Karl Popper.

1902-1924.

Físico e matemático, com excelente formação em filosofia, desenvolveu uma teoria muito importante que influenciou a comunidade científica, criticou profundamente o critério até então utilizado pela Ciência o princípio da verificabilidade.

Ele colocou como única possibilidade para o desenvolvimento do saber científico o critério da não refutabilidade ou da falseabilidade o que na prática significa exatamente a mesma coisa.

Aplicação dessa metodologia na análise epistemológica é muito simples, da mesma forma o entendimento da sua concepção.

 Qualquer teoria científica se mantém como verdadeira até que seja refutada por outra melhor, uma nova perspectiva de paradigma.

Como isso acontece no mundo prático das Ciências, quando simplesmente é mostrada sua falsidade, um paradigma sendo falso, ele terá que necessariamente ser substituído por outro, porque a Ciência não desenvolve, evolui sem um determinado modelo ou paradigma.    

A Ciência para Popper ela vai se evoluindo construindo se com falhas, não por ser incompleta naturalmente,  mas  na Ciência, algo tido como certo hoje, amanha transforma em um paradigma inclusive sem sentido, tanto é verdade que os mesmos correspondem a tempos históricos e modelos culturais distintos.

No entendimento de Popper nenhuma teoria, poderá ser verificada empiricamente, essa ideia da não verificação empírica deixou a comunidade cientifica assustada, porque o único caminho que restou a Ciência da natureza contemporânea foi o método empírico.

  Com isso a utilização da lógica indutiva cairia por terra, à outra lógica até então dedutiva, seus princípios silogísticos prendem a Aristóteles e sempre foi considerada metafísica rejeitada veementemente pela nova Ciência.

Mas Popper tinha suas razões as quais serão fundamentadas aqui, o motivo naturalmente da sua descrença no método empírico, com isso ele não estava desmerecendo totalmente essa metodologia, o que ele desejava era de fato limitar o entusiasmo dos empiristas, e, de certa forma conseguiu pelo menos no mundo científico despertou questionamentos.

Para Popper o empirismo do ponto de vista lógico não era nada evidente, como poderiam justificar afirmativas corretas, de princípios universais a partir naturalmente de fundamentos particulares, é a velha questão da antiga física aristotélica, não se chega ao conhecimento universal pelo método particular.

Exatamente esse o ponto da sua discordância em relação ao método empírico o único aplicável às Ciências da natureza.

 Mas se sair do procedimento indutivo, as Ciências da natureza teriam que voltar ao caminho do velho método dedutivo, ou seja, da lógica formal aristotélica.

 Isso seria pior para as Ciências da natureza, fazer de certa forma recurso à metafísica, por outro lado, seria inteiramente improcedente, do ponto de vista da lógica formal.

Diz Popper em justificativa a sua crítica, contra o método empírico, por mais numerosas que sejam as assertivas particulares, por maiores convencimentos que as mesmas dão aos seus sujeitos em análise, a conclusão jamais poderá ser absoluta.

Na verdade é um pouco da dúvida de Hume, qualquer conclusão revelada com esse princípio num futuro não muito distante, poderá se revelar falha, ser produto de equívocos relacionados à própria observação.

 Cita um exemplo clássico, para limitar o procedimento empírico.  Por mais números que sejam os cisnes brancos, jamais podemos concluir que todos eles serão eternamente brancos.

Na verdade o método da refutabilidade em Popper aplica-se a metodologia empírica, porque para o filosofo é muito difícil também trabalhar em termos das Ciências da natureza com aplicação da lógica formal e o uso do método dedutivo.

Mas o que Popper desejava ele conseguiu, isso é o mais importante, mostrar a comunidade científica que tudo em questão do desenvolvimento das Ciências tem caráter de transitoriedade.

 A validade de uma teoria para Popper cumpre sua função de tempo histórico, se mudar a mentalidade cultural de um determinando período da história, poderá consequentemente mudar também seus paradigmas.  

O que significa que as Ciências da natureza e qualquer tipo de Ciência não são puros trabalha em suas metodologias com elementos da cultura.

 Isso  significa que poderão estar intermediados na análise ou na compreensão de qualquer fato fenomenológico elementos culturais de ideologias.

Exatamente por esses motivos também, que uma teoria é válida até ao momento que for refutada, mostrando exatamente a comunidade científica sua falsidade, diz Popper uma teoria pode ser aprovada, mas nunca sua validade é absoluta.

 Outro ponto desenvolvido por Popper em ataque aos empiristas é que a mente humana nunca pode ser uma tábua rasa, porque as observações são sempre realizadas a partir de pressupostos e teorias antes estabelecidas que orientem os procedimentos esperados, confirmados ou não.

Essa questão é polêmica, em razão que a teoria da tábua rasa defendida pelos empíricos, não tem nada a ver com as referencias de Popper, pois refere  especificamente a criança ao nascer.

 Não existe absolutamente nada no cérebro, pois todas as formas de conhecimentos são construídas e só posteriormente as crianças no seu desenvolvimento recebem como herança do saber, seja qual for seu nível de relacionamento com o conhecimento.

A Respeito do método indutivo fundamento no empirismo deseja ser universal, a universidade do empirismo, não tem anda a ver com os pressupostos da universalidade do outro método, ou seja, os pressupostos do método dedutivo universal da lógica formal aristotélica.

Para finalizar Popper transferiu alguns equívocos seus,        resultados em razão do pouco domínio da filosofia, como se fossem equívocos do método empírico, principalmente a questão da indução.

 O que não é da natureza das Ciências empíricas em geral.  Mas o seu grande valor foi mostrar o caráter transitório dos paradigmas e suas ligações com seus devidos tempos, nesses aspectos foi muito bom.  

Edjar Dias de Vasconcelos.