Autora: Anaildes Dalmagro Teixeira

1-Assunto/tema: A televisão na educação infantil.

2-Justificativa

A didática, num contexto geral nada mais é que um método enquanto meio de apropriação de conhecimento. O método é uma questão filosófica colocada no contexto da questão educacional. No Brasil de hoje essa questão deve considerar a nosso ver, a educação escolar na sua relação com as classes sociais.

O indivíduo e a sociedade são tomados como uma só realidade, que se movimenta, se transforma através das relações que a sua historicidade determina.
Se hoje o saber de que se trata na escola não tem "fascinação" das coisas vitais, é porque outros meios, que não o método de trabalho do professor, estão recebendo investimento dos técnicos e dos administradores do sistema educacional. Vamos falar da televisão, que é um objeto que pode tanto ensinar a criança da forma mais sutil, como pode também atrapalhar o aprendizado da criança. O lado positivo da TV é que é um meio de comunicação muito rápido, a notícia chega e logo já é expandida por todo o mundo. Mas para a criança ela tem que ser trabalhada de uma maneira que a criança não só olhe para a TV, mas que ela assista, ela consiga interpretar de forma clara o que ela está vendo. As crianças adoram assistir desenhos, mas nós pedagogos, temos que saber trabalhar a partir desse desenho de forma a mostrar para a criança os pontos positivos do desenho, que estará trabalhando o desenvolvimento da criança. Já por um outro lado temos também o lado negativo que são as imagens, as músicas vulgares que a mídia traz para dentro da nossa casa.

Como tudo tem dois lados, a televisão não é diferente, ela tem o lado bom para educar nossas crianças como tem o lado ruim. Nós pedagogos precisamos sempre procurar trabalhar o lado positivo da televisão, e não só da televisão, mas de todo meio de comunicação, sem esquecer a capacidade que o ser humano possui de representar para si, o estado do mundo em que se encontra, de reagir a ele conforme a qualidade das percepções que tem e de solucionar as situações problemáticas que se opõem a finalidade de sua sobrevivência como individuo e como espécie.

Assim, diante dessas questões, a partir dos conhecimentos didáticos, buscaremos com essa pesquisa identificar/formular a metodologia adequada para o nosso trabalho com a TV em sala de aula, evidenciando os pontos negativos e positivos.

3- Formulação do problema:

Será que a televisão é realmente um grande inimigo da criança?

4-Objetivos

Objetivo Geral:

- Analisar o uso da televisão na Educação Infantil.

Objetivo Específico:

- Refletir sobre o uso da televisão na Educação Infantil, seus prós e contras, e a melhor maneira de usá-la.

- Buscar fundamentos teóricos sobre a televisão e a educação.

- Analisar programas infantis como possibilidades didáticas.

5- Resumo:

Esse artigo tem como objetivo realizar um exercício reflexivo sobre a televisão na educação infantil e na sua formação enfatizando a análise sobre o papel da televisão nesse processo educativo. Para isso, discutimos o seu lado positivo e negativo, sempre em contraposição uma com a outra e como consumidores da industria Indústria Cultural, buscando evidenciar o papel deformativo que a televisão exerce na formação ideológica para o consumo. O texto aborda as contradições inerentes ao uso da TV nos processos educativos da infância, indicando que a mediação pedagógica dos educadores necessita materializar-se no sentido de ensinar as crianças a verem TV de maneira refletida e crítica, sempre com a ajuda dos pais juntamente com os professores ajudando tanto a criança como os pais e educadores a identificarem os bons e os maus programas a serem introduzidos na educação infantil. Por fim, a televisão tem se destacado pela sua ampla capacidade de atingir as diversas classes sociais. A discussão sobre a televisão e sua influência na formação das crianças na educação infantil, necessariamente passa pela inserção deste tema ambíguo sendo determinante para a criança.

6- Introdução

Esse artigo é o resultado da pesquisa desenvolvida no curso de pedagogia, que teve por objetivo discutir o uso da televisão na educação infantil, visando responder a seguinte questão: Será que a televisão é o grande inimigo da criança?

