A Questão do Racionalismo e do Empirismo.

Século XVII o conflito entre o método dedutivo da Escolástica, e, método indutivo como produto da Filosofia Iluminista.

A partir do século XVII, surgiu na teoria do conhecimento dois grandes problemas, relacionados ao mundo epistemológico, qual a teoria filosófica que fundamentaria a teoria do conhecimento, o racionalismo fundado por Descartes ou o empirismo formulado pó Locke.

Numa definição simples podemos dizer que o racionalismo é o princípio filosófico, ligado tão somente à razão, a mesma seria em última instância a definidora do conhecimento, o que não é aceito teoricamente pelos filósofos da teoria do empirismo.

O empirismo outra teoria epistemológica que limita o conhecimento ao âmbito apenas do campo da experiência, ligada naturalmente a observação ao método indutivo.  

Isso não significa por outro lado, que o racionalismo não aceita em absoluto o campo da experiência, mas entende que o método sensível sempre é proposto a enganos, o que é inadmissível para os empíricos, eles entendiam que o nascimento da Ciência Moderna com Galileu está relacionado à epistemologia da experiência.

Para os racionalistas a verdadeira Ciência se realiza pelo espírito com uso da lógica formal racional dedutiva e tem sempre caráter universal.

O empirismo ao contrário, só compreende algum objeto ou fenômeno, com a utilização natural da razão, mas não tendo a mesma como definidora da verdade, porque a questão de conhecer algo não depende necessariamente do espírito, sendo o próprio responsável pela produção do equívoco.

 Com efeito, um trabalho posterior à razão, no campo observacional, entretanto, não chegará a uma verdade universal, isso porque o método empírico estuda sempre o particular, não parte das premissas gerais e muito menos admite como metodologias as deduções formais aristotélicas.

As verdades propostas pelos empiristas apesar de particulares, elas terão que serem aceitas em qualquer parte do mundo, indiferente da cultura de um determinado povo, o que não é aplicável aos racionalistas. Um exame de DNA é de tal modo igual em qualquer parte do mundo, porque seu resultado é empírico.

Em consequência desses posicionamentos opostos, os racionalistas confiam na capacidade humana por meio do método dedutivo em chegar às verdades universais, eternas criando verdadeiros dogmas a respeito da própria razão, a mesma transformou se em mito, a sua inquestionabilidade.

Os empiristas questionam o caráter absoluto da verdade, sabe que é apenas uma ideologia, isso porque toda forma de conhecimento tem que levar em consideração outro aspecto fundamental no processo de construção da verdade a experiência.

Trata-se em especifico, o cuidado com a generalização, porque todo objeto em estudo, sua realidade em relação ao tempo, está naturalmente em um processo contínuo de movimento, o que se denomina de in fieri, cujo sentido etimológico, transformação permanente.

Tudo se transforma de acordo com a velha tese de Heráclito de Éfeso, a realidade não é a mesma em outro tempo, a modificação constitui na essência de qualquer fenômeno ou objeto verificado por parte do sujeito. Tudo é essencialmente relativo em relação ao tempo e espaço, a única coisa absoluta é o conceito da relatividade.  Refere-se naturalmente ao conhecimento humano.

Apenas no século XVIII, que     a briga epistemológica adquiriu contornos conciliatório, formulado teoricamente por um grande filosófico da tradição da epistemologia, trata-se especificamente de Kant, verificaremos em outro artigo, o que ele propõe como saída à nova epistemologia.

Edjar Dias de Vasconcelos.