A revelação do vampiro.

A essência da ferrugem não completou no seu rosto o equinócio sagrado, portanto ainda esta de pé o seu fantasma com os fragmentos do pó ardendo em seus olhos como mil desejos ardilosos e sujos.
Lembranças esparsas de sorrisos desgastados têm agora teus gritos insanos agarrados a um paredão enorme. A essência da morte não jaz completa e, portanto fica de pé adormecido sob a arvore seca a fitar a imensidão.
Persegue sumariamente os cegos e eles te perseguem também aos tropeções, com mil estilhaços no corpo.
A reta avenida e no final o paredão estremece com uma mortífera fumaça sob o céu doente.
A linha reta finita do horizonte tosse constrangida como um velho tuberculoso enquanto o esqueleto do universo engrena mais uma marcha balançando febrilmente os seus corroídos ossos de sífilis estelares.
A essência dos frutos venenosos da arvore não faz efeito em curto prazo e dança as assombradas vitimas cavando com os seus próprios pés os seus túmulos como cadáveres semi-acordados.
Você chega ao seu quarto desesperado procura pela janela o céu. Há um buraco dentro de si só comparado mesmo com aquela imensidão lá em cima e clama pela sua alma nesta noite estúpida e vazia.
A noite desce esmagando-o impiedosamente... Os carrascos percorrem a trilha farejando as suas pegadas. Não há saída! É a teia da loucura que se fecha.
Os trilhos são açoitados bestialmente por garras invisíveis, aberrações passam velozmente espalhando terror e escravidão.
O quarto o engole no silencio comparsa da noite. Você tem que se entregar ao abraço gelado das garras invisíveis nos trilhos.
Quero o teu grito e o teu apelo para colecioná-los na parede do meu cérebro como porta voz do alerta sinfônico dos dias que se passam.
Quero cunhar o teu olhar nas notas obscenas de um real, olhar ensandecido de desprezo de zoológico a tudo inquirir apontar como sujo e vil por natureza.
O sol alimenta a esperança de a noite existir e a noite esconde do dia aquilo que ele ilumina implacavelmente. E isto é tudo! E todos serão testados definitivamente neste templo infame da verdade.
Você está vazio porque está cheio borbulhante de abstratos conceitos está inadequado para o uso das palavras.
Aí de nós que não estamos preparados para a escolha e a escolha é a morte e a outra opção é matar.