Alexandra Kollontai nasceu em São Petersburgo no dia 31 de março de 1872 e morreu em Moscou no dia 9 de março de 1952. Alexandra foi uma líder revolucionaria que pertenceu a fração bolchevique do Partido Social Democrata Partido Trabalhista.

Alexandra nasceu em uma família de nobres latifundiários, o pai, Mikhail Domontovich, era um general de origem ucraniana e a mãe era de origem finlandesa. Alexandra Passou a infância entre Petrogrado com viagens regulares a Finlândia. A família limitou-lhe o acesso aos estudos mas sendo uma autodidata aos 16 anos Alexandra conclui se curso de bacharelado. Aos 20 anos, casasouse com Vladimir Mikhaylovich Kollontai, um jovem oficial do exército, com quem teve um filho. Mas em 1898 Alexandra abandona sua família para ingressar na luta com Partido Social Democrata Partido Trabalhista, atuando principalmente entre as mulheres operarias.

Alexandra no inicio simpatiza com o movimento popular dos agricultores que realiza uma serie de ataques contra a aristocracia agrária. A partir de 1896, começa a estudar o marxismo e economia, acedendo à leitura das duas primeiras revistas marxistas legais na Rússia: Nachalo e Novoye Slovo. Alexandra inicia sua participação no movimento em uma greve operaria do setor têxtil de Petrogrado.

Após esta participação Alexandra foi exilada em Zurique onde consegui travar contacto com  Kautsky e Rosa Luxemburgo e em 1898 consegui publicar seu primeiro estudo sobre a psicologia da educação. E também inicia seus estudos universitários.

Em 1899 Alexandra, viaja para a Inglaterra afim de estudar o movimento operário naquele país, chegando a Londres Alexandra deparasse com todas as contradições de uma sociedade em que o capitalista avançada. Em seu retorno a Rússia Alexandra estava mais convencida de que apenas o socialismo poderia salvar seu país.

Seu retorno em 1900 a Rússia se da em um conflito pela independência da Finlândia, logo Alexandra se colocou ao lado dos finlandeses e escreveu uma serie de artigos expondo sua posição. Outros artigos publicados sobre economia e sobre a situação russa e a participação em círculos de discussão marxistas lhe valeu mais um exílio.

Em 1901 Alexandra parte novamente para o exílio onde novamente encontra Kautsky, Luxemburgo e Lafargue em Paris e com Plekhanov, em Genebra. O encontro com Plekhanov a impede em 1903 quando retorna a Rússia a aderir ao ala bolchevique, mas Alexandra também não adere a ala menchevique a qual Plekhanov integrava.

No chamado "domingo sangrento" de 1905, Alexandra participa da manifestação que se dirige ao Palácio de Inverno, assistindo à carnificina de operários desarmados, protagonizada pelas tropas czaristas, uma imagem que ficará para sempre gravada na sua memória.

Após este acontecimento Alexandra decide entrar para a ala bolchevique de Petrogrado, participando na impressa da organização. Também Alexandra atua como ponto de comunicação entre os finlandeses e russos na luta contra o Czar. Mas neste período Alexandra desempenha outra atividade que a tornara a principal militante dos bolcheviques, Alexandra organizou uma serie de comisios dirigidos as operarias.

Mas em 1906 Alexandra se afasta dos bolcheviques pois não concorda com as diretrizes sobre o sindicatos e a participação na Duma. Assim nos anos de 1905 e 1906 Alexandra atua juntamente com os mencheviques.

Alexandra é exilada novamente em 1908 e permanece no exílio até o ano 1917, neste período percorreu a Alemanha, Bélgica, França, Inglaterra, Suécia, Suíça, Itália, Dinamarca, Noruega e nos Estados Unidos. Mas na Alemanha e Suécia Alexandra foi expulsa por fazer propaganda contra a 1º Guerra Mundial.

Após a Revolução de Fevereiro Alexandra retorna a Rússia e converte-se na primeira mulher eleita para o comité executivo do Soviete de Petrogrado, e depois é eleita para soviete supremo. No inicio Alexandra da apoio crítico ao Governo provisório de Kerensky, mas logo rompe com os menchevique e retorna a dar apoio a Lenin e aos bolcheviques principiante durante a revolução de outubro.

Alexandra é eleita para o Comité Central no VI Congresso, enquanto estava presa em uma, mas Alexandra fica livre pouco antes do definitivo levante revolucionário e se lança candidata a Assembleia Constituinte pela fração bolchevique. E logo após a vitoria da revolução Alexandra se torna Comissária do Povo para Assuntos do Bem-estar Social.

Ainda em 1917, depois da Revolução, casa-se com Pavel Dybenko, um jovem marinheiro de origem camponesa. O estes casamento dura até 1922.

Em seu cargo de Comissária do Povo para Assuntos do Bem-estar Social Alexandra trabalhou principalmente para reverter as leis que prejudicavam as mulheres e as colocavam sobre o julgo dos homens como a negação do direito ao voto e a imposição de piores condições salariais. As relações familiares e sexuais foram liberalizadas, aprovando-se o divórcio e o direito ao aborto, além de numerosos benefícios sociais para a maternidade e a habilitação de creches.

Em 1918 Alexandra organizou o Primeiro Congresso de Mulheres Trabalhadoras de toda a Rússia, deste congresso nasce o Genotdel, que teria a responsabilidade promover a integração da mulher na vida publica soviética. Neste mesmo congresso Alexandra é nomeada editora chefe da revista Kommunistka (Mulher Comunista). Mas Alexandra se opõe a paz de Brest-Litovsk, perdendo o lugar que ocupava no Comité Central.

Mas Alexandra fica responsável por organizar a participação feminina dentro do partido e em 1920 é nomeada comissária do povo para a Segurança Social, promulgando decretos para a proteção e a segurança da maternidade e a infância. Desde o ano anterior, tinha aderido à chamada Oposição Operária, com Shlyapnikov, Kiselev e Medvedev. Em 1921, com o X Congresso do Partido, escreve um uma brochura com esse mesmo título, em que expõe as posições de sua tendência no interior do Partido Bolchevique, alertando contra os "perigos de degeneração burocrática que o ameaçavam", e propondo o controlo operário das instituições. A Oposição Operária é derrotada.

Em 1922, Alexandra foi nomeada como assessora da embaixada soviética na Noruega. A partir de então Kollontai esteve efetivamente no exílio como uma diplomata, sendo transferida posteriormente para o México (1925 a 1927), Noruega novamente entre 1927 e 1930 (ano em que apoia publicamente a liderança de Stalin), e Suécia desde esse ano até o da sua reforma, em 1945. Faleceu em Moscovo em 9 de março de 1952.