RESUMO

O presente artigo propõe a demonstração da relevância da adubação verde na agricultura no território brasileiro. Este estudo tem como referência as instituições de pesquisa que atuam na área agropecuária. Para a realização deste trabalho a metodologia usada constituiu de pesquisa bibliográfica e documental com autores de diversas áreas diferentes como: ambientais, sociais e econômicas. O objetivo geral procura compreender a importância e as etapas da aplicação da adubação verde como prática agrícola viável e sustentável, pois o Brasil é reconhecido mundialmente pela produção de grãos e pelo consumo intensivo de insumos químicos que oneram a agricultura e que demandam grande gasto de energia para a sua produção.

PALAVRAS-CHAVE: Adubação verde; Agricultura; Sustentável

1. INTRODUÇÃO

A agricultura é uma atividade que há muito tempo tem se tornado significativa para a sociedade. Ela transformou o modo de vida do homem desde a pré-história. O período Neolítico foi marcado pela domesticação de animais e cultivo, o que estabeleceu uma nova etapa na humanidade. Processo antropológico que ficou conhecido como sedentarização. Esse acontecimento possibilitou a fixação do homem primitivo no território, que antes tinha o hábito nômade de apenas coletar e caçar o seu alimento. O estabelecimento do homem provocado pelo cultivo de alimentos, levou ao surgimento de aldeias que posteriormente se tornaram em grandes civilizações como a egípcia, a suméria e chinesa. Atualmente, a produção agrícola se tornou uma das principais atividades econômicas do mundo. A agricultura cria milhões de empregos na sociedade moderna. Fornece empregos para as pessoas que estão envolvidas de forma direta ou indireta no setor agrícola. Produtores, industriais, consumidores, transportadores e comerciantes de insumos e de maquinários diversos dependem intensamente do processo produtivo agrícola. A produção agrícola brasileira tem se destacado mundialmente. Segundo o IBGE, a estimativa de 2017 para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas totalizou 238,6 milhões de toneladas, 29,2% superior à obtida em 2016. Porém os solos brasileiros estão sofrendo rapidamente com o processo de degradação. Fatores diversos de origem antrópica tem acelerado o agravamento da perda fertilidade dos solos e consequentemente a perda das produções agrícolas no Brasil e no mundo. Processos como a erosão, a compactação, a salinização, a acidificação e a contaminação química tem causado a degradação dos solos. Segundo estudo da FAO (2015), com participação da instituição da Embrapa, afirma através de relatório que 33% dos solos do mundo estão sofrendo com o processo de degradação. Situação que mostra um alto grau de desconhecimento da dinâmica dos solos e da falta da utilização de práticas mais sustentáveis de produção de alimentos.

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