RESUMO


O presente trabalho tem como objetivo analisar a Psicologia Transpessoal como possibilidade de sua corroboração com uma nova teoria de abordagem em acupuntura esotérica, a teoria integrativa energopsicossomática. A partir da revisão a da leitura crítica das obras selecionadas de vários autores relacionados com a temática do presente trabalho,  transpessoal- história e fundamentos, convergências ciência e espiritualidade, psicologia analítica o sagrado na vida e obra de Jung, constelação familiar, expansão da consciência hipnose e regressão, meditações, gestão do ser integral, terapia transpessoal e transdisciplinaridade, aspectos históricos e filosóficos da medicina chinesa e abordagens integrativa energopsicossomática em acupuntura esotérica, no sentido de contribuir com o processo terapêutico ao integrar a Psicologia Transpessoal com o sistema energético e expansão da consciência estudados na MTC-Medicina Tradicional Chinesa. Organizado em quatro capítulos, este trabalho tem início, no primeiro capítulo, com um breve histórico da psicologia transpessoal quanto seus processos e seus aspectos históricos e fundamentos e da convergência ciência e espiritualidade. O segundo capítulo apresenta a psicologia analítica o sagrado na vida e obra de C. G. Jung e as interpretações dos sonhos e condições energéticas e emocionais na formação humana para a MTC e para a psicologia. O terceiro capítulo aborda os aspectos relevantes sobre as técnicas transpessoais: constelação familiar, hipnose, regressão, meditações, Gestão do Ser Integral: Psicologia Transpessoal no Trabalho e terapia transpessoal e transdisciplinaridade. O quarto e último capítulo analisa os aspectos psicológicos e o sistema energético do organismo segundo o entendimento da acupuntura esotérica e da teoria integrativa energopsicossomática a serem utilizados em uma abordagem no tratamento com acupuntura esotérica. Pretende-se um olhar da mente capaz de aproximar a filosofia da acupuntura esotérica com a psicologia transpessoal. 


 Palavras-chave: Assunção, acupuntura esotérica, psicologia transpessoal, teoria integrativa energopsicossomática, medicina chinesa.

INTRODUÇÃO


Neste trabalho traçou-se como objeto analisar a Psicologia Transpessoal e a possibilidade de associá-la à MTC-Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura esotérica com vistas ao enfrentamento dos desafios do bem atender o paciente em um processo psicoterápico. Para isso, considerou-se a Psicologia Transpessoal e a acupuntura esotérica desde as suas origens até chegar ao Brasil. 


O interesse pelo tema parte de algumas inquietações desse especializando. Há cerca de dez anos este aluno exerce funções na área da saúde física, mental e especialmente na saúde espiritual, tendo ampliado sua formação inicial de Educador Físico para o campo das Práticas Integrativas e Complementares através da Formação e Pós-Graduação em Acupuntura e posterior aperfeiçoamento em acupuntura esotérica e introdução na meditação através do reiki com aplicação a distância. 


Ao conhecimento prévio do pós-graduando durante seu próprio processo terapêutico como acupunturista, foram somadas as experimentações de técnicas de curas típicas da medicina chinesa. Desde então, a abordagem considerando o sistema energético e expansão da consciência da MTC tem sido uma prática integrada à vida deste aluno, assim como as leituras da filosofia da acupuntura esotérica, buscando incorporar seus valores e práticas no dia a dia.


No decorrer do curso de Psicologia Transpessoal, foi identificado um conjunto de conceitos e elementos relacionados à acupuntura esotérica. A presente discussão parte da percepção deste aluno no decorrer de mais de 4 anos de atuação com práticas de acupuntura esotérica, e a partir de seu olhar empírico, a elaboração da seguinte questão: É possível uma abordagem integrativa energopsicossomática na prática da acupuntura esotérica? 


Para consecução do objetivo proposto neste trabalho, o procedimento metodológico utilizado foi a pesquisa bibliográfica em textos, artigos, teses, sites e livros que tratam de temas concernente à Psicologia Transpessoal bem como da acupuntura, em especial a acupuntura esotérica com a finalidade de construir seu arcabouço teórico.

O presente artigo está estruturado em quatro partes, sendo que no primeiro capítulo “histórico da psicologia transpessoal quanto a seus processos e seus aspectos história e fundamentos e convergências ciência e espiritualidade” procurou-se analisar a psicologia transpessoal quanto a sua história e aspectos relevantes, onde se tem que vem da antiguidade a noção transpessoal no adoecer.


