No ano de 1918, no Século que viveram nossos avós apareceu uma terrível gripe. Confesso que não era nascido, mas meus pais contaram com muita evidência sobre esta terrível pandemia.

Minha mãe nos conta que meu avô materno foi uma vítima dessa gripe. A gripe ficou conhecida por populares como a “Gripe de 1918” e para outros chamavam de Gripe Espanhola.  No ano seguinte, em 1919 as coisas pioraram não só por aqui no Ceará. O Brasil foi vítima. O Nordeste foi infestado. No Rio de Janeiro grandes mortes. Até Rodrigues Alves, nosso Presidente da República foi vítima dessa grande gripe. Faleceu antes mesmo de assumir o cargo de Presidente do Brasil.

Menos de um ano, um vírus infectou ¼ (Um quarto) da população mundial. 500 (Quinhentos Milhões) de pessoas foram contaminados. Segundo estimativas mais quase 100 Milhões de pessoas morreram com a pandemia. Outras, ocasionadas pela Primeira Guerra Mundial. Pois, na época a Europa estava em guerra. Os países mais afetados foram Alemanha, Estados Unidos, França e Reino Unido. Dessa vez a China não contava como vilão dos primeiros contágios da gripe que também ficou conhecida como Influenza – Doença infecciosa causada por diversos vírus ARN que afeta vários mamíferos e aves.

A terrível gripe ou Gripe Espanhola ou Influenza tornou-se uma das epidemias mais mortais da história da humanidade, sendo a primeira doença causada por (INFLUENZAVÍRUSHN1). Apesar de ser conhecida como Gripe Espanhola, a Espanha se manteve neutra nessa pandemia. Alguns artigos alarmaram que o país estava com a doença epidemiológica, mas outra vertente desmitificou tal fato. Mesmo assim, a pandemia ficou sendo chamada de Gripe Espanhola.

O surto da gripe pegou de surpresa os mais jovens e os mais velhos, causando uma taxa de mortalidade altíssima. A falta de higiene, a desnutrição foi um dos paliativos para que a bactéria se alastrasse rapidamente. A propagação se dá com a pessoa infectada através do contato com parentes mais próximos, amigos, colegas, pela tosse e ou espirro. Os sintomas são febre, dor de cabeça, vômitos. Aparentemente a mesma relação com o COVID 19.

A terrível gripe aconteceu no final do ano de 1918 e se alastrou nos primeiros meses do ano de 1919. Uma curiosidade me chamou atenção nas datas e acontecimento dessa pandemia. Cem anos após essa terrível tragédia epidemiológica, um novo contágio veio de surpresa para a população mundial.

No final do ano de 2019, um novo caso se alastrou numa região litorânea de Wuhan na China, segundo conta os pesquisadores e jornais.

Para alguns que acreditam e estudam os fatos pode parecer semelhança. Ademais é uma coincidência muita propulsora em datas da terrível gripe e da pandemia que vivenciamos na atualidade. Uns comentam que a cada 100 anos aparecem uma nova epidemia que se torna em pandemia.

Assim contam pesquisadores que estudam os fatos da natureza como as enchentes, a seca, as pragas e também com os surtos epidemiológicos. Ela vai e vem com um determinado espaço de tempo. Mas, uma questão me intriga com o aparecimento desses casos fortuito e força maior.

Somos sabedores desses infortúnios. Um ser invisível e tão mortal deixa uma população inteira ser dizimada, porque não estudamos e aprofundamos nas pesquisas. Fomos à Lua A cibernética não é mais o bicho papão. A tecnologia de ponta está no primeiro mundo. O carro a energia solar não é mais novidade. A inseminação artificial já está por aí o Mundo globalizado. Vivenciamos o mundo da informação, do transgênico, do orgânico. Os mísseis podem atacar o inimigo por drone.

Digo a vós que o Homem não está preparado para enfrentar um inimigo tão mortal. Ele é invisível e anda bem pertinho de nós e não enxergamos. Pode fazer. de vítima seu filho, o pai, a mãe o avô e seu amigo, Sua família inteira pode está contaminada com essa bactéria e está ao seu lado.

Rogo a Deus a cura dos infectados que estão nos leitos dos hospitais dessa pandemia. Oremos e tenhamos fé que tudo vai passar.

Um dia, meu filho que vivencia a COVID 19, com cabelos esbranquiçados vai comentar dessa terrível pandemia para meu neto.


TEXTO E PUBLICAÇÃO DE WILAMY CARNEIRO

Dedico este pequeno artigo àqueles que se desdobram para a cura dessa pandemia. Nossos pesquisadores, cientistas, médicos, enfermeiros, auxiliares da saúde em geral, da limpeza. Profissionais emergências, motoristas de ambulâncias, Motoristas que transportam e faz chegar os mais diversos produtos que circulam em nossas rodovias, ferrovias e fluviais. Todos aqueles que andam em via terrestre, marítimo e aéreo. Aos atacadistas e proprietários de comércio local. OS ambulantes que nos abastecem dos insumos e alimentos in natura e hortigranjeiros Aos profissionais que labutam em suas residências E a população que contribuíram em ficar em casa. Meu, nosso sincero agradecimento.

NOTA:

Todos os direitos reservados a autor da obra. (Lei de Nº 9.610).

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Wilamy Carneiro é professor, pesquisador, memorialista e escritor. Autor de Literatura de Cordel e poesias publicada em livros e na web. Bacharel em Direito e Especialista em Meio Ambiente pela Universidade Estadual Vale do Acaraú no Ceará.