A vida do professor retratada à preta e branco: uma metáfora para o auto-conhecimento, auto-conceito e valorização profissional

The teacher's life portrayed in black and white: a metaphor for self-knowledge, self-concept and professional development

Autor: Alberto Mahúla Francisco (Msc.). É, Mestre em Economia e Gestão de Educação, pela Northeast Normal University, Licienciado em Pedagogia, Professor no Ensino e Universitário.

É, pesquisador em ciências sociais: Economia, Gestão, Educação e Ensino.

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Resumo 

Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa que empregou as técnicas de observação participativa e não participativa. Incluiu dentro da sua linguagem metodológica, a técnica bibliográfica que permitiu fazer uma descrição teórica fundamentada na busca de obras descritas pelos outros autores, cujas metas foram delimitadas no contexto da vida social e profissional do professor, versos ao tratamento que esta profissão tem merecido a nível do mundo. O estudo apresenta os seus objectivos em apresentar uma metáfora que leve a sociedade e o professor aos actos de auto-conhecimento, auto-conceito e auto-valorização. Os resultados da pesquisa mostram quão tem sido cruel a sociedade em prestar pouca atenção ao professor na comunidade, primando excessivamente da desvalorização da profissão de professor e na pouca consideração, respeito dirigido ao professor como entidade social. De forma natural, pode-se ver as péssimas condições de trabalho do professor, o clamor do professor sobre os seus tidos míseros salários, excessos no atraso e descontos de salários, tudo isto, foi tido como parte de maus-tratos da profissão de professor e da pouca dignidade dela. Há sociedades que não estão preocupadas com a óptima formação de professores. Pelo que a pesquisa foi sucinta em sugerir que as sociedades, possam primar em valorizar o professor. Que sejam melhoradas as condições de trabalho do professor, havendo neste caso, fundos de apoio social para professor, óptima alimentação, cuidados de saúde e formação contínua dos mesmos, pois, somente assim, pode ser possível ter uma sociedade mais desenvolvida em todos os aspectos.   

Palavras-chave: vida do professor, retratada, preto e branco

 

  1. Introdução 

O professor é um ser humano que se distingue por exercer uma profissão nobre. E, pela nobreza profissional, a humanidade é historicamente grata.

O nível de gratidão social, foi colocando o professor ao nível equidistante de uma pessoa de natureza divina pura. Que seria chamado, filho bem-vindo ao ser e imagem do senhor Deus, pai, poderoso e o criador do céu e a terra.

Há quem diria que pela nobreza do professor, talvez, já mais este profissional conheceria o inferno. Por exercer uma profissão glorificada e por sua vez, a própria pessoa do professor é gloriosa.

Dentro da história do ensino, o professor é descrito e mencionado num tom de lealdade, sabendo que só o professor poderia ser digno de ensinar as pessoas o saber, saber ser e o saber fazer.

É, o professor que ensinaria tudo que é útil para que as pessoas sejam dignas para servir a humanidade. Por isso, nenhuma pessoa deveria exercer uma profissão sem antes ser apto pelos ensinamentos do professor. Por isso, o professor ensina tudo que é digno para que as pessoas sejam cada vez mais dignas em exercer qualquer ofício na sociedade. 

O professor, por exercer uma nobre tarefa que consiste em ensinar as pessoas a ler o mundo e transforma-lo, esta alta figura indelével, nunca seria julgada, condenada, nem amaldiçoado.

O professor, seria toda via, um ser humano feliz e bem-sucedido, vivendo em plena harmonia com as famílias que lhe têm como segundo pai dos seus filhos.

Mas, as dificuldades relacionadas à educação, ensino, instrução e a vida do professor de forma particular, preocupam o mundo (Gonçalves, 2008).

Apesar das dificuldades, o professor continua a desempenhar um exercício Professional narrado ao tom da irmandade e de plenitude. E, que inclui no seu conjunto uma felicidade de plena natureza racional, sendo, assim, a sociedade não pára de questionar, procurando saber o seguinte: como é que a vida do professor passou a ser pior duque antes? Porque que a sociedade não se importa a dignificar o professor, dando-lhe um salário digno, ser contemplado nos diversos planos da vida social?

Porque que a vida do professor vem sendo tratada a preto e branco?

De facto, estas melindrosas questões são de difícil resposta, por isso serviram de ponto de partida para a descrição deste estudo. Para isso, a procura da resposta mais sistematizada para satisfazer esta indignação primária, dá-nos um norte referente a realização de uma pesquisa de campo, indo em regiões, onde o ensino é praticado pelo professor. Com esta dinâmica, foi possível viver e conviver directamente com os professores da comunidade rural, nas cidades capitais. E, incluindo nas universidades publicas e privadas de Angola. Aqui dialogamos directamente com as comunidades, pais e encarregados de educação, religiosos, autoridade tradicional e representantes do Governo e do Estado angolano.

De forma clara e evidente, vê-se que a vida do professor é tratada a preto e branco. Pois, no seu fundo preto, o professor guarda toda a amargura do seu dia-a-dia, as manchas e toda a pouca vergonha que tem passado, estão marcadas ao tom preto. Ao passo que no tom branco, o professor luta pala sua dignidade profissional, salvaguardando a paz e o desenvolvimento social.

 O professor revela o maltrato com que tem passado em todas as regiões sem distinção, mostrando que o professor em Angola, não é respeitado e não recebe a dignidade do seu magistério.

