RESUMO

Este trabalho tem como elemento norteador a importância do lúdico desenvolvimento escolar do aluno. Evidenciamos, ao longo de sua elaboração, a premissa de que, em se tratando de criança, o elemento lúdico não poder ser desvencilhado. É através dos jogos e brincadeiras que começam a acontecer as primeiras situações de aprendizagem, dentro e fora do espaço educativo, e este fato facilita construção sistemática dos conhecimentos dos alunos dentro do espaço educativo. Em sendo o jogo, a brincadeira, uma forma eficaz de estimular o pensar, o agir em sociedade, e tantas outras habilidades, a utilização dos mesmos como estratégia metodológica, mesmo nas turmas iniciais do Ensino Fundamental, ocorre uma transformação no espaço sala de aula, evidenciando a motivação em aprender. Ao professor, cabe a tarefa de, considerar os conhecimentos prévios dos alunos, utilizando-o como base para os conteúdos sistematizados, portanto, o brincar e essencial no desenvolvimento cognitivo do ser humano, independente de sua idade cronológica. O presente trabalho constitui-se numa pesquisa-ação, segundo Tripp (2005) e, além da relação teoria-prática proporcionada pela vivência da intervenção socioescolar, ressaltamos a realização de uma vasta revisão bibliográfica para a consolidação do nosso referencial teórico, dentre os quais destacamos autores como KISHIMOTO, WINNICOTT e MORIN.

1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O presente trabalho constitui-se numa intervenção socioescolar realizada num espaço educativo da cidade de Guamaré, interior do estado do Rio Grande do Norte e foi realizado com o objetivo de mostrar que o elemento lúdico pode ser utilizado como elemento facilitador da aprendizagem dos alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, uma vez que torna o processo de aprendizagem mais satisfatório e prazeroso. Assim sendo à criança desenvolve seus conhecimentos do estilo que mais lhe apraz. O brinquedo desperta na criança o interesse, a criatividade, o senso da competição, intelectualidade e o desenvolvimento motor e crítico no ser humano. Devemos então utilizar os subsídios que satisfaça o aluno despertando na criança o interesse pelas aulas.

Através das atividades lúdicas o professor desenvolvem brincadeiras e jogos que procuram acordar no educando a veemência em aprender, pelo meio dessas agilidades o docente buscar trabalhar o conteúdo necessário e o aluno estabelece seus conhecimentos brincando. O lúdico é essencial, uma vez que está introduzido no mundo da criança, deste modo, a criança não se sente perdida diante de um assunto que não vê influencia em aprender.

Há uma necessidade muito grande em um educador trabalhar a ludicidade em sala de aula. No entanto é preciso ele se aprimorar suas técnicas, envolver nelas atividades criativas e divertidas que induza a criança a sentir-se incluída promovendo a construção do seu aprendizado.

Exercitar o lúdico requer do professor mais atenção, compreensão, capacidade, habilidade e comprometimento em suscitar no aluno o anseio de conhecer, e para quem foi constituído em instituições que foi escasso o trabalho com a ludicidade não é fácil, mas, porém, não é impossível, para transformar basta confiar, ir à procura de novos conhecimentos, onde, professor compromissado com a educação e que se preocupa  com a formação de seus alunos, com certeza não proporcionará esforço na procura de instruir-se a trabalhar com a ludicidade, vencendo assim seus obstáculos.

O instrutor deve entender que viver a ludicidade em sala de aula, é habitua-se ao improvável, com o arriscado, é o encontro consigo mesmo, desenvolver a espontaneidade, a criatividade, a fantasia e o sentimento gera incerteza, mas que nem por isso deve ser descartado. Antes deve ser valorizado, pois é o método satisfatório em relação ao desenvolvimento com crianças. Segundo Feijó (1992), “O lúdico é uma necessidade básica da personalidade, do corpo e da mente, faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana”. Portanto o lúdico faz parte do desenvolvimento humano em todos os aspectos, principalmente no desenvolvimento cognitivo do aluno satisfazendo assim suas necessidades de aprendizagens e suas necessidades. Vivenciais.

Por meio desta pesquisa viemos defender à necessidade e a relevância de se lidar com o lúdico nas séries iniciais do Ensino Fundamental, conferindo deste modo, a postura de alguns pesquisadores vinculados a temática defendida, e justificando a incerteza que definidos docentes sentem em desenvolver ludicamente, uns individualizados pela instrução tradicional que tiveram, outros por não ter a capacidade de comprometimento com o mesmo, uma vez que as atividades lúdicas estabelecem mais dedicação de sua parte.

