FRANCISCA TÂNIA GOMES DE MENEZES SILVA1

RESUMO

Este artigo científico vem nortear a temática da alfabetização e o letramento como ferreamente de ensino para formar alunos com uma nova perspectiva frente a relação com o mundo que está inserido. As vivencias fazem valer em seus conhecimentos, uma vez que o aluno chega à escola com um conhecimento prévio pronto para ser alfabetizado ou moldado. Diante do exposto, a pesquisa aponta concepções de fontes teóricas dos principais teóricos e estudiosos retidos da literatura científica. No apropriamos da problemática de que os docentes devem adotar estratégias para consolidar o elo de alfabetização com letramento, uma proposta que forma o aluno um ser critico e autônomo. Os objetivos são claros e aponta para a funcionalidade da relação com o sócio histórico e cultural do letramento. Assegurados nos métodos explicativos para conduzir este trabalho, mostrando a diferença entre alfabetização e letramento e como realmente o docente pode trabalhar com essas duas ferramentas da educação que sempre se modifica, dando importância às estratégias didáticas do processo de alfabetização em ler e escrever. Diante dos dados teóricos comentados, percebemos a dimensão que nos trás o tema, porém uma discussão inacabada, pesquisas como esta deve ser considerada importante para compreensão do tema. Por fim, a pesquisa mostra que os alunos alfabetizados tem facilidade de ser letrado com melhor compreensão da construção da sua identidade com a sociedade como um todo.

Palavras-chaves: Alfabetização. Letramento. Conhecimento. Aluno. Sociedade.

  1. INTRODUÇÃO

A alfabetização que sempre passa por modificações, refletimos a forte influência do letramento como elemento chave para mediar o processo de aquisição de leitura e escrita. O letramento que é o resultado das práticas sociais está dentro da escola para possíveis construções ou atrasos na educação, uma vez que o docente é responsável por esta etapa de escolarização. A alfabetização acontece a partir do primeiro ano ao terceiro ano do ensino fundamental I da educação básica.

Esta temática é fruto da necessidade de abordar a relação entre alfabetização e letramento. Analogamente, é um dos assuntos mais estudados e questionados na fase de alfabetização. É inegavelmente dizer que a alfabetização e seus métodos são totalmente eficazes, no entanto, tudo se modifica com novas concepções. Sore tudo, o interesse por este assunto é nortear uma nova visão do que é alfabetização e letramento e como este elo pode contribuir em nosso meio social.

Este estudo é corresponde ao trabalho de cunho cientifico na finalidade de fazer uma revisão na literatura acadêmica para assegurar a temática aos teóricos, conforme o escrito, notamos que a alfabetização e o letramento se enquadra na didática para o processo construído para o social, a comunicação, a leitura e escrita, interpretação e dentre outras habilidades que são fontes do contexto de ser alfabetização. No entanto, objetivando, nortear a temática com concepções teóricas fazer um paralelo entre ser alfabetizado e ser letrado com rendimento nas práticas vivenciadas na sociedade; os objetivos específicos é: conhecer a diferença entre alfabetização e letramento, expandir o tema para a realidade vivenciada e como ser letrado no âmbito sócio cultural.

Mediante ao exposto, sequenciamos o a pesquisa em sequencias e subsequências para adentrar de forma direta na proposta do tema. Levamos em consideração que a alfabetização e letramento estão interligados e fazem conexão com realidade, na conclusão sugerimos que devemos levar em consideração à problemática e produzir outros trabalhos diante do tema para descobrir quais melhores estratégias devemos trabalhar com nosso aluno em formação para a sociedade, uma forma de trabalhar moldando sua identidade.

  1. REFERÊNCIAL TEÓRICO

O elo entre alfabetização e letramento é dos conteúdos mais estudados na contemporaneidade da educação nos últimos tempos, consideramos assim, um conjunto de técnicas especificas entrelaçadas pela prática. Esta relação se dá pela alfabetização e conhecimento de mundo ou leitura social. O aluno é capaz de notar essa relação através das práticas pedagógicas docente, uma vez que se apropriam destes métodos.

