A REBELIÃO DOS OPRIMIDOS
Nazaré, Bahia

Os peixinhos estavam famintos.
Mas apareceu um grande tubarão,
Começou a roubar seus alimentos
E se alimentar dos peixinhos.

Os peixinhos ficaram temerosos
E nada fizeram ao tubarão,
Que alem de assassino
Era cínico e falso.

Juntou um grupo de peixinhos
E foi até o tubarão.
O tubarão ficou à espreita
Com medo de algum contra-ataque.

Mas não era isso.
O grupo de peixinhos
Ofereceu seus préstimos ao tubarão.
Iria governar os outros peixinhos
Com apoio do tubarão,
Formando assim uma elite dominante.

Os outros peixinhos ficaram revoltados,
Mas nada podiam fazer
Pois o malvado tubarão
Estava sempre por perto.

Formou-se um grande exercito
E muitos peixinhos inocentes
Aderiram a essa força,
Oprimindo os demais peixinhos.

De repente, um peixinho

Revoltado com aquilo,
Tentou formar um exercito de defesa.
Foi reprimido pelo tubarão
E foi assassinado.
Tentou fugir, mas em vão. Não achou apoio,
Foi cercado pelos agentes
E caiu nas garras do tubarão.

E assim continuou
Com a fome dominando tudo.
Por dentro dos matos submersos,
Ficavam os espiões do tubarão
Sempre atento a uma emergência.

Sem que os outros esperassem,
Levantou-se um dos peixinhos,
Lançou a semente da liberdade
No coração dos companheiros
Já agora revolucionários.
Logo, lançou a semente revolucionaria
No coração do cardume.
E a batalha foi terrível
E, depois de muitos dias,
O exercito de libertação
Saiu da luta, vitorioso,
Destruindo os agentes do tubarão.
E tudo voltou ao normal
Graças ao exercito de libertação.
E o tubarão fugiu apavorado.