O episódio ocorreu no Rio de Janeiro em 1904 contra a obrigatoriedade da vacinação contra a febre amarela que assolava a cidade. A campanha pela vacina foi comandada pelo médico sanitarista Osvaldo Cruz que se tornou um herói nacional pela sua determinação em sanear a cidade, objetivo maior do presidente Rodrigues Alves.
No final, a ignorância venceu e a obrigatoriedade foi suspensa em decorrência da revolta popular. Felizmente, hoje a maioria das doenças epidêmicas foram erradicadas do país graças a vacinação obrigatória de crianças e adolescentes. Os pais são obrigados a apresentar as carteiras de vacinação para matricula nas escolas ou para atendimento no sistema de saúde pública. A falta das vacinas, pode responsabilizar legalmente os país ou responsáveis em caso de contaminação. Os adultos precisam da comprovação para fins de emprego, viagens etc.
Atualmente o Brasil pode se orgulhar de ter erradicado doenças como a poliomelite, grave enfermidade que deixou milhares de crianças (hoje adultos idosos) com graves deficiências físicas motoras.
É grande a expectativa de uma nova vacina para prevenção contra o coronavírus, que poderá evitar a perda de mais vidas, sem contar os efeitos colaterais nos indivíduos que foram contaminados e sobreviveram.
O Brasil já investiu bilhões nas parcerias para a obtenção do direito de utilizar as vacinas que estão em fase de testes e será com certeza um porto seguro para que o país possa retonar às suas atividades sociais, econômicas e culturais.
A vacinação não é uma questão ideológica ou se quiserem, política. É uma questão de saúde pública e é responsabilidade dos cidadãos e do poder público. Dizer que ninguém é obrigado a tomar vacina é uma irresponsabilidade, já que existem leis que já obrigam em casos de outras doenças.
Esperamos que não se repita o episódio da Revolta da Vacina, quando a ignorância e o medo levaram a população a se opor a uma importante medida preventiva, cientificamente comprovada.