Para isso a metodologia falou sobre os pontos negativos e positivos da televisão. Este trabalho de análise desenvolvida, rodeou a todo tempo a Televisão em solo educativo, mediante a análise de alguns questionamentos em torno da introdução da TV no interior da Educação Infantil, com ênfase em autores como Libâneo, Alves e Monteiro, entre outros.

A televisão na Educação Infantil deve ser incentivada expressivamente na escola, complementando o processo de ensino-aprendizagem e como um exercício intelectual e de cidadania necessários na sociedade que faz uso intensivo dos meios de comunicação, a fim de que sejam utilizados crítica e criativamente. A escola que incorporar os meios de comunicação poderá desenvolver educação ativa e criativa por meio deles. Promover a utilização da TV como recurso pedagógico é fazer com que a escola tenha o material que vai possibilitar a produção de conhecimento na criança. Mas para isso, é preciso que ela aprenda antes de qualquer coisa a assistir à TV, podendo compreender as imagens e as mensagens enviadas por ela.

Em linhas gerais, a pesquisa foi direcionada para os procedimentos empregados no uso da televisão na educação infantil e seus possíveis benefícios e desvantagens.

7- Fundamentação Teórica

A televisão é um recurso muito poderoso que devemos usar a favor do processo educativo. É uma ferramenta na qual conseguimos atrair os alunos para sua própria realidade e linguagem. Se o professor usar essa forma de linguagem ele terá, cada vez mais, a tão sonhada atenção dos alunos em suas aulas.

Usar a televisão dentro da educação infantil contribui para desenvolver a imaginação das crianças, porém, com alguns cuidados. Pacheco, em seu livro Televisão, Criança E Imaginário, salienta que:

"Crianças usam a TV como uma das fontes de onde extraem material para organizar e interpretar suas experiências vividas, só que essa fonte tem uma energia tremenda. É aí que devemos entrar como professores e pais responsáveis". (PACHECO, 1998, p. 48).

A idéia de usar a TV a favor da educação, aproveitando a programação educativa para estimular o aprendizado e o pensamento crítico desde cedo, ajuda a formar um cidadão critico. A TV faz parte do cotidiano de todas as pessoas. E as crianças devem ser ensinadas a consumir criticamente a mídia.

A escola tem um papel importante na educação crítica dos pequenos, ela escolhe os livros que eles devem ler, então, por que não escolher também os programas e levar a discussão para a sala de aula? E como escolher um bom programa para seu aluno? Tem que ser atraente, despertar a imaginação da criança, trazer bons exemplos. E o mais importante se é bom ou ruim é o uso que se faz com determinado programa.

"O papel principal dos educadores (independente do nível que atua educação infantil, ensino fundamental, médio ou superior) diante da televisão, é o de ensinar os indivíduos a verem TV, possibilitando a estes, instrumentos de criticidade, programações de relevância, reflexões sobre o assistido na instituição e em casa". (ADORNO, 1995, p. 79).

Neste ponto de vista, a TV torna-se então um importante meio pelo qual as crianças extraem material para interpretar o real e recriá-lo.

A televisão entra na vida da criança quando esta ainda nada conhece do mundo e os programas infantis informam ou formam sua personalidade, participando do processo de desenvolvimento mental da criança.

Ferrés, em seu livro Televisão e Educação, diz que uma forma adequada de integrar a televisão à sala de aula, propõe que se deve educar com a televisão. Incorporá-la à sala de aula para otimizar o processo de ensino-aprendizagem. Transformar a televisão em material de apoio, que motive o aluno a pesquisar, a buscar mais.

"A televisão pode ser um recurso pedagógico quando o educador propõe a discussão sobre o conteúdo programado. Assim o telespectador terá capacidade de fazer uma leitura crítica, decodificando mensagens, refletindo sobre elas e ainda construindo suas próprias conclusões. Questionar as imagens e diversas condutas dos personagens nos episódios e até mesmo se colocar no lugar deles é um meio de discernir o conteúdo do programa". (RUIZ, 2008)

Vídeos educativos sugerem temas e atividades. Novelas, seriados, desenhos animados, noticiários, etc. Qualquer programa de televisão pode ser usado na sala de aula para introduzir ou aprofundar conteúdos e para discutir valores e comportamentos. A televisão usa ação, imagens e sons especialmente selecionados para prender a atenção das crianças. Ajuda na formação de memórias de longa duração. É capaz de desenvolver a imaginação dos jovens, e as histórias que ela conta são tema de conversas e debates acalorados entre eles.