  1. Professor por conceito

O professor é um mestre que por meio da sua formação sistematizada por saberes de pedagogia, didáctica, psicologia, sociologia, línguas. E, incluindo conhecimentos multifacetados, torna-se capaz de formar e transformar o homem em capital mais valioso do universo.

É, o professor que constrói de forma sistemática e harmoniosa, a maior riqueza das nações que se chama capital humano.

O professor é o construtor mais leal da humanidade. Pois, o seu conjunto de saberes: saber ser e fazer, é conjugado para formar o ser, útil dentro da diversidade social. 

Assim, através do seu ser social e profissional, o professor consegue fazer o bem e mostrar que:

  • “Os conhecimentos sistematizados são a base da instrução e do ensino.
  • Os objectos de assimilação são o meio indispensável para o desenvolvimento global da personalidade.
  • As habilidades são qualidades intelectuais necessárias para a actividade mental no processo de assimilação de conhecimentos.
  • Os hábitos são modos de agir relativamente automatizados que tornam mais eficaz o estudo activo e independente.
  • As atitudes e convicções se referem a modos de agir, de sentir e de se posicionar frente as tarefas da vida social. Orientam, portanto, a tomada de posição e as decisões pessoais frente a situações concretas” (Tavares, 2011, p. 71).  

O professor é o único ser humano habilitado para exercer de forma coerente e sistemática três actividades humanas fundamentais que são: educar, ensinar e instruir. Deste modo, o professor educa, ensina e instrui, não somente o homem, mas acima de tudo a humanidade.

O professor é o mediador do conhecimento no processo de ensino e aprendizagem. É, o professor que elabora o saber para o desenvolvimento intelectual e social do aluno. Pelo seu ser técnico e profissional, o professor na sua interacção com a sociedade, busca uma postura dialéctica capaz de mostrar que as situações de ensino, devem ser mediadas e organizadas intencionalmente pelo próprio professor para que os alunos se apropriem das ferramentas necessárias à transformação da realidade social .

  1. Professor ao tom preto

Como diz Lowy (1978: 17), citado por Gadotti, Freire, & Guimarães, afirma o facto de que "as visões do mundo das classes sociais condicionam não somente a última etapa da pesquisa científica social, a interpretação dos factos, a formulação das teorias, mas a escolha mesma do objecto de estudo, a definição do que é essencial e do que é acessório, as questões que colocamos à realidade, numa palavra, a problemática da pesquisa” (Gadotti, Freire, & Guimarães, 1989).

Assim, a vida do professor é bastante marcada ao tom branco, olhando pelas visões do mundo das classes sociais que tendem a subordinar e ofuscar o valor universal do professor.

As expressões de classes sociais tropeçam na valorização do capital humano, onde o professor é destacado e mascarado com um tom preto. Isto é o preto de tristeza, amargura, invalidez e de pessoa profissional menos útil diante das demais profissões.

O professor ao tom preto é manchado e colocado na última estaca da contagem da ordem estrutural e funcional da sociedade, razão segundo o qual, o professor é tido como sendo um profissional, socialmente improdutivo, esquecendo-se que é graças ao professor que as pessoas se tornam capazes de aprender a transformar a vida como uma biologia numa bibliografia de páginas raras e precisas.

O professor no seu tom preto do que é marcado, vive numa tristeza de um olhar sem recurso melhorado. O professor neste tom sofre todas as humilhações de pessoas ingénuas e de vida injusta.

No tom preto, o professor perde o seu norte por influência de actos de injustiça social. O professor perde toda a sua fé, prosperidade para voltar a ser uma pessoa de relevância social, cuja, sua profissão é a mais linda e bela da humanidade.

Sobre a mancha do tom preto, até as novas gerações, negam em ser professor, evitando ser o profissional mais sacrificado da humanidade e o pior pobre entre os olhares de pessoas de pouca fé e de vida pessimista.

São de facto, os pessimistas que inverteram o bom nome professor, subvertendo-o em “probissor e tropessor”. Por isso, o professor encontra-se na mente de pessoas pessimistas, pintado de tom preto, feito de fantasma e de figura vergonhosa para a humanidade.   

2.1. Professor ao tom preto: Uma versão gerada por actos cruéis da sociedade 

O professor em sociedades de práticas de crueldade, é a pessoa profissional menos valorizada em detrimento dos outros órgãos, tais como: órgãos de defesa nacional, justiça e de direito, pois, estes, fazem a lei e são detentores de poderes para impor ordem e silenciar os sábios, académicos e homens com poder de inteligência socioprofissional.

E, deste modo, que aparece sob versão cruel o professor manchado de preto como símbolo de maldição entre os homens. Assim, numa versão cruel, o professor não é digno de vencer ou seja ganhar bom salário que possa dignificar a sua existência profissional.

Na visão de gestão e administração cruel, não há plano que contempla uma habitação social para o professor na comunidade. Não há hospital que trate de forma especial a saúde física e mental do professor.

Uma versão de professor criada de forma cruel, não existe uma ideia clara para a melhoria das condições de trabalho dos intelectuais: professores e investigação cientifica.

Falar seriamente de uma investigação científica? É, para que? Eh, é que as sociedades cruéis ignoram a importância de uma investigação científica e de pesquisa científica seria.

