Aferir

 

 

      Se hoje alguém ousasse resumir o que sobrou da sua vida, que fragmentos valeria a pena traçar entre a moldura de seu quadro pessoal? Que sabor nos passaria sua ilustração? Daria água na boca ou nos olhos do coração? Se colocássemos na balança, qual lado penderia, o dos entremeios ou o do recheio da vida?

      No esforço de pintar o que o trouxe até aqui, talvez na mente restasse apenas a cor verde, dizendo da esperança de uma nova vida, e a lição de que, só os que conseguem olhar a vida com os olhos do peito é que podem amenizar o peso do “prêmio” final.