A PRESENÇA DO LÚDICO COMO ELEMENTO FACILITADOR DA APRENDIZAGEM EM TURMAS DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Publicado em 28 de novembro de 2018 por ANTONIA EVELINE SOARES DA SILVA
RESUMO
Este trabalho tem como elemento norteador a importância do lúdico desenvolvimento escolar do aluno. Evidenciamos, ao longo de sua elaboração, a premissa de que, em se tratando de criança, o elemento lúdico não poder ser desvencilhado. É através dos jogos e brincadeiras que começam a acontecer as primeiras situações de aprendizagem, dentro e fora do espaço educativo, e este fato facilita construção sistemática dos conhecimentos dos alunos dentro do espaço educativo. Em sendo o jogo, a brincadeira, uma forma eficaz de estimular o pensar, o agir em sociedade, e tantas outras habilidades, a utilização dos mesmos como estratégia metodológica, mesmo nas turmas iniciais do Ensino Fundamental, ocorre uma transformação no espaço sala de aula, evidenciando a motivação em aprender. Ao professor, cabe a tarefa de, considerar os conhecimentos prévios dos alunos, utilizando-o como base para os conteúdos sistematizados, portanto, o brincar e essencial no desenvolvimento cognitivo do ser humano, independente de sua idade cronológica. O presente trabalho constitui-se numa pesquisa-ação, segundo Tripp (2005) e, além da relação teoria-prática proporcionada pela vivência da intervenção socioescolar, ressaltamos a realização de uma vasta revisão bibliográfica para a consolidação do nosso referencial teórico, dentre os quais destacamos autores como KISHIMOTO, WINNICOTT e MORIN.
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O presente trabalho constitui-se numa intervenção socioescolar realizada num espaço educativo da cidade de Guamaré, interior do estado do Rio Grande do Norte e foi realizado com o objetivo de mostrar que o elemento lúdico pode ser utilizado como elemento facilitador da aprendizagem dos alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, uma vez que torna o processo de aprendizagem mais satisfatório e prazeroso. Assim sendo à criança desenvolve seus conhecimentos do estilo que mais lhe apraz. O brinquedo desperta na criança o interesse, a criatividade, o senso da competição, intelectualidade e o desenvolvimento motor e crítico no ser humano. Devemos então utilizar os subsídios que satisfaça o aluno despertando na criança o interesse pelas aulas.
Através das atividades lúdicas o professor desenvolvem brincadeiras e jogos que procuram acordar no educando a veemência em aprender, pelo meio dessas agilidades o docente buscar trabalhar o conteúdo necessário e o aluno estabelece seus conhecimentos brincando. O lúdico é essencial, uma vez que está introduzido no mundo da criança, deste modo, a criança não se sente perdida diante de um assunto que não vê influencia em aprender.
Há uma necessidade muito grande em um educador trabalhar a ludicidade em sala de aula. No entanto é preciso ele se aprimorar suas técnicas, envolver nelas atividades criativas e divertidas que induza a criança a sentir-se incluída promovendo a construção do seu aprendizado.
Exercitar o lúdico requer do professor mais atenção, compreensão, capacidade, habilidade e comprometimento em suscitar no aluno o anseio de conhecer, e para quem foi constituído em instituições que foi escasso o trabalho com a ludicidade não é fácil, mas, porém, não é impossível, para transformar basta confiar, ir à procura de novos conhecimentos, onde, professor compromissado com a educação e que se preocupa com a formação de seus alunos, com certeza não proporcionará esforço na procura de instruir-se a trabalhar com a ludicidade, vencendo assim seus obstáculos.
O instrutor deve entender que viver a ludicidade em sala de aula, é habitua-se ao improvável, com o arriscado, é o encontro consigo mesmo, desenvolver a espontaneidade, a criatividade, a fantasia e o sentimento gera incerteza, mas que nem por isso deve ser descartado. Antes deve ser valorizado, pois é o método satisfatório em relação ao desenvolvimento com crianças. Segundo Feijó (1992), “O lúdico é uma necessidade básica da personalidade, do corpo e da mente, faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana”. Portanto o lúdico faz parte do desenvolvimento humano em todos os aspectos, principalmente no desenvolvimento cognitivo do aluno satisfazendo assim suas necessidades de aprendizagens e suas necessidades. Vivenciais.
Por meio desta pesquisa viemos defender à necessidade e a relevância de se lidar com o lúdico nas séries iniciais do Ensino Fundamental, conferindo deste modo, a postura de alguns pesquisadores vinculados a temática defendida, e justificando a incerteza que definidos docentes sentem em desenvolver ludicamente, uns individualizados pela instrução tradicional que tiveram, outros por não ter a capacidade de comprometimento com o mesmo, uma vez que as atividades lúdicas estabelecem mais dedicação de sua parte.