Assim, numa visão económica cruel, o professor não é digno de ter uma vida bem sucedida de prémios de investigação, inovação e criatividade. Nesta visão económica, o professor deve ser sobrecarregado de tarefas rotineiras, ficar mais tempo numa escola desconfortada para não produzir ciência.

O professor não tem direito a subsídios de redução de encargos sociais, tais como: seguro de saúde, bónus para educação dos filhos, transporte, alimentação, vestuário e habitação.

Antes, porém, o professor deve ganhar um mísero salário e deve contar com este salário para a solução de todos os seus problemas. Nesta sociedade, o professor deve pagar impostos de rendimento de trabalho muito alto. E, se pensar em melhorar a sua condição de vida, justamente deve procurar uma outra fonte de rendimentos extras, que é de facto um sacrifício enorme e que põe em risco todas as possibilidades de uma óptima qualidade de vida do professor

É, na sociedade cruel, onde o ser humano é tomado na última instancia para o plano do desenvolvimento social. Neste tipo de sociedade, o desenvolvimento é mensurado pela totalidade de mineiros que se produz internamente e vendido para o mercado exterior. E, o plano económico é feito na dimensão essencial dos baris de petróleo que são capazes de serem produzidos e vendidos.

A obediência ao plano de desenvolvimento é imposto e defendido através de leis e poder militar. Neste caso, a inteligência humana é subvertida, desvalorizada e não é tida em primeira instancia como sendo um bem produtivo.

  1. Uma viagem do professor, uma lágrima pela vida do homem perdido

O caminhar do professor da zona recôndita é marcado por riscos de morte. Por isso, o professor ao viajar é condicionado á:

  • Rezar: a oração consegue apaziguar o espírito do professor, animar a alma e acreditar que pela graça de Deus pai e todo-poderoso, possa ser possível realizar uma viagem tranquila, mesmo com obstáculos a vista.
  • Chorar de si mesmo: o choro para o professor na zona recôndita é inevitável, por pensar que talvez possa ir ao local de trabalho que cita na zona recôndita e que não possa voltar já mais. E, por razões de perigos que enfrenta no caminho, bastante esburacado, de ponte quebrada, casa de pau a pique, cuja, cobertura é feita de capim apodrecido e paredes de barro, o professor não se escapa em pensar que talvez, estes objectos todos, possam causar a sua morte.

O professor tira lágrimas, só, de ver o caminho onda há-de passar, hoje, amanhã e passar para sempre. É, capaz de lacrimejar só de saber que vai num local onde não existe nenhuma possibilidade de usar um colchão que possa suportar o seu leito. O professor é emanado, há uma viagem de lágrimas, só, por saber que deve atravessar um rio grande por meio de uma jangada ou canoa feita de forma artesanal, sem prova de segurança e de resistência a pressão ou corrente alta do caudal do rio.

O professor que viaja para sua zona recôndita, é um ser humano morto ao vivo. É, uma pessoa que entregou a sua vida a pátria querida e ao exercício da sua profissão amada.

De facto, é inevitável empolgar-se de lágrimas, visto que o professor percorre longas distancias a pé, sozinho, atravessando rios, onde deve antes de tudo descalçar, tirar a roupa e colocar tudo num saco plástico, a fim de evitar que toda a sua roupa, calçados e material didáctico, possam molhar.

O professor ao viajar para área recôndita, onde é colocado para leccionar, não poupa o esforço de chorar, sabendo que vai numa zona, cuja, alimentação é difícil. Pois, a população mesmo vivendo numa zona rural, a sua alimentação depende da cidade. É, na cidade capital onde saí quase tudo para se alimentar. E, quando o produto trazido da cidade, neste caso, trata-se do peixe ceco, “cabuenha”, sal, sabão, fuba de milho, massa alimentar, arroz, quando chega na zona recôndita é bastante caro.

E, o professor, mesmo auferindo um mísero salário, deve comprar o produto há um valor mais acrescentado, a fim de recompensar todos os custos do senhorio da venda ambulante que luta pela vida e cansado de pagar impostos (IVA), num mercado descoberto de qualidade para dignificar o vendedor.

É, assim, o dia-a-dia do professor que viaja para ensinar, alfabetizar e orientar o saber, saber ser e saber fazer em homens adultos, jovens, adolescentes e crianças da zona recôndita.

Quando chega a hora de viajar para o local do trabalho que cita na zona rural ou seja zona recôndita, conforme é chamada carinhosamente pelos gestores do sistema educativo, o professor é viçado em tirar lágrima, por não saber o fim último da sua viagem. Pois, os caminhos pelo qual o professor passa, são acima de tudo um risco e um atentado a vida humana.

  1. O professor na zona recôndita 

O professor na zona recôndita é caçador, cozinheiro, pescador. E, é acima de tudo camponês que vai a lavra cultivar mandioca, milho, amendoim, e todos os outros produtos agrícolas úteis para garantir a sua subsistência no seu local de trabalho.

Na zona recôndita o professor faz quase tudo para sobre viver. Pois, seu salário é bastante insignificante para suportar a sua vida na comunidade.

Na mesma óptica, o professor por mais que o seu salário tenha estado disponível, torna-lhe difícil tê-lo, no tempo útil, pois, na sua zona recôndita, não existe banco. Se poder viajar para um local de acesso ao banco, pode ser possível gastar pelo menos 60% do seu salário mensal.

Como não bastasse, não há salário capaz de satisfazer as necessidades de vida do professor na zona recôndita, visto que, na zona recôndita falta quase tudo que é essencial para a vida humana.