Esta pesquisa foi repastada por vários teóricos dentre eles foram: Edgar Morim, Kishimoto Tizuco Morchida e D W Winnicott.

2 - A APRENDIZAGEM LÚDICA NO ENSINO FUNDAMENTAL: BREVES REFLEXÕES

O brinquedo faz parte do mundo de uma criança, seu desenvolvimento está relacionado a ele, pois suas fantasias faz a criança acreditar que é o mundo que ela imagina. É o brincar onde a criança expressa seus medos, seus desafios, seus limites, seus anseios, sua tristeza, sua alegria. Respaldamos que a brincadeira transmite certa segura para a criança.

Sabemos que o lúdico é uma opção de trabalhar o conhecimento de maneira prática e prazerosa com as crianças. Por tanto, é através do brincar que acriança aprende a lidar com o mundo e forma sua personalidade recriando situações no seu cotidiano em procura de novas experiências. Segundo a concepção de Bruner (apud KISHIMOTO 1994, p. 68)

 

O brincar também contribui para aprendizagem, da leitura que funciona como instrumento de pensamento e ação, para ser capaz de falar sobre o mundo, a criança precisa saber brincar com mundo com a mesma desenvoltura que caracteriza a ação lúdica.

 

É primordial consideramos o modo com que o brinquedo vem sendo desenvolvido nas escolas, vem proporcionando um aprendizado construtivo nas atividades propostas em sala. Salientamos que a criança tem a necessidade do brinquedo no seu cotidiano em função de que seu desenvolvimento, seja satisfatório. E é de forma coerente que devemos usa-lo de maneira objetiva na metodologia aplicada na escola.

Sabemos que a brincadeira simbólica é tão rica para o desenvolvimento da criança que uma análise superficial nem de longe chega a apreender todas as suas possibilidades. Analisamos que as maiores aquisições de uma criança são conseguidas brincando, aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível básico de ação real e moralidade.

Estudos realizados sobre a aprendizagem e desenvolvimento infantil, afirma que quando uma criança chega à escola, traz toda uma pré-história, elaborada a partir de suas vivências, experiências, e grande parte delas através da atividade lúdica. A lubricidade é uma importante metodologia que contribui para diminuir os altos índices de fracasso escolar e evasão dos alunos nas escolas. Pois a utilização de atividades lúdicas pode contribuir para uma melhoria nos resultados obtidos pelos alunos. Estasatividades seriam mediadoras de avanços e contribuiriam para tornar a sala de aula um ambiente alegre e favorável.

O aluno quando pequeno tem certa resistência à escola e ao ensino, porque acima de tudo ela não é lúdica, não é prazerosa. Estudos demonstram que através de atividades lúdicas, o educando explora muito mais suas habilidades, melhora sua conduta no processo de ensino-aprendizagem e sua autoestima.

O indivíduo criativo é um elemento importante para funcionamento efetivo da sociedade, pois ele é quem faz descoberta, inventa e promove mudanças. Sem falar que a criança aprende melhor brincando. No entanto, o sentido verdadeiro da educação lúdica, só estaria garantido se o professor estiver preparado para realizá-lo e tiver um profundo conhecimento sobre os fundamentos da mesma.

O lúdico é um ótimo recurso didático, que somente contribui com o professor- educador e com certeza para o processo de ensino-aprendizagem. Entendemos que o lúdico apresenta uma concepção teórica profunda e uma concepção prática, atuante e concreta.

Um professor que não sabe e/ou não gosta de brincar dificilmente desenvolverá a capacidade lúdica dos seus alunos. Ele parte do seu princípio de que o brincar é bobagem, perda de tempo. Assim, antes de lidar com a ludicidade do aluno, é preciso que o professor desenvolva a sua própria. A capacidade lúdica do professor é um processo que precisa ser pacientemente trabalhado. (KISHIMOTO 1996, p,122).

Segundo a autora o professor para desenvolver o lúdico com objetivo de aprendizagem ele necessita valorizar o brincar, trabalhando isso com ele mesmo. Pois todo processo de ensinar e aprender necessita que ambas as parte tenham interesse pelo o que está sendo aplicado, ou seja, não só o aluno precisa de gosta das brincadeiras,mas

o professor carece de ter o mesmo prazer. Caso esse educador não tenha essa habilidade deve procurá-la para que torne sua aula prazerosa para ele e o docente. Já que o brincar faz parte do desenvolvimento da criança.

