Adaptação na Educação Infantil
Por NELI PACIFICO MARTENINGHI | 18/02/2019 | EducaçãoO presente artigo trata sobre o processo de adaptação nas escolas de educação infantil e como vivencia-lo de forma mais agradável.
Até alguns anos atrás era comum à criança permanecer em casa, no entanto hoje em dia após o fim da licença maternidade os pais já procuram as creches e pré-escolas.
Uma das grandes preocupações para os pais é o temido momento de deixar seu filho na escola pela primeira vez. Muitas dúvidas começam a aparecer. Como será que é La? Será que meu filho vai se adaptar?
Deixar seu filho em um lugar aonde às pessoas são pouco conhecidas, gera insegurança e muitas vezes a mãe se sente culpada por ela mesmo não poder cuidar do bebê.
A partir do momento em que a criança começa a frequentar a escola, os hábitos da família tem que se modificarem, as dificuldades que os adultos enfrentam nessa fase, podem influenciar o estado emocional da criança e tornar mais difícil o processo de adaptação.
A escola por sua vez deve passar segurança para esses pais e acolhe-los.
Muitas pessoas acham que a presença da mãe dentro da instituição nessa fase de adaptação dificulta o trabalho, mas os problemas e conflitos que surgem quando os familiares não participam ativamente desse período podem ser bem maiores e complexos.
O processo deve ocorrer com a maior naturalidade possível, para que a criança se sinta segura sabendo que não é um abandono, que a família voltara para busca-la.
Um fator muito importante é que sejam sempre os mesmos educadores que recebam a criança e a família na chegada, para que assim se estabeleçam vínculos e a criança se sinta segura.
Faz parte do trabalho do educador o desafio de conquistar a confiança da família que normalmente sente dificuldades na hora da separação. Na hora da saída o educador deve dar atenção às duvidas dos pais e informa-los do que aconteceu no dia da criança.
É extremamente comum à criança protestar ao se separar dos pais, a forma mais comum é através do choro, no entanto há crianças simplesmente ficam quietas demais. A reação à adaptação varia muito de criança para criança, mas alguns padrões são esperados para cada idade.
Até os seis meses a criança não costuma reagir a pessoas estranhas, mas sim ao ambiente, a forma de dormir ou a alimentação.
A partir dos seis meses em geral a criança começa as estranhar as pessoas e isso permanece por certo tempo. Por volta dos dois anos à criança começa explorar o ambiente e isso vai compensando a falta que sente dos pais.
Dos três anos em diante a criança já tem um desenvolvimento da linguagem e compreensão maior o que facilita o processo de adaptação. Porém a forma como a criança é criada, com muitas pessoas em casa ou apenas com os pais é o que dará maior ou menor facilidade nesse processo.
Mesmo com aquelas crianças que já frequentam a escola, continuam a existir fases que exigem adaptação, como por exemplo, quando a criança muda de turma.
A criança quando esta num processo de adaptação tem suas energias voltadas para a elaboração da separação, dividindo-se entre os sentimentos de alegria perante o novo e de medo diante do mesmo.
Por tanto para diminuir o desconforto para a família e para a criança a escola além de orientar sobre esse processo e o que normalmente ocorre nele, deve realizar uma entrevista com os pais e repassar a mesma para os educadores. Para que assim o educador possa se inteirar sobre a criança e conhecê-la melhor.
O objetivo é que a família confie na escola e a criança se sinta feliz e segura no ambiente, para que assim possa desenvolver suas habilidades e aptidões.
Artigo escrito pelas professoras de Ed. Infantil Ilhane Terezinha Giotti, Geane Lúcia Quinot, Jaqueline Dall’ Agno e Neli Pacífico Marteninghi, da Escola Municipal de Educação Infantil Amor Perfeito.