Na zona recôndita, há escassez de transportes, hospitais, casas, alimentação, etc. Por isso, só andando de táxi de moto, o professor, dependentemente dos obstáculos (buracos, rios e pontes quebradas), chega ao ponto de gastar pelos menos cinco mil cuanzas (5.000 kz) ou trinta mil cuanzas (30.000kz) por viagem.

Na zona recôndita, o professor tem dificuldade de comunicação, pois, nestas zonas, as redes de telecomunicação não são funcionáveis.

O professor quando chega na zona recôndita, fica sem acesso a informação, visto que nas referidas zonas, não existe sinal de antena da rádio nem televisão.

Por estas razões, admite-se que o professor da zona recôndita, vive o fim do mundo de forma consensual.

Muitas destas zonas, os professores leccionam de baixo de árvore, suportando riscos de forma natural. Assim, o professor na zona recôndita é um herói profissionalmente consagrado e socialmente humilhado.

  1. Presença do professor versos ausência do professor no local do trabalho

Na concepção do professor dada a preto e branco, concorda-se que a presença no local do trabalho, é menos útil duque a sua ausência, razão pelo qual, um desconto financeiro feito no salário do professor por uma falta no local de trabalho, equivale ao valor financeiro de 10.000. 00 à 20. 000. 00.

É, de facto um dinheiro que o professor não ganha por aula. Há uma ingenuidade que não descura a possibilidade de acreditar de que o professor ausente, possa a ser um motivo de satisfação de quem faz os descontos abismais no salário do professor. E, de quem recebe por de volta o dinheiro descontado no salário nobre do professor.

  1. Assinatura do livro de ponto versos trabalho 

Um professor definido ao preto e branco, a assinatura de um livro de ponto ou uma assinatura orientada para marca presença por uma lista, é mais útil em relação há uma aula leccionada.

Por isso, o professor viajar para o seu local de serviço, ou seja ao chegar na sua escola, muito vale esquecer a sua caneta, plano de aula, material didáctico, a fim de única e exclusivamente assinar o livro de ponto ou assinar a presença numa folha orientada pelo chefe.

Na escola, pode o professor não cumprir com os objectivos da aula. E, para rapidamente correr até ao local das assinaturas, a fim de assinar a hora de saída.

Assim, os sumários, as presenças efectivas do professor nada valem, se, não mesmo a assinatura no livro de ponto.

Em toda, o professor que não assina o livro de ponto, por mais que tenha leccionado ou seja, tenha orientado uma aula bastante produtiva, deve crer e conformar-se com a sua falta no local de serviço. E, que será descontada um valor financeiro que vai além do dinheiro gasto para a sua deslocação de casa ao local de serviço.

Por tudo, em nada vale a presença do professor na sua área de rotina laboral, se no entanto não assinar o livro de ponto. De facto, neste ditame, não existe outra maneira de justificar uma falta cometida por esta natureza, pois, o fim último, disto, é o professor sofrer descontos abismais.

Nesta óptica, mais vale o professor ao tom preto e branco, faltar efectivamente ao serviço e no momento oportuno justiçar a sua ausência do dia, duque aparecer na escolar, avistar-se com o chefe, trabalhar arduamente e alcançar as metas preconizadas. E, por fim esquecer-se de assinar o livro de ponto.

O professor manchado de tom preto e branco, não precisa ser valorizado pelo conhecimento. Deve-se ser útil pela forma de obedecer e cumprir as obrigações, pois, aqui o trabalho não dignifica o professor. O que dignifica é estar sempre na escola, assinando listas, falar sempre bem do chefe e transmitir aquilo que os outros professores falam do chefe. Isto sim, é o mais importante.

Caro, professor, no seu tom preto, tem um mandamento subjectivo que diz:

  • Seja pontual ao assinar o livro de ponto. E, retarde sempre ao entrar na sala de aula;
  • Corra sempre para assinar o livro de ponto. E, ande relaxado para chegar a sala de aula;
  • Nunca chegues cedo na escola para leccionar. Mas, sim deves chegar muito cedo para assinar o livro de ponto;
  • Podeis esquecer leccionar e alcançar objectivos preconizados numa aula. E, nunca esqueças de assinar o livro de ponto.  
    1. Formação académica do professor versos permanência no local do trabalho

Um perfil do professor reflectido a preto e branco, omiti o direito da formação académica e profissional continua do professor.

O professor definido a preto e branco só tem o direito de manter-se presente no local do serviço. E, não tem direito de dar sequência aos estudos.

Ao nível preto e branco, o professor é chamado ao senso criterioso de escolha obrigatória que diz: o professor ou estuda ou trabalha. Neste sentido, o professor só deve fazer uma escolha obrigatória entre os dois (2) bens maior, no trabalho ganha salário de qualquer natureza: mísero ou bonificado, isto é dependentemente do valor que cada professor atribui ao seu rendimento capital financeiro. Ao optar no progresso académico e estudantil, deve automaticamente perder o emprego e o seu salário consecutivamente. Olhando pelo nível de desestruturação das famílias, pobreza estrema e miséria familiar. E, incluindo o nível de carência financeira que afeita as famílias em todos os status da vida social, o mais comum para a escolha do professor definido ao perfil preto e branco, é toda a via, deixar de estudar e manter-se no trabalho.

