RESUMO

A escravidão foi praticada na antiguidade pelos Egípcios, Gregos, Hebreus e Romanos. Em África existiu desde tempos muito antigos, a escravatura domestica ou patriarcal, sendo o escravo um membro da comunidade. Neste continente a escravatura comercial tinha pouca expressão. Era feita com o mundo Árabe, onde se destinavam essencialmente aos trabalhos domésticos e ao abastecimento dos Haréns (classe dos ricos). Mas no século XV, com a expansão marítima europeia tudo mudou, Portugal deu inicio ao tráfico de escravos africanos Negros para a Europa. Em 1441, foram capturados 12 escravos na costa da actual Mauritana, por Antão Gonçalves e Nuno Tristão. E em 1444, Lançarote de Lagos, Gil Eanes, Estêvão Afonso e outros penetraram no golfo de Arguim onde capturaram mais de duas centenas de escravos africanos. A partir daí começaram a ser realizadas maiores expedições para a obtenção de escravos que eram vendidos as classes privilegiadas portuguesas, para servirem como pessoal doméstico. Mas o tráfico de escravos só alcançaria grandes proporções quando os europeus começaram a colonizar a América, para trabalharem nas plantações de cana-de-açúcar, algodão, café e tabaco, e a exploração mineira (ouro, prata, e diamantes), que exigiam muita mão-de-obra e uma vez que os ameríndios não aguentavam a escravatura, os colonizadores europeus decidiram recorrer aos escravos africanos.