Acesso à água potável, ainda grande desafio para humanidade

Em 2010, cerca de 800 milhões de pessoas estavam sem acesso à água potável  em todo o mundo e 2,5 bilhões sem saneamento básico, de acordo com recentes relatórios da OMS, UNICEF e da ONU publicados na vespera da abertura do Fórum Mundial da Água.

De acordo com dados revistos, o objetivo do milênio reduzir pela metade até 2015 o número de pessoas sem água potável, em relação a 1990, foi alcançado prematuramente, ou  mesmo ligeiramente ultrapassado.  

 O total 89%  de seres humanos (6,1 bilhões de pessoas) teve  no final  2010 "acesso a fontes amelhoradas de água potável", enquanto o objetivo para 2015 foi de 88%. No entanto, advertem  OMS e UNICEF,  pela ausência de indicadores específicos sobre a qualidade da água no mundo, não há dúvida de que o uso de fontes amelhoradas de água potável . Os responsáveis sublinham que "  importantes  esforços devem ser assegurados para garantir que as fontes de água amelhoradas sejam  e permaneçam  saudáveis."

As estimativas de operadores privados em serviços de água (Aquafed), a realidade é mais alarmante. "Entre 3 e 4 bilhões de pessoas não têm acesso a água e elas utilizam todos os dias uma agua insanável  e de qualidade questionável, é mais da metade no mundo", disse à AFP, Gérard Payen, Presidente da Aquafed que é um dos consultores em água junto ao Secretário Geral da ONU.

 Além disso, dos 3,8 bilhões de pessoas com acesso à água da torneira, um bilhão provavelmente não tem água que algumas horas por dia ou alguns dias por semana, de acordo com Sr. Payen.

 "Nós não podermos então falar de  água potável" por causa de um estado lamentável de redes de distribuição.  As Alterações em tubos de pressão deterioram as canalizações  mais  propensos a fixar a poluição no solo.

Sete mortes por minuto

Regionalmente, as grandes disparidades permanecem entre a África Subsaariana sempre a mais pobre e mais afetada  (mais de 40% das pessoas sem acesso a água potável) e os países emergentes da América Latina e Ásia. Da mesma forma, os campos dos países pobres apresentam sempre resultado alarmaente: 97%  dos habitantes não têm acesso ao abastecimento de água encanada e 14% bebiam água de rios, lagoas ou lagos que compartilham com animais.

Em relação ao Saneamento, as estatísticas continuam ainda sombrias: 2,5 bilhões de pessoas não dispõem de instalações de saneamento no final de 2010 e "1,1 bilhões continuam  fazendo suas necessidades ou  defecam ao ar livre, grande maioria em áreas rurais", de acordo com o relatório da OMS-UNICEF. "Cerca de 64% da população mundial situada no sul da Ásia e Africa, só na Índia conta 638 milhões, neste caso,"  tratando o relatório  2012 da ONU sobre a avaliação dos recursos hídricos. Assim o objetivo do milénio da equipe de desenvolvimento até 2015, concordando  que os  três quartos da humanidade seus serviços corretos de saneamento  não serão alcançados.

Além disso, "até 90% do esgoto em países em desenvolvimento escoam, sem tratamento, em rios, lagos, espaços e áreas costeiras que ameaçam a saúde e a segurança alimentar, o acesso à água potável e lavar ", segundo o relatório da ONU. As águas sujas e insalubres  continuam  a ser a principal causa de morte no mundo, com 3,6 milhões de mortes anualmente, principalmente crianças, disse Alain Boinet, presidente da Solidariedade Internacional. "isso causa sete mortes a cada minuto"

 Lahcen EL MOUTAQI

Pesquisador Universitário

Rabat-Marrocos