Açambarcaram os prazos
Publicado em 12 de dezembro de 2010 por Lucio Feitosa
Açambarcaram os Prazos
Atualmente a administração dos condomínios conta com um verdadeiro exército para fazer frente aos conceitos da prestação de serviços com nuances de excelência e dedicação. Algumas empresas distribuem panfletos com miudezas provocativas relacionadas à manutenção diária dos protocolos de serviços. Sejam eles de correspondências, flores, extintores, bombas, antenas, pombo correio, enfim. Tem de tudo e para todos os gostos. Confesso ver certo preciosismo nisso, mas pensando bem, mais vale um pássaro bem assado no prato em uma tarde agradável como petisco do que a tormenta de não ter executado o que reza o manual de procedimentos obrigatórios de conservação.A tal lavagem semestral da caixa d? água, por exemplo. O simples ato que consiste em baixar o volume de água, para evitar desperdício em muitos casos é deixado de lado, pois demora muito para esvaziar a caixa. Então vai assim mesmo! Em média esses tanques comportam 10 mil litros de água. E se é para lavar que mal tem. O afortunado funcionário da empresa contratada deixa de observar o funcionamento da bóia (dispositivo que interrompe a entrada da água) que mantém o nível abaixo da borda superior. Esse mesmo sujeito vai embora e é na calada da noite que as tranqueiras surgem. A bóia não funciona, o ladrão (saída do excesso de água) está obstruído e ocorre o transbordamento pelo prédio abaixo. Sem contar que a confecção de um laudo técnico deve ser providenciada para a verificação da qualidade da água pós lavagem. Não obstante o uso de material estéril como botas apropriadas, vassouras com cerdas arredondadas, baldes e panos limpos devem compor os instrumentos de trabalho do colaborador. Onde estava o síndico que não acompanhou os trabalhos dessa maravilhosa equipe? Cobrar de quem, se não há contrato de prestação de serviços com itens que resguardem direitos e deveres? O barato vai sair caro. Nos próximos seis meses o prédio irá gastar os tufos para pagar os danos causados. Precisamos achar um famigerado culpado. E eu não tenho dúvidas de quem seja! Casos como esses pipocam a toda hora dentro da área condominial. Todos os envolvidos devem estar atentos aos detalhes das trocas. As datas das manutenções devem ser rigorosamente cumpridas e as empresas mantidas desde que, os trabalhos sejam acompanhados e satisfatórios. Voltando ao protocolo do recebimento de qualquer papel que chega à portaria. Só receber panfletos de empresas que admitam seus erros. Cansei de ser o culpado de tudo. Ou melhor, não esta valendo a pena ser o culpado e ter em troca apenas a isenção do condomínio. No dia trinta de novembro foi comemorado o dia do síndico, enviaram-me uma bela agenda que minha esposa açambarcou. Como fizeram Pilatos e o lavador de caixa d? água, o síndico deve lavar as mãos apenas antes das refeições. Vendo de uma forma romântica, esse trabalho de lavagem e muitos outros não devem ser executados por ninguém que não seja capacitado.
Lucio Feitosa
Colaborador da Gazeta e Síndico Externo da Multisindico
Atualmente a administração dos condomínios conta com um verdadeiro exército para fazer frente aos conceitos da prestação de serviços com nuances de excelência e dedicação. Algumas empresas distribuem panfletos com miudezas provocativas relacionadas à manutenção diária dos protocolos de serviços. Sejam eles de correspondências, flores, extintores, bombas, antenas, pombo correio, enfim. Tem de tudo e para todos os gostos. Confesso ver certo preciosismo nisso, mas pensando bem, mais vale um pássaro bem assado no prato em uma tarde agradável como petisco do que a tormenta de não ter executado o que reza o manual de procedimentos obrigatórios de conservação.A tal lavagem semestral da caixa d? água, por exemplo. O simples ato que consiste em baixar o volume de água, para evitar desperdício em muitos casos é deixado de lado, pois demora muito para esvaziar a caixa. Então vai assim mesmo! Em média esses tanques comportam 10 mil litros de água. E se é para lavar que mal tem. O afortunado funcionário da empresa contratada deixa de observar o funcionamento da bóia (dispositivo que interrompe a entrada da água) que mantém o nível abaixo da borda superior. Esse mesmo sujeito vai embora e é na calada da noite que as tranqueiras surgem. A bóia não funciona, o ladrão (saída do excesso de água) está obstruído e ocorre o transbordamento pelo prédio abaixo. Sem contar que a confecção de um laudo técnico deve ser providenciada para a verificação da qualidade da água pós lavagem. Não obstante o uso de material estéril como botas apropriadas, vassouras com cerdas arredondadas, baldes e panos limpos devem compor os instrumentos de trabalho do colaborador. Onde estava o síndico que não acompanhou os trabalhos dessa maravilhosa equipe? Cobrar de quem, se não há contrato de prestação de serviços com itens que resguardem direitos e deveres? O barato vai sair caro. Nos próximos seis meses o prédio irá gastar os tufos para pagar os danos causados. Precisamos achar um famigerado culpado. E eu não tenho dúvidas de quem seja! Casos como esses pipocam a toda hora dentro da área condominial. Todos os envolvidos devem estar atentos aos detalhes das trocas. As datas das manutenções devem ser rigorosamente cumpridas e as empresas mantidas desde que, os trabalhos sejam acompanhados e satisfatórios. Voltando ao protocolo do recebimento de qualquer papel que chega à portaria. Só receber panfletos de empresas que admitam seus erros. Cansei de ser o culpado de tudo. Ou melhor, não esta valendo a pena ser o culpado e ter em troca apenas a isenção do condomínio. No dia trinta de novembro foi comemorado o dia do síndico, enviaram-me uma bela agenda que minha esposa açambarcou. Como fizeram Pilatos e o lavador de caixa d? água, o síndico deve lavar as mãos apenas antes das refeições. Vendo de uma forma romântica, esse trabalho de lavagem e muitos outros não devem ser executados por ninguém que não seja capacitado.
Lucio Feitosa
Colaborador da Gazeta e Síndico Externo da Multisindico