Existem os programas violentos, os que conduzem valores distantes do que os educadores querem passar aos alunos e os que tratam a realidade de maneira simplista ou equivocada. Mas inclusive esses podem render bons frutos. Tudo o que passa na televisão é educativo. Basta o professor fazer a intervenção certa e propiciar momentos de debate e reflexão.

"As novelas, minisséries, seriados ou episódios contam histórias do cotidiano. Ao abordar conflitos pessoais ou sociais comuns, prendem a atenção pela previsibilidade ou pelo humor. Essa relação entre o real e o imaginário atrai os telespectadores, que se identificam com situações ou personagens. A aproximação com a vida real fornece rico material para discutir valores e comportamentos". (0LIVEIRA, 2008)

Entre as citações é importante acrescentar que "uma escola que não ensina como assistir à televisão é uma escola que não educa". Afirma o pedagogo espanhol Joan Ferrés. Ele observa que a tendência no meio escolar é a de adotar atitudes unilaterais diante do fenômeno da televisão.O maior atrativo da televisão é ela ser puro entretenimento. Ela trabalha com humor e síntese e conta histórias sem parar. E, bem trabalhada em sala de aula, pode ser o recurso que faltava para tornar as aulas mais dinâmicas e atraentes, colaborando assim, para que o aluno participe mais das atividades propostas, buscando novas informações e novos meios de aprender.

Quando a televisão é usada corretamente na sala de aula, ela leva a resultados gratificantes, tanto para os alunos, quanto para o professor. No entanto, se podemos afirmar que a televisão trás pontos positivos, com certeza também trás pontos negativos.

A mídia coloca a criança em frente á TV, onde a criança assiste a programas que não são recomendados a sua idade. Os próprios desenhos hoje são de violência, onde a criança só tira imagens ruins e valores errados.

Hoje em dia os pais trabalham fora o dia todo para o sustento da família e a criança passa a maioria do tempo em frente em frente à televisão, assistindo o que passa. Mesmo durante o dia passam programas não recomendados para crianças pequenas.

"Durante as horas que passam na frente da televisão, as crianças e os adolescentes ficam vulneráveis a seu conteúdo. De acordo com pesquisa realizada na Suécia, publicada em 2004 no site do Instituto de Estudos da Televisão, com apenas 8 anos de idade, uma criança já foi exposta a 40 mil cenas de violência". (NJAINE, 2008; CARELI, 2008; VIVARTA, 2008)

Sabemos a importância dos primeiros anos de uma criança. Se as crianças não receberem o estímulo e apoio que necessitam nesses primeiros anos, elas crescerão para se tornarem adultos marginalizados. Sua saúde, alfabetização e habilidades físicas são muito importantes. Mas tão crucial para seu bem-estar social como estes fatores é o desenvolvimento de sua inteligência moral e emocional. As crianças requerem corpos saudáveis, mentes educadas, e o entendimento de seu propósito social.

Infelizmente na mídia de hoje passam muitos programas vulgares, escandalosos que chegam a atingir a moral, principalmente das mulheres, porque as mulheres são o alvo da mídia brasileira. Sua imagem está estampada em revistas, jornais, nos programas de TV do domingo que são assistidos pela família. Devido a tanta vulgarização e violência nos programas considerados familiares, hoje não dá mais para assistir TV com os filhos na sala.

"Mesmo não sendo responsáveis diretos pela violência e suas manifestações, os meios de comunicação podem e devem representar um papel central em uma ampla articulação de esforços voltados para o enfrentamento do problema. No complexo processo de influência da mídia, vale lembrar, as temáticas ou enfoques privilegiados pelos meios de comunicação acabam alcançando impacto potencializado sobre a sociedade". (NJAINE, 2008; CARELI, 2008; VIVARTA, 2008)

O que é necessário fazer é que pais e responsáveis por crianças menores selecionem melhor a programação que seus filhos assistem. Que sejam programas apropriados para crianças, para a idade que se encontram.

Como tudo tem dois lados, a TV não é diferente, tem seu lado positivo e também seu lado negativo. A televisão é a mídia mais utilizada por crianças e adolescentes. E é a principal fonte de lazer e de informação deles.

