Se você sente que pode se decepcionar com as pessoas, é porque ainda é refém do Ego.

 O Ego basicamente é a programação da mente, é aquilo que acreditamos que somos. Também referido como Personalidade.

 A verdade em que acreditamos depende do que o Ego nos permite ver.

 O Ego se utiliza de vários artifícios, muitas vezes vis, para manter-se intocavelmente no controle.

 O orgulho é uma das barreiras de proteção do Ego.

 Todos os males da humanidade são resultados das articulações do Ego.

 Quem reconhece o Ego, já está um passo a frente na evolução intelectual e moral, ainda que esta última por vezes seja bem mais lenta.

 O Ego não é algo que pode ser simplesmente apontado e isolado.

 A percepção do Ego é algo que normalmente nasce da dor, da reflexão e da razão. E acredite, ele relutará para se manter vigente. O Ego se reinventa, se camufla, se disfarça, se faz vítima, se afasta, se aproxima, muda de lado e no fim continua aplicando golpes... Vencê-lo é algo que pode levar décadas ou séculos.

 O maior golpe do Ego é nos fazer achar que somos ele. O maior golpe que podemos dar ao Ego é mostrá-lo que não, é surpreendê-lo com virtudes inesperadas. Enquanto formos o Ego, não seremos livres, tampouco felizes, e faremos efetivamente nada pelo coletivo.

 Não existe felicidade individual. Um indivíduo não pode ser feliz num mundo infeliz.

 Junte os Egos de cada ser humano no espaço-tempo-matéria, e teremos um gigantesco organismo psíquico, alimentado pelas nossas criações mentais, que nos comanda: O Sr. Gold! (Assista ao filme Revolver). O Sr. Gold é uma identidade abstrata, não palpável, que nos controla dando-nos o que achamos que é relevante: vaidade, orgulho, posses, poder, domínio, esnobismo. Na verdade ele diz o que é relevante e ele próprio fornece os produtos; quem não tem, briga para conseguir. Ele forja fatos, cria “verdades” e, com elas, conflitos entre quem as defende. Ele joga conosco, se diverte com nossa ignorância e arrogância.

 Há de se saber que cientistas apontam que o pensamento consiste em informações quânticas que não se perdem após a morte do corpo. Ou seja, nossas emanações psíquicas se perpetuam. Mas sempre teremos a chance de depurá-las. Em cada vida física, as informações contidas em todas as outras são utilizadas na reprogramação do Ego. Sofremos com o Ego que merecemos; classicamente falando, colhemos o que foi plantado.

 Nossa missão sempre será reconhecer o Ego, nos libertarmos dele e e cooperarmos com a felicidade.

 “Felicidade coletiva” é pleonasmo. A felicidade é construída por todos nós com base no altruísmo, ampliando cada vez mais nosso círculo de ação.