O ex-sindicalista Abdel Rahim Jamai, membro da entidade da defesa dos acusados no dossiê "Comanav", ex-prefeito de Tânger e proprietário do "Comanav", do Samir Abdel Mawla, referendo a exploração da sua filiação política, objeto do dossiê a inventar e a eliminar a antiga inimizade, com o ex-diretor geral da empresa Tawfiq Ibrahimi, ligado às diferentes figuras sindicalistas.

 Referendo ao sindicalista El Jaamhi, nomeado pelo Mustafá al-Ramid, ex-ministro da justiça, no Alto Comissariado para o Diálogo Nacional sobre a Reforma do Judiciário, o qual foi interrogado durante a sua última sessão do julgamento, sobre os motivos que levaram Karim Ghellab, ex-ministro dos Transportes, a não interferir neste dossiê. Acrescentando, porque agora e depois do novo governo, Abdel Mawla tomou a iniciativa para um governo pelo qual pertence a sua cor política, procurando como intervir?

O ex-sindicalista, Abdul Rahim al-Jama'i declarou que abrir mão da cidadania não é uma arma de luta, política ou de direitos humanos, ressaltando que também não é uma tática nem uma posição estratégica.

O ex-sindicalista considerou na sua observação sobre o decreto 5 da lei sobre o protesto, relativo aos detidos do Rif, cujo líder Nassar El Zafzafi, o qual pretende abir a mão da sua nacionalidade,  o facto não é a resposta da dor, da ansiedade, do descontentamento, nem da simpatia, da revolta, ou ainda da revolução.

O advogado, conhecidor na área,  acrescentou que o passo "não é assim consdierado como um presente para os clãs, as famílias, os juristas, os militantes, nem para a história e o céu, ou para Deus, nem para os mensageiros, ou para os mukhzen, autoridades, caudas do poder, opositores da opressão, da agressão, da dominação, da corrupção e pilhagem".  

O sindicalista, Jaamhi, aclarou sobre a oposição  dos detidos, tratando de umas lições de sacrifício, de paciência e firmeza, sinais raros de desafio até a morte, logo após semanas de luto ou mesmo meses de greves de fome.

Considerando que a posição dos detidos livrar de suas cidadanias constitui umas posições criticadas de defesa e de diálogo permanente: "os detidos do protesto têm a vontade, a convicção a não mudar de opinião, para resgatar os valores do protesto e da luta".

Tal relator  assinalou que a decisão de renunciar coletivamente à cidadania continua sendo "um precedente facto na história da luta dos presos políticos", descrito como: " uma decisão atribuída a luta em prol de um futuro melhor, exprimindo à audácia e a resistência.

"Não concordar com os factos, justificado pelas milhões de pessoas que vivem na marginalização, na opressão, na pobreza e na doença, tanto em áreas urbanas e rurais, nos tempos de frio e calor, seja no inverno, no verão ou no outono." Tratando daqueles que sofrem da crueldade tanto na vida real como no sonho, entre as mulheres, os jovens e as crianças da rua existe uma coisa comum a perdição no mundo da exploração, da delinquência e da escravidão disfarçada no mundo da liberdade ou da prisão, seja na entrada das prisões e nas saídas.

Todos eles, considerou o ex-sindicalista, "devem enfrentar as ondas do mar para não se afundar ou morrer, apesar que eles podem ir e morrer, levando com o sangue e nacionalidade", uma vez que a "nacionalidade é como a pátria, e a nacionalidade e a pátria são como o ar e o sol, não se pode viver sem elas, nem descartá-las".

O ex-sindicalista, por fim considerou que "desde a independência deste país até hoje, centenas de mortos, de prisioneiros,  de condenados, de executados e políticos, pioneiros, cujas idades de luta política, social e humana no Marrocos, ilustrado em todas as etapas, sendo a concessão ou desistência da nacionalidade, facto interpretado, nunca foi pretendido ou promovido de forma absoluta". Porque a cidadania não se concede a ninguém, nem pela autoridade ou pelo governante.

Lahcen EL MOUTAQI

Professor universitário- Rabat, Marrocos