Nós, como pais e educadores, não devemos proibir nossas crianças de verem TV, mas devemos ensiná-las a vê-la. Tudo na vida deve ter um limite. Uma criança não deve ser punida por ultrapassá-los, mas sim orientada. Não adianta de nada um pai deixar seu filho diante da TV e impor os canais que ele deve assistir. Assim que for embora ele estará livre para pôr justamente os canais "proibidos". Mas se o pai senta com o filho, mostra e faz com que ele entenda que aquilo que ele está assistindo não é bom e mostra uma coisa que é boa e certa, o filho bem educado compreende e aceita, sendo guiado ao senso crítico.

A televisão pode ser vista, também, como uma solução simples e barata de lazer para toda a família, seja por falta de tempo ou dinheiro, até mesmo para a família interagir, discutir valores e comportamentos. A criança, por meio da televisão tem acesso ao mundo digital, à informação e o mais importante de tudo: a elevação da consciência crítica, para que no futuro tenhamos homens e mulheres que construam uma sociedade menos hipócrita e mais justa.

Mas como tudo na vida tem dois lados com a televisão não poderia ser diferente. A TV tem seu lado positivo e cultural, possui programas infantis com conteúdo educativo, como também tem o que deseduca e o que apenas diverte.

Rubens Alves (1999), fala que a televisão conhece os caminhos dos seres humanos, onde com esse conhecimento vão seduzindo nossas crianças com sonhos pequenos e freqüentemente grotescos, onde assombra-se a capacidade dos meios de comunicação para criar sonhos; a criança precisa sonhar com certeza, mas não podemos deixar nossas crianças viver só de sonhos e a televisão sabe que as pessoas, mais em especial as crianças são movidas pela beleza e não pela verdade.

A televisão é um meio mais eficaz de divulgar uma mensagem para inúmeras pessoas ao mesmo tempo, mas qual mensagem? a resposta: qualquer mensagem para qualquer pessoa que esteja em frente a TV; temos inúmeras mensagens sendo captadas e assimiladas por quem não deveria:

As crianças. Mas que mensagem são essas? as cenas de violências ,eróticas, que a TV mostra em qualquer horário sem nem um pudor e muitas dessas imagens fazem mal as crianças. (Nogueira, 2008)

A criança muitas vezes, não compreende o que está vendo, mas assimila essa imagem, e conseqüentemente essas imagens vão atormentar a mente da criança que vai dormir com as lembranças do que viu na televisão, imagens confusas, tenebrosas, e crianças não sabem o que significam, e nem sabem diferenciá-las da realidade. Cabe aos pais ou responsáveis saber o que seus filhos estão assistindo na TV.

Não é uma tarefa fácil, por que se não vêem em casa, vêem na casa dos amigos, dos vizinhos, e com esse argumento muitos pais simplesmente desistem de controlar o que seus filhos estão assistindo. Os pais tem que exercer seu papel de educadores e não deixar que a que a TV eduque suas crianças, virar as costas para o problema não é a solução, é dever e obrigação dos pais ver e acompanhar o que seus filhos estão assistindo, e colocar limites. (Nogueira,2008)

Uma criança de sete anos aprende por imitação, reproduzindo o comportamento de alguém de seu convívio, exemplo: personagem da televisão, modelos negativos podem ser inspirados por elas; sem falar no consumismo que são características da infância, porque a criança é curiosa, e com certeza a TV terá proveito disso com propagandas enganosas.

Com certeza se de um lado temos que valorizam a TV, que são as noticias do mundo, temos também um outro lado que nos faz muito mal, principalmente para nossas crianças que desde pequena já assistem TV, primeiro começam assistindo desenhos, alguns são de luta, poder, brigas, morte etc. Aos 12 anos de idade começam assistir novelas, filmes, e então eles começam a ver cenas de morte, violência, de sexo, etc. E onde está o valor? os valores onde ficam? os valores que referidos aqui é que hoje não sentamos mais a mesa juntos para jantar ou almoçar por que sempre tem um sentado em frente a televisão, e aquela roda que a família se reunia para tomar chimarrão e as conversas, as crianças sempre do lado não existe mais hoje, por que a TV entrou nas nossas casas e nossas crianças não brincam mais como antes com brincadeiras de roda, de faz-de-conta por causa da televisão.

