A VIAGEM

                                  AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Viajei sobre os navios com as saudades dos adeus dos cais,

Águas por um lado e águas pelos outros lados eram como visões

Daquilo que transborda de ansiedade por ser como demais. 

Pelas manhãs imaginava cores que enfeitavam ainda mais,

 Por alguns florais,

No reflexo do sol que fazia uma estrada pra trás,

Deixada pela viagem talvez pra nunca mais.

As tempestades violentam as ondas e os ares ainda mais.

Pra bem longe fica o infinito ou o finito as visitas umbrais.

Pela abertura do mar das lendas das sereias imortais,

Pelas transparências dos sonhos que espelham brilhos como sutilezas nobres dos cristais

Em que a viagem seguia distante, adiante,

Pelas sirenes e faróis que tocavam e iluminavam o horizonte pelos seus sinais.

Nas superstições que inebriavam as ideias

Alertando sobre os choques das lembranças madrigais.

Unidos a inovação dos acasos das aproximações,

Das alianças que unem os apaixonados casais.

Por todos os proveitosos instantes,

Que supera as esperadas chegadas,

Daquelas que podem servir pra nunca mais.