta Jacó fazendo um voto de que o Deus de seus pais seria o seu Deus e que daria o dízimo de tudo (Gênesis 28.20-22), isso indica o que? Dízimo era uma prática de Abraão, Isaque e Jacó, isso é, uma prática de gerações. Nenhum destes 3 viveram debaixo da Lei de Moisés, mas muito antes, e eram dizimistas.

3º. Dizer que Malaquias tratava só com os sacerdotes que não davam do dízimo a levitas e viúvas é forçar o texto bíblico. Deus não manda distribuir o dízimo do tesouro no texto de Malaquias 3, mas trazer o dízimo ao tesouro. Deus fala com toda a nação.

4º. Jesus deixou claro em Mateus 23.23 que o dízimo somente não nos salva, mas que deve ser praticado junto a justiça, misericórdia e fé, uma coisa não substitui outra (Ler na bíblia).

5º. Paulo não mandou dar o dízimo, mas também não mandou não dar! As coletas que Paulo orientou era de acordo com a prosperidade de cada um (isso é proporcionalidade) e conforme propôs em seu coração (1 Co 16.2 e 2 Co 9.7). Nada nos iguala tanto diante de Deus como o dízimo, ninguém dá mais ou menos, todos dão igual, conforme sua prosperidade.

6º.  Interessante que não tem nenhum dizimista querendo encontrar argumentos bíblicos para não dar o dízimo, mas pessoas que não dão, buscam fundamentar na bíblia a sua prática. Tudo o que eu quiser buscar na bíblia amparo para eu fazer, se a intenção for essa, pode ter certeza que encontrarei. Se eu quiser defender o aborto, encontrarei na bíblia base para isso, assim como a poligamia, a ingestão de bebidas alcóolicas, assassinato, guerras, violências, isso tudo sem que a bíblia mande ou aprove, mas que relate e pessoas encontram em 1 Coríntios 15.29 até base para se batizarem por mortos, em apenas um relato, já fazem a dedução. Sobre o Aborto, leia Números 5.11-31 e êxodo 21.22-25. Portanto, muito mais que buscar na bíblia amparo para não colocar a mão no bolso, busquemos na bíblia relacionamento com Deus.

7º. Encarar o dízimo como Lei faz pensar que ele não é mais obrigatório porque estamos na Graça, mas estar na graça e dar o dízimo como Lei e não ofertar porque já deu o dízimo, é falta de relacionamento com Deus. Para finalizar, a Lei era mais branda que a Graça! Na Lei para que alguém adulterasse era necessário o coito, na Graça o adultério ocorre apenas com o olhar cobiçoso (Mateus 5.27,28). Aqueles que desejam viver pela Lei, sendo legalistas, o fazem, mas aqueles que desejam viver pela Graça, devem irem além da legalidade. Ser dizimista é o mínimo que podemos fazer na Graça para sermos humildes, discernir o Corpo de Cristo do qual fazemos parte (somos participantes e não apenas usuários) e além de sermos dizimistas, devemos e podemos participar da vida da Igreja: Primícias, Ofertas, Assistência aos irmãos, ministérios, grupos pequenos.

Pastor Valdiney Marques de Oliveira