Há quem diga que a TV nunca funcionou na escola, pode até ser verdade. Mas outra verdade maior ainda, é que a TV dentro, e também fora da escola, não é usada de maneira correta, ela é considerada um mal a infância por falta de conhecimento.

A escola precisa repensar urgentemente a sua relação com os Meios de Comunicação, deixando de ignorá-los ou considerá-los inimigos. A escola também não pode pensar em imitá-los, porque nos Meios predomina a função lúdica, de entretenimento, não a de organização da compreensão do mundo e das atitudes. (Moran, 2008)

Uma maneira interessante de inserir a TV no cotidiano da educação infantil é através de programas infantis que valorizem os bons sentimentos, as boas maneiras. Onde a criança consiga identificar o certo do errado, estimulando e ajudando a criança a valorizar atitudes e valores corretos. Assim é descoberta uma nova forma de produção de conteúdo consistindo em uma nova relação entre Escola-Comunicação-Aluno.

Moran, (1994) afirma que "Os alunos se motivam muito mais, sem dúvida, com qualquer proposta de expressão audiovisual." Isso porque as crianças são facilmente influenciadas pela TV. Toda forma de comportamento vista por ela na TV, é copiada por elas, porque crianças imaginam muito. Vivem num mundo imaginário, de faz-de-conta, e por isso a TV é muito influenciável na infância.

Assim como os educadores devem ensinar as crianças a assistir TV, os pais também devem. As crianças não aprendem apenas quando estão na escola. Elas aprendem desde a hora em que acordam até o momento em que fecham os olhos para dormir. A televisão e outras formas de mídia são professores naturais pelos quais elas têm atração. A questão é saber o que ensinam. Se conseguirmos usar o poder da televisão e de outras mídias para promover ensinamentos sobre escrita, números, ambiente e diversidade, poderão utilizar esse "tempo livre" em frente à TV para fomentar o amor ao aprendizado. Isso ajudará não apenas no desempenho escolar, mas também no futuro da criança.

Para incorporar em nossa prática pedagógica a utilização da televisão existe uma infinidade de estratégias salutares. Libâneo (2001) aponta alguns encaminhamentos para o trabalho da mídia na escola e suas conseqüências positivas, enfocando que:

[...] as mídias apresentam-se, pedagogicamente, sob três formas: como conteúdo escolar integrante das várias disciplinas do currículo, portanto, portadoras de informação, idéias, emoções, valores; como competências e atitudes profissionais; e como meios tecnológicos de comunicação humana (visuais, cênicos, verbais, sonoros, audiovisuais) dirigidos para ensinar a pensar, ensinar a aprender a aprender, implicando, portanto, efeitos didáticos como: desenvolvimento de pensamento autônomo, estratégias cognitivas, autonomia para organizar e dirigir seu próprio processo de aprendizagem, facilidade de análise e resolução de problemas, etc (LIBÂNEO, 2001, p. 70).

Existem inúmeras estratégias que permitem a introdução da televisão nas atividades da Educação Infantil, permitindo o desenrolar de momentos construtivos e evidenciando o conteúdo midiático de forma crítica. Podem ser estabelecidos elos importantes com a televisão:

- Discutindo-a, como fator motivacional, apoio, pesquisa e novas formas de expressão.

- Em relação aos procedimentos que nortearão uma proposta de trabalho baseado no emprego dos audiovisuais na educação.

Monteiro e Batista a esse respeito listam três vias de interceptação:

É o professor que define a escolha das imagens e o uso que dará a elas no processo pedagógico. Ele poderá utilizar os audiovisuais:

* como elemento motivador, antes de uma atividade ou debate;

* como apoio a uma explanação oral a uma sistematização escrita;

* como fechamento do processo de trabalho, ilustrando e complementando informações já trabalhadas com outros meios (MONTEIRO, BATISTA, 1998, p. 35).

Portanto, o uso da TV articulada com a educação infantil pode tanto ajudar no desenvolvimento da criança como pode ser também uma "arma" contra a boa educação.

