O texto vem trazer fatos históricos sobre a região  sul  do Zambeze que situa-se entre os períodos de 1500 á 1800. Os relatos fundamentalmente com os relatos dos viajantes e comerciantes  portugueses  que adentraram na região no século XVI.  O texto reunirá uma série de informações  sejam elas econômicas, culturais e sociais dos reinos de Mutapa, Rozwi e os Estados orientais de shona. 

Grandes reinos chegam ao apogeu e também sofrem com os declínios. Não foi diferente com o império Zimbábue o qual iniciou-se na metade do século XV com a grande queda da produção de ouro dando início a uma série de outros fatores que levaram as ruinas do império. Mutapa com sua força politica e econômica mostrava sua imponência na construção de grandiosos edifícios de pedra. Em Zvongombe correspondentes as primeiras capitais do império Mutapa foram agraciadas com grandes construções imponentes.  

No entanto na primeira metade do século XVIII o império de Mutapa perdeu o controle político e econômico e o império deslocou-se para as terras baixas do Zambeze essa perca de poder deu-se também pela derrota do império pelos lusos o qual em 1917 o Estado Mutapa deixa de existir.  

O império de Rozwi, no que diz respeito a uma autenticidade de datas ou períodos das origens dessa dinastia ainda é algo que não se em comprovação. No entando essa dinastia estendeu seu império de Buhera, Bocha, Dama até as altas regiões do sudeste. A primeira capital desse império foi Danangombe. As casas eram cercadas por muros feitos de presas de elefante.  Tinham armas e seu poder militar era organizado. Criavam animais porcos e cachorros de caça. Eles não tinham o habito de comer alimentos frescos e sim alimentos envelhecidos (defumadas), e vinho. Na esfera hierárquica havia pagamentos de tributos o qual a base era a aldeia e o cume o palácio que detinha total soberania. Eles acreditavam em um Deus supremo que se manifestava através das forças da natureza como, por exemplo, o som do trovão e o cair dos raios. Uma  curiosidade se faz mencionar nessa narrativa. De acordo com o texto o imperador de rozwi tinha em seu poder um óleo mágico o qual ele poderia matar quem quer que seja por um simples toque.  Muitos portugueses passaram a acreditar que realmente o imperador detinha tal poder. 

A principal atividade econômica era a agricultura e criações de animais domésticos.  Os homens eram destinados a trabalhar na construção de abrigos e da preparação de novas terras para o plantio. As mulheres semeavam e cultivavam os campos, mas a colheita era realizada por todos tanto homens e mulheres faziam a colheita. 

No nyanga havia uma economia agrária. O solo era caracterizado como pobre e fraco. Dedicavam-se a caça, a colheita e a pesca. Os Shona  é o nome dado a diversos grupos de pessoas no Zimbabwe e sul de Moçambique. Os antepassados dos Shonas estabeleceram no Zimbabwe e sul de Moçambique. Eles eram organizados em suas formas de convívio e organização politica e social (pequenas chefias), depois ao longo dos anos foram se tornando algo maior, mais organizados politicamente, socialmente e economicamente. Tinham certo controle com as questões de ouro e marfim nas negociações com os portugueses.  Eles tinham também as técnicas de construções de muros de pedras que os tornavam fortes. A produçao de tecidos era outra importante atividade econômica para os camponeses shona ao Sul do Zambeze. 

É importante mencionar que grandes quantidades de Fero, cobre, cgumbo e ouro foram extraídos das regiões de Mutapa, Rozwi e Shona. Sem dúvida essas regiões e impérios despertavam a cobiça e interesse da coroa portuguesa que utilizou de todas as formas para dominar e tirar vantagens desses impérios e na maioria dos casos sob a tutela da tirania e da força.