    1. A ALFABETIZAÇÃO

A alfabetização é um dos temas relevantes para estudos e preocupante para os avaliadores deste desenvolvimento. Com isso, a alfabetização em sua totalidade trás consigo a inclusão de várias técnicas desenvolvidas ou estimuladas no estado de escolarização. Desta forma, destaca-se os principais conceitos para elencar os principais objetivos de ser alfabetizado.

Citamos Kramer (1986, p.17), onde destaca que a alfabetização "vai além do saber ler e escrever inclui o objetivo de favorecer o desenvolvimento da compreensão e expressão da linguagem”. Percebemos que não basta apenas ler e escrever, é essencial o desenvolvimento das habilidades interpretativas dos códigos e fala, é preciso saber o que significa cada elemento.

Segundo Soares (2006, p.15): "Alfabetizar significa adquirir a habilidade de decodificar a língua oral em língua escrita [...]. A alfabetização seria um processo de representação de fonemas em grafemas (escrever) e de grafemas em fonemas". Vale considerar que a criança aprende primeiro a falar, suas primeira percepção de ligação dos sons falados com as letras e silabas para formar palavras e consequentemente frases. A partir de uma lógica alfabetica, conforme Soares:

A alfabetização é um processo de representação de fonemas em grafemas, e vice-versa, mas também é um processo de compreensão/expressão de significados por meio do código escrito. Não se consideraria “alfabetizada” uma pessoa que fosse apenas capaz de decodificar símbolos visuais em símbolos sonoros, “lendo”, por exemplo, sílabas ou palavras isoladas, como também não se consideraria “alfabetizada” uma pessoa incapaz de, por exemplo, usar adequadamente o sistema ortográfico de sua língua, ao expressar-se por escrito. (SOARES, 2010. p.16).

Em outras palavras, a autora defende que só se considera alfabetizado aquele que usa a habilidade natural a de ler, escrever, entender e ligar os sons das letras/sílabas/palavras. Sob esta consideração, aqueles que ainda decoram palavras ou tem dificuldade de conhecer as letras, estão em condições incapazes de alfabetização.

Para que a alfabetização seja verdadeiramente incorporada com seriedade, é importante que o docente se aproprie de algum método de alfabetização, Soares (2016, p.16) "Se entende por métodos de alfabetização um conjunto de procedimentos que, fundamentados em teorias e princípios, oriente, a aprendizagem inicial da leitura e da escrita". estes métodos são importantes para mediar o processo de ensino-aprendizagem , no entanto deve sempre assegurar os referencias teóricos para um trabalho eficaz.

Segundo Rojo (1998, p. 66) "um método de alfabetização que leve em conta o processo de aprendizagem deve deixar um espaço para que o aluno exponha suas ideias a respeito do que aprende". Diante de exposto, o aluno é protagonista deste processo, deve-se dar tempo e espaço para seu desenvolvimento em expressar suas ideias, uma das formas comunicativas de troca de aprendizado.

Levando em consideração que o aluno começa a frequentar a escola desde muito cedo ingressando na Educação Infantil, Kramer e Abramovay (1985), discutem este ponto e ressalta:

 

[...] concebemos a alfabetização como um processo ativo de leitura e interpretação, onde a criança não só decifra o código escrito, mas também o compreende, estabelece relações, interpreta. Desse ponto de vista, alfabetizar não se restringe à aplicação de rituais repetitivos de escrita, leitura e cálculo, mas começa no momento da própria expressão, quando as crianças falam de sua realidade e identificam os objetos que estão ao seu redor. Segundo nosso enfoque, pois, alfabetização não se confunde com um momento que se inicia repentinamente, mas é um processo de construção (KRAMER; ABRAMOVAY, 1985, p. 104).

