A valorização das boas ações
Por Jean Carlos Neris de Paula | 21/03/2011 | FilosofiaO melhor exemplo
A pedagogia ensina que as pessoas aprendem com exemplos e não com palavras de conselho. Por isso, não adianta fumar e condenar o fumo, ser violento e condenar a violência, não ler e indicar a leitura.
A verdadeira atitude capaz de transformar positivamente a estrutura social hodierna é desprezar as notícias lamentáveis, tão enfatizadas pela mídia, e divulgar vigorosamente os bons exemplos encontrados na sociedade: no futebol, é recomendável destacar a lisura de um time que joga a bola para fora do campo, a fim de que o adversário possa receber atendimento médico; na política, não se pode deixar de elogiar aqueles que denunciam atos de corrupção, sujeitando-se às mais diversas possibilidades de represália, inclusive correndo risco de morte; na religião, é fácil conhecer líderes envolvidos em projetos sociais; na família, muitos pais e irmãos vivem unidos pelo amor; no meio empresarial, é possível identificar empresas que têm compromisso socioeconômico.
Dessa forma, uma análise reflexiva do comportamento comunitário revela que atos de boa-fé, felizmente, ainda podem ser vivenciados e devem receber maior destaque para que possam ter valor educativo, ou seja, é necessário criar a moda do bom exemplo. Assim, em vez de exibir um programa de TV que deu espaço de uma hora de sua programação, em horário nobre, ao "Maníaco do Parque", o qual recebeu logo depois centenas de cartas de mulheres apaixonadas, quem sabe a imprensa possa noticiar a delinquência, sem os habituais sensacionalismos, porém enfatizando noticiários de solidariedade, paz, justiça, respeito e, sobretudo, cidadania.
Jean Carlos Neris de Paula