Ninguém que a vê tão comumente
Simples
Imaginaria dizer que não fosse
Linda
Mas quem imaginaria que na mente
Brilhante
Caberia espaço para tal sentimento
Insignificante.
De desprezo por si mesma
Deprimente
Achar-se abaixo do feio
Demente
Como superar tal equívoco
Impossível
Se a cabeça e os olhos não destacam
Escondem
O que a torna bela e atraente
Surpreendente
Saltam-lhe imperfeições, nada mais,
Tristemente
Olha-se e julga-se inferior
Humilhante
E espera que não se quebre a visão
Falsamente
Que conseguiu despertar em outros
Esforçadamente
De lhes parecer divina
Ilusoriamente
Não sabendo se engana mais a si
Dubiamente
Ou aos outros que a vêem como
Arcanjo.

Solange da Cruz Alves