 

A construção citada a cima trás a realidade do início do processo de alfabetização, uma vez que as interpretações é fruto do conhecimento doscodigos de leitura e escrita. Segundo o autor, a alfabeitização nao se limita, ela passa por várias habilidades que consebemos como base na pré-escola.

No dizer de Góes (1984, p. 3), a aprendizagem da leitura e da escrita

 

[...] vai desde a produção de rabiscos e a aprendizagem da fala, passando pela de desenhos e pelo surgimento do jogo simbólico, pela tentativa de escrita e noções rudimentares do sistema escrito, até a produção e convenção dos símbolos do sistema escrito, e a produção e leitura de textos.

 

Por isto, a escrita é uma aquisição cultural humana desencadeada pelos estímulos do tônus muscular. Seus primeiros rabiscos são fruto do surgimento simbólico para a reprodução definidamente correta.

 

  1. LETRAMENTO E SUA RELAÇÃO COM O MEIO SOCIAL

 

O letramento que surge na necessidade de identificar a escrita com sua interpretação e entendimento de mundo, nos faz refletir o quão importante sua relação com o ambiente social que estamos inseridos.

Para fazermos entender, Segundo Mortatti (2004, p. 98), aponta o letramento como um processo

 

[...] está diretamente relacionado com a língua escrita e seu lugar, suas funções e seus usos nas sociedades letradas, ou, mais especificamente, grafocêntricas, isto é, sociedades organizadas em torno de um sistema de escrita e em que esta, sobretudo por meio do texto escrito e impresso, assume importância central na vida das pessoas e em suas relações com os outros e com o mundo em que vivem.

 

As sociedades letradas estão ligadas ao sistema de escrita como ferramenta de comunicação. Sua organização advém do sistema tradicional de escrita que é incentivada a criança nos seus primeiros anos de vida, saber escrever para ler e interpretar é essencial para apropriação do sistema convencional.

Segundo Kleiman (1995, p. 19) fala que “podemos definir hoje o letramento como um conjunto de práticas sociais que usam a escrita, enquanto sistema simbólico e enquanto tecnologia, em contextos específicos, para objetivos específicos”. Como reconhecemos, o letramento vai além das atividades escolares e está em todos os lugares, como o uso da tecnologia.

O letramento que se enquadra nas sociedades históricas com sua cultura, comunicação, compreensão e entendimento da escrita, contudo;

 

O letramento, por sua vez, focaliza os aspectos sócio históricos da aquisição da escrita [...] tem por objetivo investigar não somente quem é alfabetizado, mas também quem não é alfabetizado, e, nesse sentido, desliga-se de verificar o individual e centraliza-se no social mais amplo (TFOUNI, 1988, p. 9).

 

É nesta amplitude que os alfabetizados funcionais agem com seu conhecimento de mundo, uma relação que investiga as não habilidades de ler, uma vez que ler e escrever é uma prática social que perpassa por acontecimentos históricos de sua evolução e conhecimento. No entanto, vemos que o “[...] letramento é o que as pessoas fazem com as habilidades de leitura e de escrita, em um contexto específico, e como essas habilidades se relacionam com as necessidades, valores e práticas sociais” (SOARES, 1998, p. 72). Estas habilidades estão conjuntas para fazer valer uma importância significativa da compreensão dos códigos e letramento do meio.

Continuamos com Soares (1998, p. 76) onde ressalta que “as consequências do letramento estão intimamente relacionadas com processos sociais mais amplos, determinadas por eles, e resultam de uma forma particular de definir, de transmitir e de reforçar valores, crenças, tradições e formas de distribuição de poder”. Vale lembrar que estas consequências parte do um grupo social. As fontes históricas orais são responsáveis por passar de geração para geração a cultura de relatos inventados com características de um determinado lugar. Os valores deste letramento faz conhecê-lo além da aquisição alfabética, colaborando para enriquecer as tradições, na escola; este contexto está vinculado à produção ideológica da produção interpretativa e textual, em grupo ou individual.

