Estudante: Claudio José Bezerra de Aguiar

Tarefa: resenha

Obra: CAIRNS, Earle. O cristianismo através dos séculos, uma história da igreja cristã. São Paulo, Vida Nova. 1990. Pgs 244-291.

A reforma na Suíça

  No período da reforma, a Suíça sendo um país livres das exigências católicas romanas, suscitou a proliferação de liberdade religiosa. O segmento reformista, esse termo porque seguiam a maioria dos princípios da reforma de Lutero, seguiu três linhas de pensamentos, o swinglianismo, calvinismo, e o anabatismo. O primeiro é decorrente de Swínglio, um humanista que após estudos é levando ao cristianismo. Seguindo o pensamento de Erasmo, lança desafios contra as atitudes das igrejas católicas, mesmo que a princípio tentava se harmonizar com ela. Num debate com essa igreja, vence e ganha a consciência e apoio do povo. O que levou ao surgimento dos primeiros movimentos de reformas contra a igreja nos cantões alemães da Suíça. Os anabatitas foram os primeiros a criarem atrito com a igreja católica e com os próprios reformistas, devido a questão se o batismo de crianças é válido ou não. Eles afirmavam não ser, havendo a necessidade de a pessoa ser batizada novamente, no entanto os outros afirmavam ser válido, não havendo motivos para novo batismo. Swínglio foi um dos primeiros apoiadores das idéias anabatistas, mas depois mudou de opinião, levando a separação com as primeiras pessoas que formaram o movimento anabatista. Essas pessoas traziam a idéia do partir as propriedades, da leitura literal das escrituras, e com suas idéias auferiram grande território. Mas devido sua grande radicalidade, receberam a fúria da igreja católica e dos protestantes, que perseguiram e mataram muitos que proferiram idéias anabatistas, sendo que quase foram extintos. Só não ocorreu a extinção por causa de um líder holandês que se converteu ao anabatismo e salvou o movimento.

  Outro pensamento que percorreu a Suíça foi o calvinismo que liderado por Calvino, se estabeleceu em Genebra. Um camponês que começou nos estudo bem novo, e logo conquistou uma boa reputação. Em um de seus estudos conheceu os conceitos reformistas, e se converteu. Sua pregação e conhecimento que obteve na fé reformada influenciaram muitas pessoas, tornando-se um ícone desse movimento.  Por medo de castigo de Deus, ele foi persuadido a assumir a liderança do movimento Genebra. Calvino ensinava a predestinação do salvos e dos condenados, e seu maior esforço era para mostrar a soberania de Deus em tudo, o que resultou em perseguição, o que o levou a fugir, voltando mais tarde ficando até o dia de sua morte.

  As opiniões reformistas não ficaram restritas a Suíça, eles seguiram o mundo. As idéias humanistas e o pensamento de Lutero influenciaram para o surgimento de uma reforma na frança. Sob a influência de Calvino muita gente aderiu essa nova linha de pensamento. O que levou indivíduos a formarem conceitos contrários à fé romana, e intentarem implantar uma reforma na igreja, sem duvida isto resultou em perseguição para essas pessoas que tiveram que fugirem para não serem mortas. Na Hungria, as concepções de Lutero não eram aceitas, mas depois de alguns cidadãos irem a Genebra estudar, quando voltaram divulgaram a fé reformada, que foi bem aceita e logo grande parte da população acaba aderindo-a, o que gera perseguições e mortes. A reforma serviu como um canal de unificação entre dois países que eram inimigos, a Escócia e a Inglaterra. Na Escócia a reforma foi dirigida por João Knox um líder fantástico que conseguiu implantar o presbiterianismo, nome que decorrente das pessoas que seguem as concepções de Calvino, na região com grandes disputas, mas sem derramamento de sangue como ocorriam na maioria das vezes em outras regiões. Na Inglaterra devido à alta quantia de dinheiro que Roma tomava, e ao fato do Rei Henrique VIII querer se divorciar, coisa que era proibida, levou a suscitar uma reforma que teve como líder o próprio rei. Este conseguiu a separação com Roma, mas continuou com o pensamento católico. Após sua morte, seu filho Eduardo VI, implanta o pensamento protestante, fazendo realmente uma reforma e dando o surgimento da igreja Anglicana. Mas quando Maria Tudor estabelece ao trono, torna a disseminar o catolicismo. Onde a Inglaterra fica dividida em católicos e protestantes, até que em 1559, Elizabete sucede ao trono e insere de uma forma suave o anglicanismo. Contudo, surge um novo desfio para ela, os puritanos. Esses viam que no anglicanismo precisava de uma reforma para se tornar mais compatível com a Bíblia. Nesse ínterim ficaram em disputas por vários anos. Ocorrendo até guerras que garantiram a vitória dos puritanos. Porém na metade do século XVI houve uma reviravolta onde muitos puritanos tiveram que fugir, pois mesmo entre eles não estava havendo um consenso.

  Com o grande avanço das idéias da reforma a igreja católica perde muitos fiéis. Mesmo dentro dela tinha vários líderes que apoiavam o pensamento reformista, mas não tinham intenção de deixar a igreja. O que os levou a mudar seus conceitos para com os outros e passaram a viver uma vida pobreza, acéticos exercícios espirituais e ajuda ao próximo, sem deixar de serem devotos ao catolicismo. Em respaldo a igreja, na liderança de Paulo III se percebe da necessidade de mudanças e inicia um ataque contra a reforma. Usando essas pessoas devotas, eles as instituem como chefes de mosteiros. Resultando na conversão de várias pessoas para o catolicismo. De modo que surgem vários movimentos contra a reforma e várias ordens católicas em auxílio ao papa. A igreja católica nesta investida começa um avanço missionário, que adianta por todo o mundo fazendo em vários lugares núcleos católico. Alem do mais foi instituída a inquisição, a aplicação da força contra entrada das chamadas heresias nos seios católicos, e a índex, uma lista de livros que eram proibidos de serem lidos, como meios de instituir o catolicismo. Nesse período houve muitas disputas, e mortes entre protestantes e católicos na tentativa de restituir terras que Roma perdeu com a divisão da igreja, e de firmar uma religião como autentica.

 Concluindo a reforma trouxe um impacto desastroso para igreja católica universal, pois a dividiu de uma maneira que nunca mais pode se recuperar e tirou dela muitos privilégios. No entanto a reforma contribuiu para a dedicação aos estudos, visto que agora todas as pessoas tinham o direito de interpretar as Escrituras desde que tivesse uma base teológica. Contudo isso acarretou problemas, como o surgimento de muitas denominações, pois cada uma tinha a sua verdade com base no que interpretava da Bíblia. No mais a reforma legou ao mundo uma nova perspectiva de vida e uma avanço para educação.