Resumo

O presente artigo relata a escolarização de jovens e adultos no Brasil. Um ponto que chamou nossa atenção dentro do tema Alfabetização e Letramento, a educação de jovens e adultos (EJA) é uma modalidade específica da educação básica que atende um público ao qual foi negado o direito à educação.Sabe-se que, ao contrário da criança que leva para a escola uma experiência reduzida, o adulto já detém grande experiência de vida. Ao longo dos anos a educação brasileira tem sido influenciada por várias tendências pedagógicas cujas características causam interferências na metodologia utilizada pelos professores na sala de aula. Portanto, faz-se necessário esclarecer o que é metodologia de ensino.

Por esse motivo é relevante o aprofundamento nesse tema sobre os conflitos de alfabetização e letramento, assim como, a educação de jovens e adultos

Palavras-chave: EJA; Alfabetização; Letramento; Metodologia.

Introdução

O objetivo deste artigo é relatar a escolarização de jovens e adultos no Brasil. Um ponto que chamou nossa atenção dentro do tema Alfabetização e Letramento, a educação de jovens e adultos (EJA) é uma modalidade específica da educação básica que atende um público ao qual foi negado o direito à educação. Um público ao qual foi negado o direito de aprender a ler e escrever dificultando assim seu convívio na sociedade. Em vários momentos, tem-se a oportunidade de presenciar jovens e adultos analfabetos tentando desvendar o mundo escrito, driblando as dificuldades do dia a dia, para sobreviver numa sociedade letrada.“a necessidade de reconhecer e nomear práticas sociais de leitura e de escrita mais avançadas e complexas que as práticas do ler e do escrever resultantes da aprendizagem escrita ”(Soares2003).

No Brasil tendo como ponto de partida, relatórios divulgados pelas Nações Unidas, aponta que o Brasil está em oitavo lugar entre os países com maior número de adultos analfabetos, sendo que foram avaliados 150 países.”a sugestão de que as avaliações internacionais sobre o domínio de competências de leitura e de escrita fossem além do medir apenas a capacidade de saber ler e escrever”(Soares, 2003p.14 ).

Alguns sabem somente assinar o nome mas não tem mais de quatro anos de escolarização, sendo, assim analfabetos funcionais.

Dados do Instituto Paulo Montenegro, em parceria com a ONG Ação Educativa, vinculada ao Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE), divulgaram em 2003, tratavam de resultados de uma pesquisa feita por amostragem (2.000 pessoas, entre 15 e 64 ano), em que se estudaram as habilidades de leitura e escrita da população, entre outros aspectos, a fim de conhecer o grau de alfabetismo funcional nesta amostra da população brasileira.

Sabe-se que,ao contrário da criança que leva para a escola uma experiência reduzida, o adulto já detém grande experiência de vida. Diante dessa realidade exposta, surgiram alguns questionamentos: O que os jovens e adultos leem e escrevem quando voltam à sala de aula no processo de alfabetização na EJA?

   Essa pesquisa será fundamentada em pesquisa documental procurando dar significado para os termos alfabetização e letramento na perspectiva dos sujeitos EJA.

Por esse motivo é relevante o aprofundamento nesse tema sobre os conceitos de alfabetização e letramento, assim como, a educação de jovens eadultos.De acordo com os resultados conclui-se que os alunos vivenciam situações de aprendizagem pouco adequada a sua realidade e que muitas vezes prezam somente a decodificação do código escrito e não a orientação para o letramento. Mesmo havendo um esforço por parte do professor e dos alunos a situação ainda é preocupante, pois ainda falta qualidade de estrutura, de ensino, de metodologias e políticas públicas que amparem a EJA na sua totalidade.

Perfil dos alunos EJA  

Importante conhecer a diversidade dos sujeitos EJA quando se refere à necessidade gênero, profissão e condição de cada indivíduo.

O fundamental[...] é testemunhar como pai, como professor, como empregado, como jornalista, como soldado, cientista, pesquisador ou artista, como mulher, mãe ou filha, pouco importa, o meu respeito à dignidade do outro ou outra. Ao seu direito do ser em relação ao seu direito ter. (Freire,2000, p.55)

Isso reforça a ideia de que o público EJA é formado por pais, mães, trabalhadores, jovens e adultos que enfrentaram barreiras específicas no acesso à educação e na sua formação, dentre elas a falta de recursos financeiros, as desigualdades sociais no acesso e permanência na educação básica, uma população com menor poder aquisitivo que retornam a escola para recuperar o tempo perdido, tendo assim a oportunidade de buscar novos horizontes.