A SENSIBILIZAÇÃO COMO FORMA DE FORTALECIMENTO DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL NO CAPS II DE UMA CIDADE NO INTERIOR DO CEARÁ
Por Romulo da Silva Cardoso | 04/09/2019 | PsicologiaRESUMO
Esse trabalho tem sua gênese nas questões que envolvem o cuidado com os usuários e a autonomia dos mesmos. O tema escolhido deu-se diretamente através da minha experiência de inserção por meio de um Estágio Supervisionado que teve duração de um ano no serviço CAPS II Damião Ximenes Lopes na cidade de Sobral - CE ao qual esteve disponível a aceitação de estagiários do Curso de Psicologia e que esteve de forma pontual aberto ao aprimoramento da minha intervenção quando pontuado uma significativa demanda do serviço sobre a participação social dos usuários dentro do serviço. Assim, esse aprimoramento tem como objetivo consolidar espaços grupais do CAPS II Damião Ximenes Lopes. Este artigo tem relação ao serviço social que cuida de demandas de pacientes graves, que tem sofrimentos psíquico grave e que precisam de uma maior atenção perante o serviço do CAPS. Palavras-chave: Saúde Mental; Reabilitação Psicossocial; Participação Social.
INTRODUÇÃO
A RAPS, segundo o Departamento de Atenção Básica (2012) tem algumas diretrizes que são importantíssimas para que haja eficácia nos CAPS como o respeito aos direitos humanos englobando o asseguramento da autonomia, o respeito a equidade ao qual também é um dos focos do SUS, garantir qualidade e facilidade no acesso dos serviços multiprofissionais, foco nos serviços viabilizados ao contexto comunitário e territorial, organizar e ativar 2 os serviços de outras RAPS da região e por fim desenvolver as ações de cuidado centralizado nos sujeitos com transtornos mentais e os devidos medicamentos usamos por eles. Para que haja serviços com tratamentos especializados foi preciso construir alguns Eixos Estratégicos para a Implementação da Rede. De acordo com o Departamento de Atenção Básica (2012) os eixos são a qualificação da rede integral a saúde mental, as ações para a reinserção social e também a sua reabilitação, as ações de prevenção para que ocorra a redução de danos e por fim a ampliação do acesso a rede de atenção para a saúde mental. Nesse compasso, esse trabalho tem sua gênese nas questões que envolvem o cuidado com os usuários e a autonomia dos mesmos. Alusivo a Merhy (2010) o trabalho dentro do campo da saúde, que acontece na maioria das vezes mediante o encontro entre servidor e usuário, é focado no trabalho vivido no agora, que gasta um trabalho morto que visa à produção do cuidado. Outro fator bastante relevante e que se faz necessário trazer para este artigo é a Cidadania e a Reabilitação Social que são dois campos/conceitos/instrumentos que trazem assistência aos usuários. Descrever o contexto da cidadania no contexto da loucura é falar também do campo técnico e político sobre os abusos e violência física que foram presentes na assistência psiquiátrica brasileira perpassando até hoje pelo universo conturbado do cuidado e as condições de cidadania atual dos loucos. Através desse contexto foi começado a ser compreendida a condição da cidadania e reabilitação psicossocial plena e iniciou um modelo único dos direitos sociais. Com isso, a loucura passou a ter um espaço nesse universo de direitos (através da cidadania) e teve uma nova ordem, que iniciou de forma estranha. O tema escolhido deu-se diretamente através da minha experiência de inserção por meio de um Estágio Supervisionado que teve duração de um ano no serviço CAPS II Damião Ximenes Lopes na cidade de Sobral - CE ao qual esteve disponível a aceitação de estagiários do Curso de Psicologia e que esteve de forma pontual aberto ao aprimoramento da minha intervenção quando pontuado uma significativa demanda do serviço sobre a participação social dos usuários dentro do serviço. As dificuldades que rondavam esse desenvolvimento 3 de reabilitação e de participação social descrevem a importância que esse papel deve ter em ser desenvolvido por eles. Dentro ou fora do serviço. Este artigo tem relação ao serviço social que cuida de demandas de pacientes graves, que tem sofrimentos psíquico grave e que precisam de uma maior atenção perante o serviço do CAPS. Assim, esse aprimoramento tem como objetivo geral consolidar espaços grupais do CAPS II Damião Ximenes Lopes. Tem como objetivos específicos Construir procedimentos de mobilização e sensibilização dos usuários, profissionais e familiares dos usuários do CAPS II Damião Ximenes Lopes; Fortificar a “Assembleia do Amigos do CAPS” como estratégia de criação de espaços de escuta para além das saladas de atendimentos; enrijecer e enraizar o controle social do serviço CAPS Damião Ximenes Lopes. De forma pontual, a relevância dessa intervenção é como dito por Campos (2001) precisamos assumir declaradamente a necessidade de ampliação da reabilitação social, apropriação de espaços de falas e acima de tudo a apropriação dos usuários em espaços que são criados para eles assim como no cuidado, na promoção da autonomia e por fim na visão que eles tem como transformadores da sua realidade e também do seu tratamento. [...]