Foi através Abraham Maslow, pela sua inquietação, pois não aceitava o processo de entender o ser humanos como se fosse animal irracional que simplesmente respondia a estímulos ambientais. Além, claro, pelo seu mais profundo descontentamento com o que chamava as “duas forças” majoritárias da psicologia até então, o behaviorismo ou Psicologia Experimental e a psicanálise. Maslow então propôs outra via, a psicologia humanista, que mais tarde foi reconhecida como a “terceira força da psicologia”, onde propunha o concentrar-se na experiência humana, abandonando a pesquisa com animais, que  enfatiza as experiências interiores dos seres humanos são tão ou mais importantes que seus comportamentos observáveis e considera o ser humano como um ser essencialmente saudável, com felicidade, paz de espírito e êxtase, por exemplo. O conceito de “auto realização” é central no pensamento de Maslow e implica o desenvolvimento máximo dos potenciais de cada ser.


Já quanto a convergências ciência e espiritualidade, tem-se atualmente, que o contexto planetário e cósmico de novas lógicas e sensibilidades, a academia enfrenta novos e complexos desafios, provocada a experimentar uma nova prática acadêmica e a se disponibilizar enquanto instituição através de uma sinergia e sincronismo institucional, que possa se traduzir em promoção e produção de conhecimento de forma interdisciplinar e multidimensional. 


A perspectiva da pluralidade concorrente ou divergente de fazeres e saberes que apresentam características diferenciadas, objetivos múltiplos, interesses diversificados, posturas teórico-metodológicas variadas. Sendo assim, a universidade é instigada a promover debates que tratam de temas cuja abordagem exige uma transversalidade teórico-conceitual-metodológica pelas diferentes áreas do conhecimento, nomeados como interdisciplinares e transdisciplinares. uma vez que a universidade pós moderna não só produz conhecimento, mas acima de tudo é um ambiente de cultura, de arte, de espiritualidade e de vida, que possa contemplar alguns aprendizados que promovam atitudes em um novo tipo de conhecimento, a transdisciplinaridade. 

 Os signos diziam respeito ao elemento indicativo de fatos conhecidos ou cognoscíveis, os quais podem ser interpretados semioticamente através de imagens ao tratar com materiais inconscientes (sonhos e fantasias). Jung conclui ainda, em sua representação de símbolo que este possui uma natureza altamente complexa, tendo em vista que é composto a partir da aglutinação de múltiplas informações psíquicas.


No segundo capítulo “a psicologia analítica o sagrado na vida e obra de C. G. Jung” e as “interpretações dos sonhos e condições energéticas e emocionais na formação humana para a MTC e para a psicologia” tem-se que a vida de Jung fora marcada, desde logo cedo, por questões envolvendo a religiosidade de modo geral.  Jung sempre esteve envolvido em assuntos religiosos, pois acompanhava seu pai, que era um pastor protestante, nas suas atividades religiosa onde ele pregava na comunidade local. Já a sua mãe era dona de casa abalada psiquicamente, acometida por ataques histéricos, necessitando constantemente de cuidados médicos.


Jung nunca escondeu a sua decepção frente a uma fé alienada de seu pai, até pelo fato do mesmo, um pastor protestante, nada sabia a respeito do dogma do mistério da Trindade, por exemplo. Para Jung, a religião era uma atitude da mente, uma observação cuidadosa em relação a certos poderes espirituais, demoníacos, deificados; seria capaz de atrair a atenção, subjugar, ser objeto de reverência ou de passiva obediência e incondicional amor. A Psicologia Analítica engloba todo o arcabouço teórico criado por Jung, um trabalho denso e essencial para a compreensão da mente humana. Muitos dos temas desenvolvidos por Jung brotaram de suas próprias experiências pessoais. O psiquiatra suíço vivenciou constantemente sonhos marcantes e a visão de imagens mitológicas e espirituais, passando então a nutrir um grande interesse por mitos, sonhos e religiões, do ponto de vista da psicanálise.


Os sonhos tem importâncias relevantes na visão da MTC, por exemplo, cada sonho é sempre relacionado com uma emoção sendo que esta emoção  tem relação direta com um órgão, logo, cada sonho representa um desequilíbrio em um determinado órgão, por exemplo, o sonho que causa muito medo é sinal de existência de algum desequilíbrio nos rins;  se sonhar que está atravessando um rio largo a vau e está assustada, apreensiva é sinal que a energia Yin da pessoa está superabundante; sonhar que um grande fogo está ardendo, é sinal que a sua energia Yang está  superabundante; sonhar que as pessoas estão matando umas às outras, tanto seu Yin quanto seu Yang estão superabundantes.