 

  1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Diante do presente trabalho nota-se que ainda há necessidade de expandir o tema, principalmente dentro das escolas e nas formações continuadas para que os docentes que estão na pratica sejam capazes de entender e praticar o que aqui foi apanhado na literatura acadêmica e teórica. A alfabetização que se apresenta desde primeiros anos de vida da criança deve ser aprimorada de forma correta desde a educação infantil, porém, com ênfase maior na nos primeiros anos do ensino fundamental I. Já o letramento, é um processo que vem depois da alfabetização, é fruto do alfabetismo, onde o aluno já deve adotar a aquisição de leitura e escrita com também suas interpretações e apresentação de ideias.

Sob esta questão complexa e discutida, apresentamos possíveis resultados com este estudo; as teorias que apresenta a prática de forma clara norteando como acontece atualmente nas salas de aula. Podemos observar ainda que muitos estudiosos falam do elo de alfabetizar letrando, um forma de mediar o processo, seja ele lúdico ou não. O pertinente é que os objetivos desta pesquisa foram essenciais para esta produção. Notamos que o aluno tem que ser o produto da escola para ser lapidado como um sujeito curioso, autêntico que expresse suas ideias para o mundo social fora da escola.

Entre linhas positivas da alfabetização e letramento, expandisse oportunidades de acesso ao mundo social que facilita sua vida social e cultural. Em prática, a sala de aula não é o limite para se aprender ou ensinar, o letramento deve ser incentivado desde cedo nas escolas como método de ensino que desperta no aluno sua imaginação, precisamos de ensino significativo que enfrente o letramento na alfabetização uma conduta seria para se fazer eficaz.

Enfim, ler e escrever faz parte da nossa cultura social escolar e são elementos importantes para ingresso na sociedade, onde uma das principais finalidades da educação é preparar o aluno para o a sociedade do mercado, por isso ser letrado é conhecer e entender a importância de ser critico, politico ou autônimo.

 

 

  1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

GÓES, Maria Cecília R. Critérios para avaliação de noções sobre a linguagem escrita em crianças não alfabetizadas. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 49, p. 3-14, mai. 1984.

 

KRAMER, Sonia; ABRAMOVAY, Miriam. Alfabetização na pré-escola: exigência ou necessidade. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 52, p. 103-107, fev. 1985.

 

KRAMER, Sonia. Alfabetização: “Dilemas da Prática”. In: KRAMER, Sonia et al (org). Rio de Janeiro: Ltda., 1986.

 

KLEIMAN, Ângela. Os significados do letramento. Campinas, Mercado de Letras, 1995.

 

KLEIMAN, A. Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola. In: KLEIMAN, A. (Org.). Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas: Mercado de Letras, 1995, p. 15-61.

 

MORTATTI, Maria do Rosário Longo. Educação e letramento. São Paulo: UNESP, 2004.

 

ROJO, Roxane. Alfabetização e letramento: Perspectivas Linguísticas. Mercado das letras. São Paulo. 1998

 

SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte, CEALE/Autêntica, 1998.

 

SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.

 

Soares, Magda. Alfabetização: a questão dos métodos. São Paulo: contexto, 2016. 384p.

 

SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. 6. ed. São Paulo: Contexto, 2013. P. 16.

 

TFOUNI, Leda Verdiani. Adultos não alfabetizados: o avesso do avesso. Campinas: Pontes, 1988.

 

 

1 Pós-graduanda em Alfabetização e Letramento – FAVENI

Pós-graduanda em Atendimento Educacional Especializado – FMB

Pós-graduada em Educação Infantil e Anos Inicias – FAVENI

Pós-graduada em Gestão e Coordenação Pedagógicas – IESP

Graduada em Licenciatura em Pedagogia – IBRAPES/UVA