Esta pesquisa foi repastada por vários teóricos dentre eles foram: Edgar Morim, Kishimoto Tizuco Morchida e D W Winnicott.
2 - A APRENDIZAGEM LÚDICA NO ENSINO FUNDAMENTAL: BREVES REFLEXÕES
O brinquedo faz parte do mundo de uma criança, seu desenvolvimento está relacionado a ele, pois suas fantasias faz a criança acreditar que é o mundo que ela imagina. É o brincar onde a criança expressa seus medos, seus desafios, seus limites, seus anseios, sua tristeza, sua alegria. Respaldamos que a brincadeira transmite certa segura para a criança.
Sabemos que o lúdico é uma opção de trabalhar o conhecimento de maneira prática e prazerosa com as crianças. Por tanto, é através do brincar que acriança aprende a lidar com o mundo e forma sua personalidade recriando situações no seu cotidiano em procura de novas experiências. Segundo a concepção de Bruner (apud KISHIMOTO 1994, p. 68)
O brincar também contribui para aprendizagem, da leitura que funciona como instrumento de pensamento e ação, para ser capaz de falar sobre o mundo, a criança precisa saber brincar com mundo com a mesma desenvoltura que caracteriza a ação lúdica.
É primordial consideramos o modo com que o brinquedo vem sendo desenvolvido nas escolas, vem proporcionando um aprendizado construtivo nas atividades propostas em sala. Salientamos que a criança tem a necessidade do brinquedo no seu cotidiano em função de que seu desenvolvimento, seja satisfatório. E é de forma coerente que devemos usa-lo de maneira objetiva na metodologia aplicada na escola.
Sabemos que a brincadeira simbólica é tão rica para o desenvolvimento da criança que uma análise superficial nem de longe chega a apreender todas as suas possibilidades. Analisamos que as maiores aquisições de uma criança são conseguidas brincando, aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível básico de ação real e moralidade.
Estudos realizados sobre a aprendizagem e desenvolvimento infantil, afirma que quando uma criança chega à escola, traz toda uma pré-história, elaborada a partir de suas vivências, experiências, e grande parte delas através da atividade lúdica. A lubricidade é uma importante metodologia que contribui para diminuir os altos índices de fracasso escolar e evasão dos alunos nas escolas. Pois a utilização de atividades lúdicas pode contribuir para uma melhoria nos resultados obtidos pelos alunos. Estasatividades seriam mediadoras de avanços e contribuiriam para tornar a sala de aula um ambiente alegre e favorável.
O aluno quando pequeno tem certa resistência à escola e ao ensino, porque acima de tudo ela não é lúdica, não é prazerosa. Estudos demonstram que através de atividades lúdicas, o educando explora muito mais suas habilidades, melhora sua conduta no processo de ensino-aprendizagem e sua autoestima.
O indivíduo criativo é um elemento importante para funcionamento efetivo da sociedade, pois ele é quem faz descoberta, inventa e promove mudanças. Sem falar que a criança aprende melhor brincando. No entanto, o sentido verdadeiro da educação lúdica, só estaria garantido se o professor estiver preparado para realizá-lo e tiver um profundo conhecimento sobre os fundamentos da mesma.
O lúdico é um ótimo recurso didático, que somente contribui com o professor- educador e com certeza para o processo de ensino-aprendizagem. Entendemos que o lúdico apresenta uma concepção teórica profunda e uma concepção prática, atuante e concreta.
Um professor que não sabe e/ou não gosta de brincar dificilmente desenvolverá a capacidade lúdica dos seus alunos. Ele parte do seu princípio de que o brincar é bobagem, perda de tempo. Assim, antes de lidar com a ludicidade do aluno, é preciso que o professor desenvolva a sua própria. A capacidade lúdica do professor é um processo que precisa ser pacientemente trabalhado. (KISHIMOTO 1996, p,122).
Segundo a autora o professor para desenvolver o lúdico com objetivo de aprendizagem ele necessita valorizar o brincar, trabalhando isso com ele mesmo. Pois todo processo de ensinar e aprender necessita que ambas as parte tenham interesse pelo o que está sendo aplicado, ou seja, não só o aluno precisa de gosta das brincadeiras,mas
o professor carece de ter o mesmo prazer. Caso esse educador não tenha essa habilidade deve procurá-la para que torne sua aula prazerosa para ele e o docente. Já que o brincar faz parte do desenvolvimento da criança.