O terceiro capítulo, “Técnicas Transpessoais: constelação familiar, hipnose, regressão, meditações, “gestão do ser integral” e “terapia transpessoal e transdisciplinaridade”, na constelação familiar, todos os membros da família trabalham em conjunto a sua ligação à cadeia das gerações e como podem se libertar dos encargos assumidos pela família. A realidade profundamente comovente deste trabalho pode ser apreendida apenas através da própria participação em uma constelação familiar. O que há de extraordinário nas constelações familiares é primeiramente o próprio método. É singular e fascinante observar, quando um paciente coloca em cena pessoas estranhas para representar seus familiares em suas relações recíprocas, como essas pessoas, sem prévias informações, vivenciam sentimentos e usam palavras semelhantes às deles e, eventualmente, até mesmo reproduzem os seus sintomas. Quando os representantes são instados a expressar em movimentos o que sentem, eles frequentemente exprimem uma dinâmica da alma que revela destinos ocultos, que o próprio paciente desconhecia.


Quanto a hipnose temos que ela é um processo de aprendizagem baseado nos atos de identificar e associar, por exemplo, o odor de um perfume, a pessoa ao senti-lo pode associar ao cheiro de sua mãe, ou simplesmente a uma época muito ruim de sua vida. São memórias positivas e negativas, envolvendo aprendizagem por identificação e associação. Ela é a parte mais importante da nossa mente subconsciente, é a autopreservação, que irá nos proteger dos perigos que ela considere reais, mesmo que sejam imaginários. Um bom exemplo é a fobia. É esse instinto de autopreservação que nos protege também em Hipnose. Em transe hipnótico, o sujeito poderia ter suas memórias “tocadas” por outras almas que teriam vivido no passado, o sistema de crenças defensor desta teoria considera a existência de uma interconexão com uma super consciência, também chamada “mente super consciente”. Assim, todas as memórias, de todas as vidas passadas, estariam imediatamente disponíveis através de conexão hipnótica à super consciência.


A meditação é um caminho transformador para o autoconhecimento, consiste em parar a atividade mental, diminuir o diálogo interno e assim diminuir o gasto de energia despendido nesse processo mental. É uma forma de educar a mente para que o indivíduo possa viver inteiramente o presente. Seu objetivo é purificar a mente e equilibrar os campos físicos, mental e emocional. Ela pode promover uma mudança no nível da consciência. Essa autora ainda destaca que a meditação não é um relaxamento embora este estado mental esteja presente durante a prática.

Quanto a terapia transpessoal e transdisciplinaridade tem-se que estamos em um novo entendimento transpessoal das dimensões da psique humana amplia as possibilidades de trabalhos de transformação e de cura. Atualmente a Psicoterapia Transpessoal trabalho com sonhos, meditação, símbolos, mandalas e outros sistemas específicos e esta abordagem está aberta a contribuições de múltiplos enfoques da consciência onírica, representados por distintos ramos do conhecimento. A transdisciplinaridade visa uma nova sociedade onde a educação é vista como um todo e não como uma colcha de retalhos. Uma educação sistêmica que tenha uma abordagem em que todos os fenômenos se interligam e se inter-relacionam de uma forma global, onde efetivamente tudo é interdependente.


No quarto capitulo “aspectos psicológicos e o sistema energético do organismo segundo o entendimento da acupuntura esotérica e da teoria integrativa energopsicossomática em uma abordagem no tratamento com acupuntura esotérica” temos que o processo energético de formação do corpo humano vem de outros planos, do ato sexual, da concepção através da fusão do espermatozoide com o óvulo, por exemplo. 


Para Oliveira (1993) os genitais não apenas recebem as mensagens de prazer, vindas do sistema límbico, como enviam outras, reforçando a sensação agradável. Sendo assim, o sistema límbico vai ficando cada vez mais acionado e, nessa altura, começa a interferir no funcionamento de outras áreas cerebrais mais especificamente daquelas ligadas às funções involuntárias do corpo. É como se o cérebro desejasse que essa felicidade não tivesse fim. Tudo se acelera, até que os organismos cheguem ao clímax, algo já comparado a uma explosão, uma espécie de curto circuito do orgasmo. Logo a nosso sistema energético de hoje é resultado de fusão de outras energias que vieram da fusão de outras que também vieram de fusão de outras energias. 


A acupuntura esotérica é um sistema de Cura de Alta Frequência mais sutis, uma dimensão mais elevada, fora do campo energético do corpo físico denso. E uma abordagem considerando a aplicabilidade da acupuntura esotérica visa a inserção de agulhas de acupuntura em acupontos específicos obedecendo uma sequência também especifica para conseguir o desbloqueio energético possibilitando passagens de níveis de consciência refinados que se situam acima do denso plano mental.