INTRODUÇÃO

O transporte rodoviário é o modal mais representativo na matriz brasileira, existem cerca de 1,7 milhão de km de estradas no país (MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES, 2016), desses 255.040 quilômetros são rodovias estaduais, 1.339,26 milhões de quilômetros municipais, 119.936 quilômetros rodovias federais. 

Em 2013 foram gastos R$ 12,7 bilhões com a manutenção de rodovias no Brasil. Tal percentual ainda representa menos do que 5% do que a Confederação Nacional do Transporte, CNT, acreditava ser necessário para consertar as rodovias, que seria de R$ 355,2 bilhões (UOL, 2013).

CONTEXTO MUNDIAL

As primeiras tentativas de incorporação de borracha de pneus em asfalto aconteceram na década de 50, mas foi na década seguinte que a tecnologia despertou realmente o interesse dos cientistas e autoridades desse setor. O engenheiro Charles McDonald inspecionava rodovias pelos Estados Unidos. Em uma de suas viagens utilizou uma mistura de asfalto e pó de pneu para selar trincas no teto do seu trailer. Passado algum tempo, ele notou que a mistura não oxidava como acontecia com o asfalto convencional. Os primeiros artigos sobre o assunto começaram então a ser publicados em 1963 (Giulio, 2007). Hoje em dia o material já é amplamente utilizado nos Estados Unidos. No estado do Arizona, por exemplo 70% de suas rodovias são pavimentadas com asfalto borracha (Orsi e Simon). No Brasil, a utilização do material ainda é incipiente, apenas cerca de 2,5 mil km de estradas no país utilizam dessa tecnologia (Giulio, 2007). Sendo assim, esse material se apresenta como uma tecnologia não tão recente mundialmente falando. Entretanto, quando se trata do Brasil, ele ainda se apresenta como uma oportunidade promissora de desenvolvimento e aplicação.

PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS

Em obras de pavimentação rodoviárias, o pavimento é composto por um sistema de camadas de espessuras finitas, assentadas sobre o solo de fundação, subleito. Essas camadas são compostas de materiais de diferentes módulos de resiliência/rigidez e consequentemente, com características diferentes quanto a deformabilidade. Tais materiais tem como função final garantir a segurança e conforto do usuário (2006 apud FERRARA, 1993). [...]