E, isto faz crer que no designo do professor, trazido ao preto e branco, o professor não tem direito de estudar, estudar até morrer, conforme reza as normas pedagógicas destinadas a optimização do perfil, carácter interno e externo do professor.

Todo o professor lido a preto e branco, não é digno de desenvolvimento e aperfeiçoamento das suas habilidades, aprimoramento das suas capacidades cognitivas. E, muito menos procurar vias legais para a melhoria do seu perfil académico. Deve portanto submeter-se ao exercício macabro do seu dia-a-dia escolar, reservado para repetir ideias e crenças expostas em livros, cuja, revisão teórica e critica são sucintamente carentes de consenso.

  1. Professor versos remuneração salarial

Um professor tratado ao tom preto e branco, não possui um salário justo que corresponda com os seus desempenhos, habilidades, conhecimentos e habilitações literárias.

O salário do professor não precisa ser pago ao tempo útil. Deve ser pago quando for necessário, dependendo da disponibilidade da entidade empregado. Isto é, quando quer pague, se não poder, que o professor aguarde até ser possível. Assim, o salário do professor pode ser pago a qualquer momento, isto, não condiciona e não impede nenhum outro êxito no trabalho docente.

Na falta do salário ao tempo útil, o professor pode endividar-se, a fim de chegar ao seu local de trabalho. Pois, uma vez que falte na escola, pode até ter uma falta de desconto duplo.

Para um professor ao tom preto e branco, o atraso nos seus ordenados não implicar de modo algum na sua aparição didáctica. Antes pelo contrário, quanto mais o salário atraso maior deve ser o seu desempenho no trabalho.

  1. Professor versos escolas de formação e aperfeiçoamento contínuo do professor  

“Partindo da posição de que o professor reflecte determinado contexto sociocultural em que faz parte, a sua intervenção nesse contexto, incluindo o contexto pedagógico, se revela associada à maneira de pensar e agir diante de variados aspectos ou situações que se colocam. Com efeito, “[…] os professores possuem, como colectivo social, um certo status, que varia segundo as sociedades e os contextos” .

Numa versão do professor feito a preto e branco, não existe privilégio, nem garantias para que o professor tenha uma escolar própria para a melhoria e aperfeiçoamento contínuas do seu perfil académico e estudante.

Em toda a via, o professor é chamado a viver na sua mesmice e consagrado a ser, o mesmo professor contratado hoje, amanhã e que seja o mesmo para sempre.

Assim, a escola de formação continua e permanente do professor, delegada aos sonhos do passado, tal passado que nunca mais voltará.

Trata-se de um passado que nunca mais voltará, pois, as escolas de formação de professor, são actualmente reservadas para a formação do professor do futuro. Isto, é como quem dissesse que o presente é presente. E, já não nos importa mais.

Nesta óptica, as escolas de formação permanente do professor que seriam destinadas para que o professor pudesse dar sequencia a sua formação, desenvolver as suas capacidades cognitivas e manter o aperfeiçoamento das suas faculdades, habilidades e perfil académico, social e profissional, foram todas destruídas dando lugar a formação pré-universitária.

Assim, no conceito do professor tratado a preto e branco, há mais afirmação em construir escolas para a maximização e expansão do ensino geral duque, pensar numa escola de formação permanente e continua do professor.

O professor pode ensinar, mas, não precisar necessariamente inovar-se. E, muito menos desenvolver o perfil académico e técnico profissional, pois, as entidades contratadoras têm pouco interesse em ter professores de qualidade e de altos dotes de ensinar e aprender.

Para auferir um salário alto, o professor precisa unicamente apresentar um diploma. E, não precisa necessariamente provar o seu saber, saber ser e saber fazer. Pois, ninguém paga o saber fazer, senão mesmo o diploma.

O valor do professor tido a preto e branco, não advém, dos conhecimentos sólidos que possa ter. E, muito menos de uma careira profissional de brio. Pois, o valor do professor está no nível de influências que goza por si.

E, neste sentido, não precisa necessariamente ter uma formação especializada para leccionar uma dada disciplina escolar. Não é necessário ter uma formação pedagógica, gestão escolar e economia da educação para ser director nacional ou de uma escola. O que importa mesmo é o nível de influência de compadrio.

  1. Novas técnicas na psicologia do professor tratado ao tom preto e branco

Na vida psíquica do professor tratado ao tom preto e branco existe uma excepção que destaca exactamente o uso adequado das novas tecnologias.

Há uma formação cognitiva de professores cheia de vários tipos de conhecimentos teóricos, desprovidos de uma noção mais sólida centrada nas novas tecnologias.

A partir da formação geral do professor, verifica-se um défice no âmbito da concepção prática dos conceitos de novas tecnologias na formação de professor. Assim, tem-se uma formação de professores apegada em teoria óssea, sem fundamentos práticos de novas tecnologias.

Assim, actualmente, temos vários professores com um certo nível de analfabetismo bastante acentuado dentro da realidade referente as novas tecnologias. Isto é, se termos em consideração ao dito analfabeto da era moderna que é exactamente aquela pessoa formada com vários outros conhecimentos, exibindo diplomas e certificados de alto grau, excluindo o capitulo de novas tecnologias.

É, de facto, bastante curioso, ver professores formados, até ter terminado a licenciatura e mestrado, e sem no entanto um conhecimento fundamentado em novas tecnologias. Um Licencia ou Mestre que até mesmo um computador não sabe usar. E, em certas ocasiões, falar de computador para um professor tratado ao tom preto e branco, constitui uma das piores concepções e realizações da sua vida social e profissional.