Entendemos que o brincar não simbolizar simplesmente a recreação isso porque é a forma mais simples que a criança tem de comunicar-se consigo mesmo e com o mundo. A ação de brincar aciona os valores morais e culturais, sendo que a atividade lúdica desperta a criança para, autoestima, autoconhecimento e cooperação, pois acarreta á imaginação, fantasia, criatividade e a criticidade uma porção de vantagem que ajudam a moldar sua vida de criança até a vida adulta.
Kishimoto (2003) destaca a situação imaginária e as regras, como elementos importantes na brincadeira infantil, onde, nas situações imaginárias claras ou não, há regras implícitas e explícitas. Portanto quando uma criança imita um animal ou ao imitar um motorista, adota suas normas implícitas, diferente do dominó, onde os regulamentos são explícitas, mudando conforme estratégias reconhecidas pelos competidores.
O lúdico induz o discente a despertar para o universo de competitividade descobrindo suas aptidões, sua autoconfiança, seus valores, suas criatividades, e sua capacidade de sente-se um ser ativo e sociável. Pois a brincadeira facilita o sociocultural na criança. Toda criança que brinca, é uma pessoa esperta para escolher o que fazer e é determinada nas suas decisões. Mesmo a criança em desvantagens no jogo, ela não quer sair. Pois a vontade de vencer supera suas dificuldades. O seu senso de competição é tanto que estimula a continuar.
De acordo com (BROUGERE, 1995, p. 105):
Os brinquedos orientam a brincadeira, trazem-lhe matéria. Algumas pessoas são tentadas a dizer que eles a condicionam, mas então, toda a brincadeira está condicionada pelo meio ambiente. Só se pode brincar com o que se tem, e a criatividade, tal como a evocamos, permite, justamente, ultrapassar esse ambiente, sempre particular e limitado. O educador pode, portanto, construir um ambiente que estimule a brincadeira em função dos resultados desejados. Não se tem certeza de que a criança vá agir, com esse material, como desejaríamos, mas aumentamos, assim, as chances de que ela o faca; num universo sem certezas, só podemos trabalhar com probabilidades.
O brinquedo em si tem certo controle sobre as brincadeiras, uma vez que ele dita as regras e os participantes deve obedece-las. Toda brincadeira está vinculada ao meio ambiente. Mas com todo brincar contem a essência da criatividade o professor deve ir além deste espaço, tornando universal, construindo elementos que suscite a brincadeira desempenhado o desenvolvimento pedagógico do aluno.
Para trabalhar com crianças temos que entra no seu mundo de incerteza para transmitir o que concreto que ela necessita. O mesmo Facilita o desenvolvimento do professor e o aprendizado da educando.
Segundo (CUNHA, 2005, p 12):
Um ursinho de pelúcia pode ser um bom companheiro. Uma bola que convidaparaumpoucodeexercício,umquebra-cabeçaquedesafiaainteligência ou um colar de “pérolas” que faz a menina sentir bonita e importante como a mamãe, todos são como amigos, servindo de intermediários para que a criança consiga integrar-se melhor.
Para a criança todo brinquedo tem um sentido, é uma de parceria da criança, serve para praticar esporte, tomar banho, pular, correr ou seja é um objeto de prazer da criança. Ao manejar apropriados objetos, a criança encontra-se com situaçõesproblema, fazendo-a procurar novas opções e resoluções. O jogos e as brincadeiras beneficiam o progresso do vocabulário, visto que a criança aumenta o repertório de novas palavras ao manipular objetos diversificados e vivenciar diversas circunstancias..
Toda criança faz de sua realidade um mundo de fantasias, com suas histórias e brincadeiras. Ela transforma suas experiências em imaginação no espaço divertido no faz de conta.
Segundo (FREIRE, 2006, p. 43):
Durante o ato de imaginar, nada se interpõe à fantasia infantil, mas durante a ação corporal que o acompanha, verifica-se uma busca de ajustamento ao mundo exterior, uma espécie de acompanhamento. Por outro lado, a ação imaginada não tem origem na mente apenas, mas na relação concreta da criança com o mundo.
O autor afirma que o mundo imaginário da criança não é apenas fantasia é também a realidade que a criança com o mundo em que está inserida. Portanto o ser humano desenvolve o pensamento e a criatividade dentro de sua realidade. E a criança transforma esse fato em brincadeira deixando tudo do seu modo.
O brincar desenvolve uma sensação de bem estar no indivíduo e mais ainda na criança já que é a sua linguagem apropriada. Para Kishimoto, "ao prover uma situação imaginativa por meio da atividade livre, a criança desenvolve a iniciativa, expressa seus desejos e internaliza as regras sociais" (KISHIMOTO, 2003:43). [...]