O que vai fazer que a TV seja aliada ou não é a maneira como a mesma será introduzida e usada na educação infantil, e isso não é apenas uma função da escola, mas também de toda a família.

8- Considerações Finais

A televisão na educação infantil veio para criar novas estratégias nunca esquecendo de estabelecer um clima lúdico e criativo, transformando essa atividade numa tarefa agradável e prazerosa para as crianças, além de educativa. Ressaltando que a televisão pode educar, como também deseducar.

Vale salientar que tais sugestões não devem configurar-se como receitas prontas e acabadas, porque tudo é um aprendizado. Elas devem servir como subsídios para a definição de uma maneira particular de utilizar a TV no espaço da Educação Infantil, porém, é importante lembrar que o papel do educador é fundamental, nunca deixando que os profissionais da comunicação o façam. Não é fácil, mas virar as costas para o problema só faz aumentá-lo, acumulando problemas educacionais na criança futuramente. Mas isso não é só função do educador, como também dos pais que devem estar atentos em casa a que programas suas crianças estão assistindo, pois nem todos os programas destinados a educação infantil são realmente recomendados ao público infantil.

Existem várias estratégias que permitem a televisão ensinar nas atividades pedagógicas facilitando o aprendizado da criança desde muito cedo, mas também dependendo da forma como é utilizada pode se transformar num grande inimigo da educação infantil. Nem sempre a televisão é usada de forma correta tanto pelos pais quanto pelos professores em sala de aula. Sendo assim perguntamos: a televisão faz mal ou bem à criança? Mesmo que seja introduzida da melhor maneira possível, será que ela contribui somente para o bem? Ou será que ela é mesmo considerada o mal da infância?

Há quem diga que a criança só aprende na escola, há outros que falam que o aprendizado começa em casa, mas tudo isso é muito polemico nos dias de hoje devido à mídia que nos coloca numa situação difícil porque se por um lado ela estimula o aprendizado, por outro ela degenera com seus programas autodestrutivos. Porque ela influência e conduz o inocente telespectador infantil, que sem muita noção acaba por imitar o que vê e ouve, trazendo problemas futuros, tanto na sua vida pessoal como na sociedade em que vivemos, que impõe um padrão a ser seguido geralmente influenciado pela mídia.

9- Encaminhamento Metodológico

Esta pesquisa tem por finalidade buscar um aprofundamento teórico sobre a televisão na Educação Infantil. Para isso explorar-se-ão os seguintes encaminhamentos metodológicos: quanto à natureza do trabalho/projeto, será de resumo (fundamentada em trabalhos mais avançados, publicados por autoridades no assunto), quanto aos objetivos, inicialmente se fará uma pesquisa exploratória e em seguida, a metodologia será aplicada, visando aprofundar o conhecimento com relação a realidade educacional, quanto aos procedimentos a pesquisa será bibliográfica com ênfase nos autores: Adorno, Rezende, Pacheco, Ferrés.

10- Referências

ADORNO, T. W. Educação e emancipação. São Paulo: Paz e Terra, 1995.

ALVES, Rubens. Entre a ciência e a Sapiência. 9º Ed. Edições Loyola, são Paulo, Brasil. 1999.

FERRÉS, Joan. Televisão e educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.

LIBÂNIO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora. São Paulo: Cortez, 2001.

MONTEIRO, Marialva, BATISTA, Lucinéia. Trama do olhar: Cadernos da TV Escola. Brasília: Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação à Distância, 1998.

MORAN, José Manuel. Os Meios de Comunicação na Escola. Série Idéias. 1994.

Disponível em: <http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/c_ideias_09_021_a_028.pdf>.

PACHECO, Elza Dias. Televisão,criança,imaginário e educação. Campinas, SP: Papirus, 1998 – (Coleção Papirus Educação).

REZENDE, Ana Lúcia & REZENDE, Nauro Borges. A tevê e a criança que te vê. São Paulo: Cortez, 1989.

http://www.firb.br/interatividade/_private/Televis%C3%A3o.htm

http://br.geocities.com/info_caxias/oficina_tvescola.htm.

http://www.le.panto.com.br/tvecria.html

http://www.midia.lunde pendente.org

http://www.unicef.org/brazil/pt/Cap_04.pdf