O computador é um conceito assustador e a aquisição desta ferramenta de trabalho, constitui no professor um sonho de difícil realização.

 

  1. Inclusão das novas tecnologias na sala de aulas 

Para um professor marcado de tom preto e branco, incluir novas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem dos seus alunos, ainda passa a ser um sonho de difícil realização.

Por isso, há nas salas de aula, uma pratica psico-pedagógica e didáctica, bastante rudimentar, onde o professor usa métodos de ensino rígidos e que não respeitam a personalidade do aluno.

O ambiente de aulas sem a aplicação de novas tecnologias, é um tédio, passando a não animar nenhum aluno, nem se quer o próprio professor. Pelo que os alunos depois de intervalo, têm dificuldades de voltar a sala de aulas, a fim de continuar com as actividades de ensino. Pois, as salas de aulas, não atraem os alunos e não acomodam professor.

Pratica-se um ensino de transmissão predominantemente oral e de tratamento metodológico por imposição, onde o aluno é chamado a participar de forma obrigatória. É, neste ensino onde o aluno aprende o que deve e não o que pretende.

É, um ensino que não coloca em evidência as valências e predisposições dos alunos.

As regras de ensino nestas salas de aulas, são predominantemente de comando e de controlo, onde o professor é tido como sábio que sabe tudo. Por isso, na sala de aula, lhe é dado a hegemonia da regra de comando e do controlo. E, o aluno passa a ser um simples telespectador que deve ser informado e acreditar na súmula que é trazido pelo detentor do saber e do poder pedagógico e didáctico.

O professor dentro do seu tom predominado no tom preto e branco. E, limitado de incluir as novas tecnologias na sala de aulas. Por isso, todas as suas normas, regras e critérios de avaliação, são todos rígidos.

E, algumas vezes, os normativos de avaliação são suficientemente injustos. Já o ensino é naturalmente desprovido de inovação, criatividade e dinâmica.

  1. Um segredo para ser professor de dote preto e branco

Para ser um professor abordado a preto e branco, não existe alguma forma mágica do tratamento.

Há de facto um segredo para ser conhecido. Este segredo será desmacarado a seguir.

Ora bem, o segredo coberto no professor a preto e branco consiste em deixar de estudar. E, passar a valorizar o salário.

Desde, o momento que o professor que o professor aceita a viver sem estudar. E, entender que o emprego é mais importante na sua vida duque o conhecimento, passa a assumir a sua autentica definição em preto e branco.

Assim, na sociedade em que o professor é definido num tom plasmado ao preto e branco, o primeiro sonho do professor está em matar o desejo de continuar a formar-se. Por isso, o professor faz-se acreditar que o emprego v ale mais duque a ciência. E, a lei do chefe é mais importante em relação as suas próprias motivações e objectivos fixados em referencia académica melhorada.

O professor na sua dimensão tida a preto e branco, luta em primeira instancia entrar numa escola, conseguir o diploma e ter emprego. E, para nunca importar a óptima qualidade dos seus conhecimento.

Alias, o professor a preto e branco, sabe bem de que na sua sociedade o diploma vale mais duque o conhecimento. Na sua sociedade o diploma não justifica qualidade no conhecimento, mas, sim a quantidade de dinheiro que possa vir ganhar.

  1. Concepção de uma escola para um professor a preto e branco 

Para conceber uma escola, onde deve trabalhar um professor e congregar os seus alunos não custa nada. Pois, o fundamental é:

  • Ter um terreno

O terreno para construção de uma escola, não precisa necessariamente ser bem localizado e manter-se numa área de fácil acesso, segurança e protecção contra os efeitos funestos do meio ambiente social e natural.

Não precisa incondicionalmente fazer um estudo sobre o estado óptimo do terreno. Pois, o que importa não é acomodar professores e alunos. o que importa mesmo é esconder-se das chuvas por um tempo possível.

  • Erguer as paredes

Erguer as paredes é um processo importante, pois, só basta levantar as quatro paredes, fazer as divisões possíveis, já basta para que as pessoas, neste caso, professores, alunos, pais e encarregados de educação acreditar que renovou-se o sonho e realizou-se o desejo de uma escola.

  • Colocar o tecto de chapa de gingo

Na construção de uma escola na sociedade do professor tido a preto e branco, importa muito a escola ter um tecto de gingo. E, que permita cobrir a escola, impedindo que a agua das chuvas incidam sobre o interior da escola.

  • Colocar carteiras

As cardeiras, são tão relevantes, que não possamos imaginar o que é deixar de usar latas, adobes, blocos de cimento, troncos de árvore para justamente sentar-se numa carteira.

  • Ser inaugurada na hora certa 

Uma escola construída numa comunidade, constitui a realização de um sonho e um desejo supremo do povo íntegro numa sociedade do professor definido a preto e branco.

Assim, uma escola construída, deve necessária mente ser inaugurada numa hora certa.

Então! O que é uma hora certa?

A hora certa é a hora pontual, onde o professor, alunos, pais e encarregados de educação. E, incluindo autoridades tradicionais, pastores, padres católicos, e outras entidades que devem estar disponíveis e bem-dispostos para dançar, orar, manifestar o seu ar de graça e dizer muito obrigado a quem concebeu e construiu a escola.

