ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Publicado em 28 de outubro de 2019 por Marcia Batista de Souza
1.INTRODUÇÃO
Existe no Brasil atualmente,elevados números que incidem em uma grande escalade acometimentos de evasão escolar, há aindapessoas que nunca obtiveram a oportunidade de adentrar as portas de uma escola e que estão hoje iniciando seu processo de alfabetização e letramento,em decorrência de diversas circunstâncias da vida.
A elaboração deste projeto de intervenção pedagógicase ateve a um respectivo público em questão cujo qual é voltado a educação de jovens e adultos, no quesito do processo de alfabetização e letramento, se pautando em legislações vigentes em prol do ensino democrático e justo, e a garantia do direito a qual o Estado lhes confere.Adotando a proposta de Paulo freire a prática docente, retratando alguns desafios e competências a cargo da instituição de ensino, gestores, da sociedade e do Estado para com a alfabetização. Abordando a apropriação da escrita enquanto a habilidade de decodificar a língua oral, e escrita a qual compreende a alfabetização, e o letramento que se traduz no processo de construção das habilidades de leitura e escrita nas ações sociais.
Objetivando intervir neste processocomAções pedagógicas, se anexam reflexões pertinentes ao tema, as quais se associam afalta de experiência para docência nessa área,associando-se a materiais infantilizados e sem nexo que não visam despertar o interesse do educando e ocasiona a desmotivação dos alunos. Bem como o planejamento de ação, a questão da variação Linguística que denota relação com a vivência dos educandos, atrelada a bagagem de conhecimentos que carregam,as características que se refletem na leitura de mundo a qual precede a leitura da palavra. Abarcando problemáticas que tem contribuído significativamente para decadência do ensino qualitativo, repercutindo em agravantes incidências de analfabetismo.
- DESENVOLVIMENTO
Quando um professor assume a regência de turmas como a Educação de Jovens e Adultos (EJA), faz-se necessário a capacitação para que este não confunda metodologias, infantilizando e disseminando uma aprendizagem sem significação para o público que aqui tem suas respectivas peculiaridades.
Diante disso,Faremos menção das leis que versam sobre essa temática tendo os respaldos da constituição, marcos importantes tais como: As Metas de erradicação do analfabetismo ratificadas pelo Plano Nacional de Educação, o qual elaborou diretrizes sobre a importância de se erradicar o analfabetismo, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei nº 9.394/1996,bem como o direito à educação para todos, pontuado na Constituição Federal de 1988 que assegurou como garantia o ensino fundamental, obrigatório e gratuito para aqueles que não tiveram acesso à escola na idade própria. Enfim sendo de extrema importância elencar trechos de legitimidade ao que respectivamente adentra a questão Direito a Educação a Eja.
2.1 PERFIL DO PÚBLICO-ALVO EJA E RESPALDO TEÓRICO
No que tange ao público-alvo da Educação de Jovens e Adultos, eleé caracterizado pela diversidade e heterogeneidade, compondo-se dehomens e mulheres, (jovens maiores de 15 anos) no fundamental e adultos e idosos,(maiores de 18 anos) no ensino médio, considerados assim, com faixas etárias e níveis de escolarização distintas.
Em consonância com as legislações que respaldam o direito à educação em seu capítulo II, referente a Educação Básica, na Seção V, destinada à modalidade da Educação de Jovens e Adultos, a Lei 9.394/96 da Lei de Diretrizes e bases da educação pontua que:
Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria.
Os alunos da educação de jovens e adultos são pessoas já dotadas de uma consciência formada, com hábitos de vida e situações de trabalho que não podem ser arbitrariamente modificados, a alfabetização deve partir de aspectos atitudinais, afetivos e cognitivos voltados para a instrução, formação intelectual e desenvolvimento das capacidades cognitivas dos educandos porque a forma como se dá a linguagem foi objeto de observação de diversos teóricos, em alguns pontos de vista houve controvérsias e muitas alegorias, suposições contestadas se contrapondo. Até que a cientificidade comprovou a mente humana como cede de linguagens. [...]