Entendemos que o brincar não simbolizar simplesmente a recreação isso porque é a forma mais simples que a criança tem de comunicar-se consigo mesmo e com o mundo. A ação de brincar aciona os valores morais e culturais, sendo que a atividade lúdica desperta a criança para, autoestima, autoconhecimento e cooperação, pois acarreta á imaginação, fantasia, criatividade e a criticidade uma porção de vantagem que ajudam a moldar sua vida de criança até a vida adulta.

Kishimoto (2003) destaca a situação imaginária e as regras, como elementos importantes na brincadeira infantil, onde, nas situações imaginárias claras ou não, há regras implícitas e explícitas. Portanto quando uma criança imita um animal ou ao imitar um motorista, adota suas normas implícitas, diferente do dominó, onde os regulamentos são explícitas, mudando conforme estratégias reconhecidas pelos competidores.

O lúdico induz o discente a despertar para o universo de competitividade descobrindo suas aptidões, sua autoconfiança, seus valores, suas criatividades, e sua capacidade de sente-se um ser ativo e sociável. Pois a brincadeira facilita o sociocultural na criança. Toda criança que brinca, é uma pessoa esperta para escolher o que fazer e é determinada nas suas decisões. Mesmo a criança em desvantagens no jogo, ela não quer sair. Pois a vontade de vencer supera suas dificuldades. O seu senso de competição é tanto que estimula a continuar.

De acordo com (BROUGERE, 1995, p. 105):

 

Os brinquedos orientam a brincadeira, trazem-lhe matéria. Algumas pessoas são tentadas a dizer que eles a condicionam, mas então, toda a brincadeira está condicionada pelo meio ambiente. Só se pode brincar com o que se tem, e a criatividade, tal como a evocamos, permite, justamente, ultrapassar esse ambiente, sempre particular e limitado. O educador pode, portanto, construir um ambiente que estimule a brincadeira em função dos resultados desejados. Não se tem certeza de que a criança vá agir, com esse material, como desejaríamos, mas aumentamos, assim, as chances de que ela o faca; num universo sem certezas, só podemos trabalhar com probabilidades.

 

O brinquedo em si tem certo controle sobre as brincadeiras, uma vez que ele dita as regras e os participantes deve obedece-las. Toda brincadeira está vinculada ao meio ambiente. Mas com todo brincar contem a essência da criatividade o professor deve ir além deste espaço, tornando universal, construindo elementos que suscite a brincadeira desempenhado o desenvolvimento pedagógico do aluno.

Para trabalhar com crianças temos que entra no seu mundo de incerteza para transmitir o que concreto que ela necessita. O mesmo Facilita o desenvolvimento do professor e o aprendizado da educando.

Segundo (CUNHA, 2005, p 12):

Um ursinho de pelúcia pode ser um bom companheiro. Uma bola que convidaparaumpoucodeexercício,umquebra-cabeçaquedesafiaainteligência ou um colar de “pérolas” que faz a menina sentir bonita e importante como a mamãe, todos são como amigos, servindo de intermediários para que a criança consiga integrar-se melhor.

Para a criança todo brinquedo tem um sentido, é uma de parceria da criança, serve para praticar esporte, tomar banho, pular, correr ou seja é um objeto de prazer da criança. Ao manejar apropriados objetos, a criança encontra-se com situaçõesproblema, fazendo-a procurar novas opções e resoluções. O jogos e as brincadeiras beneficiam o progresso do vocabulário, visto que a criança aumenta o repertório de novas palavras ao manipular objetos diversificados e vivenciar diversas circunstancias..

Toda criança faz de sua realidade um mundo de fantasias, com suas histórias e brincadeiras. Ela transforma suas experiências em imaginação no espaço divertido no faz de conta.

Segundo (FREIRE, 2006, p. 43):

Durante o ato de imaginar, nada se interpõe à fantasia infantil, mas durante a ação corporal que o acompanha, verifica-se uma busca de ajustamento ao mundo exterior, uma espécie de acompanhamento. Por outro lado, a ação imaginada não tem origem na mente apenas, mas na relação concreta da criança com o mundo.

O autor afirma que o mundo imaginário da criança não é apenas fantasia é também a realidade que a criança com o mundo em que está inserida. Portanto o ser humano desenvolve o pensamento e a criatividade dentro de sua realidade. E a criança transforma esse fato em brincadeira deixando tudo do seu modo.

O brincar desenvolve uma sensação de bem estar no indivíduo e mais ainda na criança já que é a sua linguagem apropriada. Para Kishimoto, "ao prover uma situação imaginativa por meio da atividade livre, a criança desenvolve a iniciativa, expressa seus desejos e internaliza as regras sociais" (KISHIMOTO, 2003:43). [...]