  1. Professor a preto e branco: Mais um dia, mais uma esperança

A inquietação acerca do papel do professor e o modo como a sociedade tende a tratar o professor frente à formação do educando no processo de ensino/aprendizagem vem, ao longo tempo, gerando motivos de contestação .

Assim, cada dia que passa, o professor definido a preto e branco, renova as suas esperanças, passando a afirmar-se para a harmonização de um novo dia e para a realização de um dever supostamente cumprido.

Assim, cada dia que passa, o professor ao tom preto e branco, passa prontificar-se para fazer o possível ou seja, fazer acontecer o acto de ensinar dentro do tamanho das suas possibilidades. Neste âmbito, a cada dia que passa, o professor é emanado a fazer o que estiver ao seu alcance. E, tudo que não esteja ao seu alcance, por mais que tenha noções de o fazer, vontade e conhecimentos sobre o mesmo, vale apenas não fazer.

A esperança do professor se renova ao amanhecer do dia. Isto, basta dormir, acordar, uma nova esperança se constrói, mesmo que esta esperança esteja longe dos anseios das suas realizações, o que importa é o novo amanhecer.

No novo amanhecer surge o novo dia, surge mais uma esperança. Mas, os sonhos dos professores não se realizam. Assim, o professor nasce da esperança de um povo prospera por um dia melhor, cresce na esperança de um futuro melhor e more na verdade da esperança moribunda.

Quando o novo dia chega com a esperança de um futuro melhor, o professor vive na crença de um dia ter uma casa bonita, comprar um carro, ter um seguro de saúde, ter um bono de família, um subsídio de deslocação, ter na sociedade um projecto denominada casa social do professor.

Há casos, que o professor acredita mesmo que tem na sua sociedade uma empresa vocacionada para facilitar-lhe a vida em conceder-lhe um crédito bancário com júris reduzidos. Acredita ainda que apareceu na comunidade, uma concessionaria que construiu casas com mobília no seu interior. E, que as mesmas são concedidas ao professor para que possa ir pagando paulatinamente.

  1. A mente do professor raiada a preto e branco

Mesmo com as imensas manchas pretas e brancas que revestem a vida do professor, .

Na vida psíquica do professor definido ao tom preto e branco, há uma ilusão perceptiva da realidade que lhe faz crer que talvez podendo viver numa condição miserável, esperando o aumento do salário, a sua vida muda automaticamente.

As atribuições do professor dadas ao tom de preto e branco, não são cobertas de sabedoria:

  • Sabedoria para a organização social e funcional do ambiente escolar;
  • Sabedoria para definir e compreender o bem-estar;
  • Sabedoria para compreender melhor e colocar em acção os factores do desenvolvimento económico e social;
  • Sabedoria para valorizar o capital humano;
  • Sabedoria para viver numa sociedade de valores, onde o capital humano, constitua a maior riqueza do universo.

Assim, na psique do professor, não há sabedoria:

  • Não há sabedoria para desenvolver a sociedade;
  • Não há sabedoria para compreender que é dever do estado, construir escola, garantir uma educação de qualidade para todos;
  • Não há sabedoria para compreender que ter um emprego, não é um favor social, mas sim é um direito inalienável;
  • Não há sabedoria para conceber um projecto de construção de uma escola;
  • Não há sabedoria para apostar na formação melhorada do professor;
  • Não há sabedoria para primar na melhoria das condições de vida e do trabalho do professor.

E, esta falta de sabedoria, leva o professor a pensar o seguinte:

  • É, ganhando muito dinheiro que se resolve o problema de instabilidade social:
  • A falta da estrada na sua localidade de trabalho não influi na melhoria das suas condições de vida;
  • A falta de casas sociais para os professores não dificulta a vida no local do trabalho;
  • A dificuldade na aquisição de uma casa própria não influencia no bem-estar psico-social do professor;
  • A instabilidade dos preços no mercado, não influencia na degradação das suas condições de vida;
  • A falta de um hospital ou posto medico escolar para atender os problemas de tratamento médico e de saúde dos professores, alunos, família do próprio professor, é uma questão mínima que não influencia na melhoria das condições de vida;
  •  A falta de um meio de transporte escolar para facilitar a mobilidade entre professores e alunos, não influencia na degradação do seu modo de vida e na qualidade do processo de ensino e aprendizagem;
  • O défice na produção de bens e serviços, é algo mínimo que não faz diferença no seu modo de vida;

 

  1. Metodologia utilizada

Trata-se de uma pesquisa de campo que foi realizada através de uma metodologia qualitativa que empregou as técnicas de observação participativa, observação não participativa, bibliográfica e de indagação oral que permitiu formular um questionário com perguntas abertas e fechadas, onde o professor participante no estudo, teve primazia de apresentar as suas opiniões e pontos de vista de uma forma livre.

Para tal, os professores questionados puderam responder de forma consciente as questões dirigidas.

E, o pesquisador, pela sua idoneidade científica, usou efectivamente a ética de investigação, sem toda via pressionar o professor participante. E, muito menos submeter ideias sobre ele os desejos de responder as questões apresentadas.

A pesquisa primou fundamentalmente no propósito de buscar uma descrição mais fenomenológica, ouvindo atenciosamente a historia do caso e o significado que cada participante dá ao seu propósito de ser professor na comunidade quer rural, urbana, suburbana, etc.

