A QUALIDADE AINDA NÃO SAIU E NUNCA SAIRÁ DE MODA
Publicado em 21 de janeiro de 2020 por Nadia Maria Januario
Há algum tempo ouvi em uma reunião de um consultor que seus clientes não queriam mais comprar qualidade, “uma palavra que perdeu o sentido nestes últimos tempos, eles querem inovar”.
Fiquei pasmada com essa ideia.
Qualidade, dentro das empresas é uma visão sistêmica dos processos de gestão, ainda é a melhor ferramenta para se vencer a guerra da incompetência e depois partir para a inovação.
Dentro desse princípio, qualidade quer dizer melhoria contínua em busca de redução de tempo nos processos produtivos, simplificação de sequências nas operações, reprogramação de datas no sentido de uniformizar a carga de trabalho, etc.
Conhecida como Kaizen no Japão, sua melhor definição pertence a Masaaki- Imai: - Nasceu 1930, em Tóquio – conhecido por seu trabalho na área de gerenciamento de qualidade, especificamente: Kaizen. - “Kaizen significa melhoramento. Mais significa melhoramento na vida pessoal, na vida doméstica, na vida social e na vida de profissional. Quando aplicada para o local de trabalho, significa melhorias continuas que envolvem todo mundo – administradores e trabalhadores igualmente”.
Se houve a era da inspeção, em que se voltava para o produto acabado, não produzindo assim qualidade, apenas encontrando produtos defeituosos na razão direta da intensidade da inspeção, a era do controle estatístico surgiu com o aparecimento da produção em massa, traduzindo-se na introdução de técnicas de amostragem e de outros procedimentos de base estatística, que deu origem ao setor de controle da qualidade. Sistemas da qualidade foram pensados, esquematizados, melhorados e implantados desde a década de 30 nos Estados Unidos e, um pouco mais tarde, no Japão e em vários outros países do mundo.
A partir da década de 50, surgiu a preocupação com a gestão da qualidade, que trouxe uma nova filosofia gerencial com base no desenvolvimento e na aplicação de conceitos, métodos e técnicas adequados a uma nova realidade.
A palavra qualidade quando bem entendida prevê que os níveis mais altos da hierarquia da empresa devem exercer efetiva liderança e motivar a busca da qualidade: a gerência deve ser altamente informada sobre seu desempenho e dos concorrentes, resultados de mudanças na gestão e tudo o que se relaciona com o andamento da empresa.
È necessário que se tenha um planejamento estratégico para a qualidade e o desempenho de médio e longo prazo e que sejam de amplo conhecimento de todos; a gestão de recursos humanos deve prever planos de treinamento dos funcionários; a gestão da qualidade do processo deve considerar desde a pesquisa de mercado para o lançamento de novos produtos ou serviços, passando pelo processo de produção, de negócios, de serviços de apoio, até a verificação da qualidade dos fornecedores, impactos ambientais; a cada decisão da gerência que resulte em alguma alteração em qualquer parte do processo produtivo, deve existir uma comparação dos resultados esperados com aqueles obtidos; e a gerência deve manter um permanente monitoramento da satisfação do cliente, por meio de pesquisas, canais abertos de comunicação, compromissos assumidos e outros meios.
Enfim, Qualidade continua na moda! Mantendo vivo os negócios.
Nádia Januário
Bacharel em Administração com Habilitação em Marketing
Especialista em gestão de pessoas
Pós-graduação em Sociologia