A Substância do fundamento.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 05/07/2013 | PoesiasA Substância do fundamento.
Tudo é repetição.
A mesma coisa.
Para sempre.
Nada muda.
O eterno silêncio.
Apesar da realidade.
Ser o movimento.
O mundo vai e volta.
O princípio da matéria renova.
A cada ciclo.
A realidade.
Repete-se eternamente.
Conservando-se.
O fundamento da química moderna.
O que significa essa funcionalidade.
Estar nesse mundo.
O repetir perdidamente.
Criando ilusões.
Fabricando fantasias.
Enganando a si mesmo.
O mundo é essa perspectiva.
Mas um dos dez segredos.
Leva o homem ao delírio.
Nega-se a evolução da metafísica.
A impossibilidade de Deus.
O que deve ser descrito.
Pela acepção da ausência.
O que vou então revelar.
A origem de tudo.
O infinito do universo.
O que não teve começo.
Meio e fim.
A ausência de luz.
A percepção da antienergia.
O que significa a falta de matéria.
Apenas o escuro.
Denso.
Absolutamente frio.
Bilhões de graus negativos.
A produção indefinida de gelo.
Movimentando no universo.
Sem fim.
Há trilhões e trilhões de anos.
Iniciou-se um processo químico.
De evolução.
Concentração de energia.
Que no princípio.
Surgiu-se do gelo.
Motivo pelo qual.
No infinito.
Existem incontáveis mundos.
O que chamamos.
De universos paralelos.
Ou contínuos.
É o principio do fundamento.
De tudo que existe nas infinitas.
Galáxias.
Exatamente por essa explicação.
A origem de todas as formas da matéria.
Os mundos originaram do nada.
Da antimatéria.
Da falta da energia.
Não existe nenhuma outra explicação.
Para a origem de todas as coisas.
O mundo é exatamente por explicação.
A falta de finalidade.
A ideia de Deus é absurda.
Antes de todas as coisas.
Era o nada.
Como o nada poderia.
Transformar-se em Deus.
Uma ideia completamente irracional.
Então existia o nada.
E o nada se fez Deus.
Isso é delírio.
Sendo que o mesmo criou o homem.
Dando ao referido privilégio.
Por favorecer a ele.
O desenvolvimento da linguagem.
Deus não teria o direito de dar ao homo sapiens.
Tal destinação.
Foram onze formas de hominídeos.
Sobreviveu apenas a nossa tipificação.
As demais foram extintas por diversos motivos.
Na verdade.
O homem quando morre.
É como se não tivesse nunca existido.
Não tem diferença de uma pedra.
Presa as leis da natureza.
Mas o homem conseguiu inventar ideologias.
Uma delas Deus.
A outra o conceito de superioridade.
Então por quê.
O homem teve de ser essencialmente.
Do modo que é.
Todo mecanismo do modo operante.
Humano.
É igual a qualquer outro animal.
Tudo que existe sobre a natureza.
Tem apenas a função de reciclar a mesma.
Existimos apenas.
Para reconstituir o ciclo.
Sem motivo de ser.
Nada tem finalidade.
Nem mesmo a origem dos universos contínuos.
O mundo é uma eterna repetição.
Do mesmo modo.
Tudo que existe.
A única coisa que prevalece é o fundamento.
De uma exuberante substância.
Eternamente sendo e deixando de ser.
Cada momento em particular.
Esgota-se a individualidade.
Aquele que foi.
Jamais poderá existir.
A única transcendência.
É o fundamento da mudança da natureza.
Edjar Dias de Vasconcelos.