Em seguida, fez-se uma análise de caso, usando as técnicas de indução e de dedução, onde, o pesquisador, depois de ouvir de forma ética e cuidada o participante, generalizou o sentido histórico do fenómeno. E, partindo do geral, foi possível sintetizar a história do caso. E, tendo uma óptima apreciação da síntese do modo sintético do fenómeno, foi possível apresentar as ilações conclusivas que depois de terem sido analisados, serviram da súmula de conclusões e sugestões do problema honra estudado.

Toda a via, as conclusões depois de terem sido cuidadosamente apresentadas e analisadas, guiaram-nas para a construção contextuada das sugestões.

Por meio das sugestões adiantadas dentro desta pesquisa, o pesquisador teve a primazia de emitir algumas opiniões que depois de serem acolhidas pelos caros leitores, consumidores activos e ao público em geral, a que o estudo se dirige, hão-de servir de base de apoio para a solução do problema concernente ao tratamento menos digno que os professores têm merecido em quase toda a esfera social.

Pela mesma via, as sugestões deste estudo, puderam guiar uma foco de reflexões a nível social, cujo resultados, podem ser capaz de levar o professor e a sociedade em geral a ganharem consciência sobre a tamanha nobreza da profissão de professor.

E, vão estas mesmas sugestões, guiar as futuras razões de pesquisa científicas objectivadas no âmbito de pedagogia, educação e ensino, onde o professor é essencialmente o ser dotados de saberes sistematizados.

 

  1. Apresentação e discussão dos resultados da pesquisa

Os resultados deste estudo mostram que o professor é naturalmente um ser humano dotado de conhecimentos úteis para formação o ser humano fundado dentro das necessidades de cada sociedade. Por isso, o professor é um profissional consignado em transformar o homem em capital mais valioso da humanidade.

Por essência, ser professor não é uma simples missão ou papel social. Ser professor é ser um autêntico profissional que exercesse a sua profissão com tom de humanidade para emergir na pessoa, a dimensão humana insociável de fazer o bem, desenvolver sociedade e colocar-se ao serviço da humanidade.

É, o professor que forma todos os outros profissionais de castas altas da sociedade. O professor é nobre modesto que se sacrifica dia e noite para fazer acreditar que numa sociedade todo mundo é útil pelo seu saber, saber ser e saber fazer.

Apesar de tanto sacrifício e dedicação que o professor apresenta em prol do desenvolvimento social, a inconsciência social que emerge com as sociedades, juntos dos homens de pouca fé, proferem definir o professor num tom preto e branco, onde, através do tom preto o professor sofre todos os maus-tratos desta humanidade.

Pelo tom preto, o professor vive todas as humilhações do mundo, passando a ser uma pessoa de menos utilidade e de baixo nível social.

No tom preto, o professor passa a ser o profissional de menos valor social, cujo seu trabalho, não é digno de ser muito bem remunerado. E, por isso:

  • Em muitas sociedades o professor ganha um mísero salário;
  • O professor não tem direito, há uma casa social, atribuída pelas castas superiores das saciedades, como recompensa da sua árdua actividade profissional, concernente em fazer a humanidade cada vez mais digna;
  • Pelo tom preto e branco, o professor é marginalizado, não tem direito há todas as outras delícias da vida social e profissional, tais como: óptimas condições de trabalho, melhores salários, um seguro de saúde, boa alimentação, meio de transporte, etc.

No seu tom branco, o professor esconde todos os seus traumas e descargas emocionais que advêm da sociedade que não o tem com toda lealdade e dignidade. E, procura apresentar uma imagem de paz, amor, conforto e prosperidade. E, partilha o mesmo ar de prosperidade com aqueles que partilham junto o dia-a-dia, essencialmente os alunos, onde mostra que o futuro destes pupilos há-de ser melhor. No mesmo tom, o professor mostra que o futuro das novas gerações pode ser melhor. Pelo que, apesar de os ímpios amaldiçoar a profissão de professor, este marca a vida de toda a sociedade em todos os domínios. Por isso, vale mais que as sociedades primem em formar professores de qualidades para viver uma vida social mais deslumbrante.

  1. Conclusões

Por essência, o professor é um profissional que desempenha uma actividade de nobreza. A profissão de professor é a mais pura e vernácula da humanidade.

Mas, a natureza humana faz dessa profissão a menos digna, sem no entanto ter o melhor salário e melhores condições de vida e de trabalho.

O professor é ignorado em quase todos os grupos sociais, retirando-o parte da sua dignidade.

Assim, a vida do professor é manchada de tom preto e branco, onde no tom preto faz-se o retrato da impureza dos maus-tratos da sociedade. E, o branco expande a paz, o amor, nobreza e todas as riquezas viventes neste universo profissional.

Pela resiliência profissional, por si, o professor consegue preservar este tom branco, mostrando quão é valioso ser professor para humanidade.

6. Sugestões 

  • Que em toda instanciao professor continue a ser um profissional de excelência social;
  • Que o professor, desempenhe sempre as suas actividade com toda a nobreza;
  • Que o professor preserve cada vez mais a sua pureza profissional e seja mesmo ele construtor do humanismo e da humanidade;
  • Que os homens em todos os status, dignifiquem e recompensem o professor pela sua nobreza profissional;
  • Que as sociedades deixem de ignorar o professor, pois, quando a ignorância cega a sociedade, automaticamente o mundo perde o rumo para o desenvolvimento;

 

Bibliografia

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